Um dia, um menino decide brincar no
quintal de sua casa. Não é um menino qualquer. É um menino divino, sábio, dono de
uma pureza tão simples que chega ser complexa aos olhos do Homem comum. Ele
resolve criar seu mundo e seus amigos, como toda criança faz. Criou um sol para
iluminar seu lugar, um universo cheio luzes, formas e outras maravilhas e
surpresas. Criou vários outros mundos e, depois de repetidas vezes, fez outro com
riquezas de mares e oceanos, rios, luz, céu, nuvens, montanhas e planícies,
verdes matas.
Usou tudo que estava ao seu redor para incrementar seu mundo particular: água, terra e ar!
Sua divindade fez com que esses elementos se amalgamassem e formasse outros. Criou outros seres animados, puros, de vários tamanhos, formatos, frágeis, fortes, coloridos e os colocou nos mares, na terra, no céu, em todos os cantos. Mesmo assim, o menino sentiu que seu mundo estava vazio. Tomou então um pedaço de barro, aproveitando o que estava ao seu alcance, e fez um boneco. Com um graveto, fez vários nichos ao longo do corpo desse boneco e ali colocou pedaços pequenos de outros materiais e pensou:
Para dar o bem, necessário saber que o mal existe. Para dar o amor, necessário saber da existência do ódio. E assim encheu cada nicho criado no corpo desse boneco, com pedaços iguais de tudo aquilo que hoje temos de sentimento. Cada item era soprado para dentro dos nichos para que se fixassem naquela frágil estrutura de barro. Porém, num pequeno descuido, o boneco cai de suas mãos sobre o mundo que estava logo abaixo e se despedaça em muitas partes, espalhando-se para todos os cantos, misturando-se com aquele mundo já pronto.
Usou tudo que estava ao seu redor para incrementar seu mundo particular: água, terra e ar!
Sua divindade fez com que esses elementos se amalgamassem e formasse outros. Criou outros seres animados, puros, de vários tamanhos, formatos, frágeis, fortes, coloridos e os colocou nos mares, na terra, no céu, em todos os cantos. Mesmo assim, o menino sentiu que seu mundo estava vazio. Tomou então um pedaço de barro, aproveitando o que estava ao seu alcance, e fez um boneco. Com um graveto, fez vários nichos ao longo do corpo desse boneco e ali colocou pedaços pequenos de outros materiais e pensou:
Para dar o bem, necessário saber que o mal existe. Para dar o amor, necessário saber da existência do ódio. E assim encheu cada nicho criado no corpo desse boneco, com pedaços iguais de tudo aquilo que hoje temos de sentimento. Cada item era soprado para dentro dos nichos para que se fixassem naquela frágil estrutura de barro. Porém, num pequeno descuido, o boneco cai de suas mãos sobre o mundo que estava logo abaixo e se despedaça em muitas partes, espalhando-se para todos os cantos, misturando-se com aquele mundo já pronto.
Esse
ato, rápido como o piscar de olhos, já dura mais de quatro bilhões de anos. O
boneco de barro, com o sopro daquele sábio menino, criou vida, cada pedaço
com um pouco de cada um daqueles sentimentos que se misturaram e se espalharam na queda. Apesar de ser um menino, sua obra não é brincadeira, seja o grande
tabuleiro, seja o boneco de barro. O tempo daquela criança divina não é sabido.
Cabe
ao boneco, agora com vida, saber reconhecer que faz parte de um todo e buscar,
sempre, juntar todas as peças do seu próprio quebra cabeças, dosando o bem com
o mal, o certo com o errado, procurando ser o boneco original em sua
totalidade, de acordo com a ideia inicial daquela criança divina. Só assim essa
grande e séria brincadeira pode prosseguir em harmonia, completa, para
felicidade daquele ser divino, sábio e simples.
Nos vemos, nos lemos!
* imagem: Google free pic
Nos vemos, nos lemos!
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