Vilões ou viloas, vai saber!?!
Estamos
cercados deles por todos os lados. De todas as espécies, formas, cores, sempre
prontos a dar o bote e nos pegar de calças curtos, às vezes completamente
pelados.
São criaturas que podem agir
sozinhas ou em milhões, que podem se reproduzir, se multiplicar de forma
geométrica e provocar muito estrago. Geralmente associamos de vilania às coisas
ruins, mas penso que aconteçam em maior proporção, daí ficou o estigma.
Generalizando falo de alguns
tipos de vilões como: bactérias, germes, vírus, animais, seres humanos, vícios,
atitudes que causam algo. As bactérias e vírus com suas infecções, desestabilizando
todo uma estrutura corpórea, tirando de combate um ser são, fazendo com que
outros agentes do organismo se voltem numa batalha para eliminá-los. Isso leva
tempo e gera reações nõ muito agradáveis. Em tempos atualíssimos estamos diante
de quadros epidêmicos de dengue, causada pelo aedes aegypti e de uma superbactéria
que está por aí rondando e fazendo estragos, ceifando vidas, com uma
resistência gigante aos medicamentos. Há correntes que levam a crer que essas
bactérias sofreram mutação ou ficaram resistentes devido ao ato de
automedicação das pessoas, tornando-as resistentes. No caso do mosquito anteriormente
citado, o ritmo acelerado de proliferação e as condições que encontram para seu
desenvolvimento com ajuda da não colaboração de pessoas é que tem aumentado o
quadro de infestações.
A saúde pública é ferozmente
atacada por vilões, sejam mosquitos da dengue, malária e outras enfermidades
transmitidas por esses alados pequenos e famintos de sangue, urina de ratos nas
enchentes, ataque de animais peçonhentos recorrentes como escorpiões e aranhas,
cobras, infestação de pombos que levam à doença como a criptococose e outras
severas, locais públicos não muito bem higienizados, aglomerações, comida mal feita, animais domésticos que podem transmitir raiva e toxoplasmose (cães e
gatos), uma das grandes vilãs, as formigas, que são grandes responsáveis por
muitas infecções, além de outros insetos mais comuns nas cidades. Aí entra o
vilão humano que, de um lado não colabora com a limpeza pública e a higiene
pessoal e de outro o humano que cria ações públicas que não leva saneamento a
toda população, um quadro que associado à miséria e o descaso é um motor frenético de aumento progressivo
dessas mazelas, criando uma corrente ininterrupta de ação e reação. Tais
atitudes podem ser encaradas com vício, um péssimo hábito que se adquire quando
se vive em sociedades em que as formas de adaptação à condição de vida são
estabelecidas ou impostas, por “N” fatores, um deles, outro vício, o descaso com
o bom uso de dinheiro público, desviado aos milhões, de maneira acintosa, por
vilões a quem podemos chamar para sermos
mais elegantes.
Atribuímos vilania a outras ações e comportamentos
humanos mais brandos. Dizemos o vilão da obesidade é a oferta de guloseimas,
que o vilão do sedentarismo é a facilidade da vida moderna, entre muitos
outros. Ainda há aqueles que fazem parte de outro mundo, de outra esfera.
Falando em outro mundo; os ataques possíveis de serem sofridos pela Terra por
vilões extraterrestres que querem dominar o planeta e manter a vida do planeta
invasor às custas dos recursos naturais que são nossos. Super-heróis existem
aos quilos e lutam cada qual com seu vilão crônico. Não existe Batman sem
Pinguim, Super-Homem sem criptonita, Thor sem Lock, Homem Aranha sem Duende
Verde ou Octopus.
O ódio vilão do amor, a raiva
vilã da calma, a ansiedade vilã da serenidade, a tristeza vilã da alegria, a insônia vilã do sono, etc, etc, etc....
E assim vai e até criamos vilões
para que sejamos altruístas em buscar a cura desse possível mal.
Nos vemos, nos lemos!
* imagem: Googel gettyimages - anjinho e diabinho do facebook