Muita coisa acontecendo no
mundão! De um lado, coisas corriqueiras, assuntos de folhetins e jornais,
alimentando uma mídia ávida por informações e, sejamos sinceros, algumas
matérias que não enchem nem linguiça de vento. Por outro lado, informações
relevantes, importantes e bem informativas no melhor estilo Titãs “Tudo Ao Mesmo Tempo Agora”. Volto a lembrar que estamos numa esteira veloz
de informação sobre informação (independente do grau de relevância e
importância), graças aos avanços tecnológicos criado pelo Homem, que usa o lado
bom do cérebro para tal.
A velocidade de processamento é que atropela em muito
a compreensão dos fatos, pois as informações se sobrepõem com atualizações
enquanto a primeira ainda está sendo digerida e repassada boca a boca, causando
um engavetamento de ideias e proporcionando um aumento em escala geométrica de
confusões e contradições. Em época de comunicação rápida, a confusão gerada é igual
ao telefone sem fio, quem conta um conto, aumenta um ponto.
As avaliações
técnicas daquilo que nos rodeia ganham destaque, seja na explicação infinita de
gol anulado ou de um impedimento de um jogo de várzea qualquer, até mesmo a
explicação complicada de um fenômeno natural que causa danos e mortes. Mais as
explanações dessas explicações em que buscam uma didática que fale uma
linguagem de massa. Há, em certos aspectos, um excesso de zelo. Há quem faça
dessas informações uma tempestade em gota d´água, há quem não dê a mínima
importância, enfim, há de tudo e um pouco mais. Não são as coisas que estão
aumentando e sim o relato sobre elas. Num mundo com quase 7 bilhões de
indivíduos o resultado é esperado.
Percebo também que está havendo
uma maior publicidade em torno de patrulhamentos ideológicos, alguns nem tão
lógicos assim. O ser humano bate no peito com orgulho de estar vivendo em pleno
século XXI e adota posturas e alimenta discussões de assuntos com pensamentos
retrógrados.
Um dos mais absurdos foi que tiveram que fazer uma lei permitindo
a amamentação de crianças em espaços públicos. Amamentação que é um ato
fundamental para manutenção de vida no planeta desde o surgimento do ser
humano. Até mesmo Lucy* ficaria ruborizada com tal atitude (*o primeiro
ancestral do Homem marcado como sendo mais antigo que Adão e Eva – partindo de
um pressuposto que o casal do paraíso foi o prefácio da Bíblia, o marco de um
início). Sem ser puritano, é ridículo pensar que uma mãe amamentando um filho
seja tão imoral ou aflore pensamentos outros com mais intensidade que bundas
rebolativas de dançarinas de axé e funk ou que alguém sadio possa sentir desejo
num gesto tão primitivo e inocente.
Outro ponto observado é mais polêmico porque mexe
com a intimidade de cada um e a maneira como cada qual manifesta sua
sexualidade. Ainda é mais fácil tolerar a violência que as manifestações de
carinho. Digere-se melhor ver a agonia de vítimas de balas perdidas, descaso de
saúde pública, enchentes, etc. a ver, mesmo que num folhetim, demonstração de
carinho de casais do mesmo sexo. Pode dar tiro, mas não pode dar beijo! Muito
esquizofrênica essa relação. E por aí vai......
Continuamos no século XXI, ainda
macacos, com passos de formiga e sem vontade querendo compreender a metafísica
da nossa existência!
Nos vemos, nos lemos (ou então um
robô lê e desenha prá nós)!
*imagem free: telefone sem fio Google