sábado, 18 de setembro de 2010

Boa leitura


Recebi o texto abaixo por mail e quero dividí-lo com vocês


Toques do Preto-Velho

*Os espíritos trabalhadores, designados de pretos velhos, nos repassam constantemente uma lógica que infelizmente, nós encarnados ainda estamos demorando em aplicar. Dizem eles, com sua maneira peculiar e simples de expressão, que no “mundo dos mortos” não existe raça, cor ou credo que diferencie as almas ou crie fronteiras, o que existe é o homem de bem e o homem que desaprendeu de ser bom. Baseado nisso, nos falam das lágrimas que insistem em cair de seus olhos, pela arrogância dos homens e de suas religiões que acabam se distanciando de Deus, pela pretensão de se adonar d’Ele, impondo a “sua” verdade. As religiões ou os credos em geral, ainda existem por necessidade de nossos espíritos que se diferenciam na escala evolutiva, encontrando dentro de cada uma delas a melhor adaptação de “religar-se” ao Criador. O que fica desvalorizado aos olhos da Espiritualidade Superior é o combate que se trava entre os homens por questões religiosas como se vivessem em eterna disputa, chegando ao absurdo das ditas “guerras santas”. Por enquanto a humanidade percorre vários caminhos em busca dessa verdade, mas chegará o dia em que o Universalismo será pleno, então haverá um só rebanho para um só pastor. E como acontece no “andar de cima”, formaremos uma única corrente de trabalho, auxiliando a quem necessita, mostrando que a ferramenta mediunidade tem um só objetivo: - a caridade! Fora isso, tudo o mais fica por conta de nosso Ego.*

Abaixo vão alguns ensinamentos, "toques", trazidos por um destes queridos amigos espirituais:

*Lá nos planos sutis, aonde vocês muitas vezes vão quando dormem, mas ao acordarem não se lembram, existe uma grande família espiritual a lhes esperar, velar e torcer por vocês. Quebrem a barreira vibracional com sentimentos e pensamentos elevados, levando seus corações até eles. Mate a saudade espiritual que existe dentro do seu peito. Deixe a intuição fluir. Os guias espirituais não são mestres intocáveis que vocês devem reverenciar, mas sim, são amigos de jornadas. Conheça-os, converse com eles, trabalhem juntos, mas sorriam e brinquem juntos também. Eles estão te esperando.*

*Mediunidade é coisa importante e séria, mas não diviniza nem inferioriza ninguém. Vocês sabem disso. Tem gente que pensa que ser grande médium é praticar fenômenos para “incrédulo ver”. Outros pensam que é se vestir todo com uma fantasia, “virar os olhos” e “rebolar” bastante. Não! Mediunidade é você trabalhar em parceria com os amigos do lado de cá para o bem de todos, apenas isso. Vocês complicam muito as coisas. Na verdade tudo é muito simples. Pense na manifestação das criancinhas durante um processo mediúnico. Existe algo mais simples e belo do que isso?*

*Parem de julgar a manifestação mediúnica ou a experiência do outro. Você pode até não concordar, mas caso para ele faça sentido, deixe. É dele! Isso lembra muito a postura daquele que não consegue fazer melhor e por isso mesmo vive a criticar e apontar o defeito dos outros. As experiências espirituais muitas vezes são de foro íntimo, cada um busca a sua. E cada um fique feliz com a sua! Aprendam também que a dedicação e o estudo ajudam muito. Mas o que realmente conta é o seu dia a dia, como pessoa comum, passando pelo crivo do grande mestre que é a vida. Não adianta nada estudar muito e praticar pouco, principalmente em relação a humildade, tolerância e amor.*

*Fazer caridade é muito bom. Se, além disso, buscam esclarecer as pessoas, melhor ainda. Tem gente que acha que doando uma cesta básica de Natal ao desencarnar será “salvo”. Outros ainda se acham muito especiais e caridosos, verdadeiros missionários. Não caiam nessa bobagem. Saibam que, em verdade, ao auxiliar os outros vocês ajudam a si próprios. E quando fizer a caridade, também não apenas dê o peixe, ensine as pessoas a pescar. “Caridade de consolação” ergue a pessoa, mas depois que ela já está de pé, está na hora de ensiná-la a andar, com a “caridade de esclarecimento”. Pensem nisso! Caridade, faça sempre que surgir a oportunidade de auxiliar o irmão. Esclarecimento, leve a todos os lugares, fazendo a sua aura brilhar e contagiando as pessoas com alegria e vontade de viver.*

*Trabalho em grupo é coisa séria, deve haver amizade, alegria, mas não é reunião social. Os guias escutam os seus pensamentos e não estão nada interessados em suas preferências físicas, nem em suas “paqueras” dentro do grupo, nem dão importância a isso. Tão pouco são cúmplices das fofocas, guerras de vaidade e ciúmes que existem dentro do mesmo. Um trabalho espiritual em grupo é uma benção e oportunidade única de evolução, tanto de encarnados como desencarnados. Aproveitem bem! Existe um montão de mestres esperando por vocês desse lado, mas muitas vezes eles não conseguem lhes amparar, afinal vocês não páram de pensar no “vizinho”, ou como a vida é difícil e injusta com vocês…*

*Os Orixás, os Mestres, os Anjos, os Devas, todos Eles amam a humanidade. Caso queiram fazer um ritual a algum Deles, tudo bem. Mas lembrem – se sempre: Vela acesa só tem valor se o coração estiver aceso antes. Caso contrário, não!*

*A energia de uma erva é poderosa e realmente cura, mas antes, suas próprias energias e o respeito com a vida vegetal devem ser grandes, caso contrário, é desperdício de tempo. Qualquer ritual de magia para o bem é lindo e bem quisto pela espiritualidade, mas não se perca no meio de muitos rituais e elementos e esqueça o essencial. O grande mestre da magia é o coração, e a grande força motriz é a sua mente. Lembrem-se disso.*

*Não sejam espiritualistas pela metade. Durante o dia vocês ficam pensando em espiritualidade, mas ao dormir, que é a grande hora onde o espírito se liberta do corpo físico, vocês não pensam em nada, ficam com preguiça e logo suas mentes são invadidas por um monte de coisas, adormecendo na mais perfeita desordem. No mínimo orem ao deitar-se. Agradeçam o dia, coloquem-se à disposição do aprendizado, aproveitem as horas de sono. Elas são chaves de acesso ao crescimento espiritual. Meditem nisso.*

*Eu sou um preto-velho. Pouco importa minha forma ou meu nome. O que importa é que eu sou luz, como vocês e todos nós, filhos da Grande Luz. O sol brilha em meu coração, no seu e em toda humanidade. Você ainda tem preconceito em relação a raças? A culturas diferentes? Religião? E julgam-se espiritualistas? Ora amigo, deixe disso! Lembre–se: todos viemos da mesma fôrma. Eu tenho apenas uma palavra para descrever o preconceito: ignorância!*

*Ignorância também são as paredes e preconceitos religiosos. Todos os mestres da humanidade pregaram o desprendimento, mas o que os seus seguidores mais fazem é ter o sentimento de posse em relação a Eles. E lá se vão guerras, ofensas e desarmonia entre uma religião e outra. E lá se vão discussões infindáveis entre doutrinas diferentes. Todos os caminhos levam a Deus, mas muitos acham que seu caminho é melhor do que dos outros, não é mesmo? Façam um favor à humanidade, meu filhos: vão voando nas asas do universalismo ecumênico! E parem com essas bobagens…*

*Do lado de cá nós adoramos música. Ela rejuvenesce a alma, acorda o coração e desperta a intuição. Aproveitem as músicas de qualidade. Elas são ótimas e verdadeiro brilho e alimento para vossos espíritos. Também escutem a música que os espiritos superiores cantam secretamente dentro do coração de cada um. É a música da Criação, ela está em todos, mas só pode ser escutada quando a mente silencia e o coração brilha. Pensem nisso!*

*Pensem também na natureza. Coloquem uma música suave. Direcionem-se mentalmente a um desses sítios sagrados, verdadeiros altares vivos do amor. Pensem na força curativa das matas, na força amorosa e pacificadora das cachoeiras, da limpeza energética que o mar traz ao espírito. Meditem neles. Isso traz sintonia, reciclagem energética e boa disposição. Façam isso por vocês e fiquem bem!*

*Por fim, dediquem-se mais ao autoconhecimento. Ele é muito importante. E um dia, mesmo que isso demore milênios, vocês se conhecerão tanto que realmente descobrirão sua natureza divina. Nesse dia, as cortinas da ilusão se abrirão e você verá o universo a sua frente. Não existirá mais Orun*(céu) nem Ayê*(mundo material). Nem eu nem você. Apenas Ele…Pai e Mãe dentro de nós mesmos!*


Pai Antônio de Aruanda e Fernando Sepe (escrito por duas mentes em um só coração)
* foto: Internet

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dia do Homem



Dia Internacional da Mulher, dia do Idoso, dia das Crianças, dia das Mães, dos Pais, etc., etc. Hoje é dia do Homem. É internacional??? Intergalático?

Desde que, biblicamente, o homem cedeu sua costela, a mesma que é retirada em cirurgias estéticas pelas mulheres, o mundo já não é mais o mesmo.
Desde então o mundo mudou muito. Existe um tal de comércio, forte desde os primórdios, mas não é esse o foco. Aliás, não tem NENHUMA loja com cartaz com promoção para o Homem de sua vida! Que coisa! Que perda de movimento! Cadê os marketeiros de plantão??????

A questão pode ser Homem com H maiúsculo ( a espécie) ou com h minúsculo ( o gênero).

Vamos falar da espécie.

De tão inteligente e afoito colocou o nosso mundo à beira de um colapso natural, sem recursos prá subsistência. Que inteligência é essa?

Criou leis e estabeleceu padrões que não respeitam a nada nem ninguém. Por muito tempo colocou mulheres e crianças num segundo plano e os idosos num terceiro subplano.

Por décadas mandou e desmandou e causou danos irreparáveis em povos, países, culturas e até mesmo na educação de seus próprios filhos.

Esqueceu que a Hombridade está nas atitudes e não dentro da cueca. Esqueceu que gentileza e educação é para todos. Esqueceu que seu direito termina quando começa o do outro (e não importa quem seja esse outro).

De tão medroso assumiu vários erros de conduta que refletem em caos nas sociedades mundiais, principalmente nos comportamentos de muitos povos e no que é chamado de traço cultural de outros.

Esqueceu da complexidade de ser Humano e na complexidade das relações intra e interpessoais.

Esqueceu de dar um basta às violências do homem. De por verdadeiros limites.

Hoje, o Homem, vive contornando esses problemas, como se trafegasse por uma avenida cheia de obstáculos e sem retorno ou saída.

No meio disso tudo foi preciso criar datas prá se parar e respirar e pensar no outro (homem, mulher, idoso, meio ambiente, criança, etc..).

Não é uma maneira natural de lembrar da importância de outros seres que convivem com ele.

Mas não vou desmerecer a lembrança, pelo menos algo ainda existe.

Mas o bom mesmo seria poder comemorar uma data específica para todos, sem distinção, sem segregação , sem separação nem guetos nem pensamentos e condutas. Apenas o dia do Ser Humano.

Utopia???? Penso que não. Sejamos místicos um pouco, Era de Aquarius, mudança do pensamento do Homem, alinhamento de planetas, portais que se abrem e fecham no Cosmos, a volta do Cristo, a revelação do anti-Cristo, a transformação natural do planeta (um ser vivo também esquecido).

Pode haver uma saída, mas tem muita roupa suja na lavanderia. Mãos à obra!

De qualquer forma: Feliz dia do Homem !



*** foto: imagem pública do Windows

sábado, 3 de julho de 2010

J a b u l a n i


Jogo é jogo! Se há conluio de compra de resultados, isso é problema da Fifa e seus organizadores. Se for verdade é lamentável que isso aconteça num dos maiores eventos do mundo. Autoestima de Nações não pode ser norteada por um jogo e não podemos acreditar que tudo seja traçado nessa tabuleiro como se fosse um jogo do War®.
Porém é muita coincidência que um país apresente no mesmo jogo duas formas completamente suicidas de jogar! Então prá que participar?
Particularmente eu sentia que não seríamos os campeões, mas confesso ter sentido o gosto da impotência ao ver nosso sonho ser barrado pela Laranja Mecânica. Sentimento normal, creio eu, afinal é o meu país em jogo, é toda uma estrutura cultural, de amor às cores, de brio, enfim, uma mistureba geral, tal qual nossa raça.
Mas não somos mais, e há muito tempo, os melhores do mundo!
Cada time estava ali porque mostrou resultado técnico para tal.
Por outro lado, zombamos sem cansar da situação da nossa equipe hermana y vecina Argentina, que mostrou raça, que mostrou comprometimento e jogo de equipe. Pelo menos pelas imagens mostradas.
Mas ainda existe um ranço bobo de que apenas nós podemos zombar, fazer piada. Esquecemos aí que o nosso direito termina onde o outro começa. E é isso apenas. Nosso técnico se mostrou irredutível, durão, frio, bronco, grosso. Isso é dele. É default. De berço. Não temos o poder de mudar. Quem sabe na próxima encarnação?
Até entendo a "guerra cultural" entre os dois países, principalmente no futebol, onde o rei de um lado é um aproveitador da fama, rei da gafe e do outro lado o rei é tosco, forçadamente irreverente. Estamos mal de reis. Sendo que o nosso verdadeiro morreu quase no esquecimento, afogado em álcool.
Entendo todo o direito da vizinha Argentina zombar a saída do Brasil nas quartas de final.
Teve um jornal portenho que divulgou que o Brasil tinha saído da Copa pela porta dos fundos.
Agora, vinte e quatro horas depois, eu peço: Argentinos, por favor, puxem o rabo e apaguem a luz quando passarem pela mesma porta!.
Vingança serve-se fria! O chucrute venceu a parrillada. Depois a paella venceu o whisky falsificado. Agora eu sou Celeste! Adoro comer pancho e dou uma força pros hermanos sudacos do Uruguay, mesmo com um feeling de que a festa pode ser uma Oktoberfest precoce. Seria a Julifest!?!?!?!
Porém já dizia Stanislaw Ponte Preta, futebol é uma caixinha de surpresas, de repente essa é a vez da Holanda.
Quizá España? Quem sabe? E essa é a Copa da zebra, que está muito à vontade em casa.
Se fomos 01 Dunga, 11 Sonecas e 190 milhões de Zangados por levarmos tamancadas, temos que esperar quatro anos prá desabafar o grito da garganta, seja por mostrarmos um futebol novo, criativo, fair play, inteligente, técnico e com manha e não por colaborar com qualquer esquema que seja.
Que vença o verdadeiramente melhor!
Você pode estar perguntando por que eu mostro fotos do jogo Alemanha X Argentinha....??
Prá não perder o espírito esportivo com nuestos vecinos, sem desrespeitá-los tecnicamente, pois nesse aspecto foram superiores sim.
Quem sabe em 2014 possamos ver ao vivo e em cores, dentro de um estádio, o jogo da nossa seleção contra qualquer uma da chave e vibrar! Eu torço prá viver isso!
Agora é torcer. Continuo apostando na seleção uruguaia!
Recado ao Maradona: Muchacho, fazendo minhas as suas palavras, politicamente corretas e imparciais, a desclassificação da sua equipe é uma problema solo da Argentina. Lo siento! Hasta la vista! Don´t cry for me!















* fotos do autor captadas da tv Globo por celular

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Recall

Quem nunca ouviu o tal "chamado" das montadoras, principalmente de veículos? Na verdade nem entendo por que se chama recall, sendo que, ao pé da letra, significa re-chamado. Quem fez o primeiro chamado?
Mas é incrível que, sempre que surge algo novo no mercado, volto a repetir, principalmente de veículos, tempos depois somos informados do recall, seja para ajustes, regularizações, trocas de peças que podem causar isso e aquilo.
Ao meu ver é estranho! Onde fica a responsabilidade do fabricante de por nas ruas um produto do qual não se tem 100% de certeza de sua funcionalidade total? E o controle de qualidade? Aliás, quem controla os controles de qualidade? Ou as montadoras e empresas paguem pelos cobaias (tô fora) ou o governo seja mais rígido em cobrar das empresas um maior rigor em relação aos produtos criados. Depois de acidentes não há recall que recupere uma pessoa ou que ressuscite uma vida. Por outro lado, pessoas que foram lesadas por esse motivo não têm recall para ressarcimentos ou mesmo não têm acesso, no mesmo fabricante, para exigir seus direitos. Vou criar o recall do recall.
Quem sabe assim se ganha mais algum honestamente, já que as grandes empresas, com sua sede crônica de lucros, não agem dessa forma?
E sem recall, claro!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Paixão à primeira vista!

Encontrei essa árvore sozinha, perdida num morro no bairro do Sertão Velho, 40km ao leste do centro de Lorena, no alto da Serra de Quebra Cangalha ( e entorta protetor de carter também).
Lá estava ela, solitária no morro e, simplesmente, linda.
Sozinha, sem nenhum par por perto. Parece com o Mapple, mas o Canadá está muito longe daqui. Parece com os exemplares que enchem as ruas de Campos do Jordão. A julgar pela altitude pode até ser ela mesma, que sozinha, dá conta do recado de se mostrar fascinante e bela.
Ipê não é, pois as cores são das folhas e não há flores.
Apaixonei-me e trouxe uma bela lembrança dela prá casa, que divido com vocês.

Fé cega, faca amolada!



Corpus Christi, dia que muitos celebram o corpo de Cristo.

Expressão de fé que sai das paróquias e invade as ruas e toma forma de arte.

A arte da fé. Demonstração pública daquilo que se sente e como se usa esse sentimento para desenvolver os mais diversos trabalhos com os fiéis.


Desde muito cedo as ruas riscadas da cidade, marcando o circuito da procissão, está tomada de muita gente, principalmente jovens, que entre uma guerrinha de areia, serragem ou tinta em pó, montam seus quadros, alguns verdadeiros trabalhos artísticos pela beleza, outros apenas na simplicidade de se fazer presente.


E assim, logo no começo da manhã, o centro em torno da igreja matriz é o centro das atenções dos demais cidadãos.

Percebo que cada um está, literalmente, focado em seu quadrado e penso: Não seria mais prático começar os desenhos de dentro prá fora até se chegar no tamanho padrão do tapete? Acredito que dessa forma haveria preocupação apenas no que está sendo feito sem ter que dividir a atenção com o cuidado em não espalhar o material restante que está ao redor. Apenas uma sugestão, de repente funciona.

Areia, pó de café, sal e flores transformadas no símbolo do corpo de Cristo.

Sempre bonito e válido.

Abaixo algumas fotos feitas por mim hoje nas ruas da minha cidade.




domingo, 16 de maio de 2010

O Melhor!

Recebi esse texto por e-mail de um grande amigo e acho que tudo isso faz sentido sim.

A BUSCA DESENFREADA PELO "MELHOR"


Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutorado em Comunicação que, apesar de doutorada em Londres, optou por viver uma vidinha mais simples em Belzonte...

DO BOM E DO MELHOR
(Leila Ferreira)
Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixam os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à chance de estar perto de quem amo.
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?