quinta-feira, 8 de outubro de 2015

mão e contramão...



Na mão e contramão do bom senso, o ser humano segue seu caminho com passos de formiga e sem vontade.
Essa semana tivemos uma mostra de quanto somos racionais, inteligentes, o que nos diferem de outros animais sobre a Terra e nos faz criaturas de uma inteligência superior, quando nos deparamos com o tal ação. 
Após um acidente, uma equipe médica australiana consegue salvar a vida de uma criança que teve uma ruptura da base do crânio com o restante da coluna cervical sem que o menino ficasse tetraplégico ou mesmo tivesse morte imediata. O menino foi degolado internamente, sem ruptura. A equipe refez as vértebras danificadas e cartilagens do pescoço da criança e a mantém com um suporte para o crânio a fim de que o peso da cabeça não provoque mais danos até calcificação e estabilização das novas vértebras – é sabido que as crianças têm o tamanho de suas cabeças desproporcional em relação ao corpo. A criança já atendida anda, movimenta-se e corre normalmente. A mãe diz ser um milagre e de fato o é. Um milagre operado pela mão do Homem,um exemplo da maravilha de ser humano, de poder ajudar uns aos outros com fruto do trabalho e aprendizado. Casos como esse surpreendem pela raridade e pela solução inédita obtida. Há controvérsias quanto à utilização dessa mesma inteligência para sanar outras mazelas a que o bicho Homem é submetido, mas não podemos fechar os olhos para essa conquista. Precisamos abri-los mais para conquistar outras.

Como disse no início, essa grande rodovia da vida tem seus atalhos que não levam a lugar algum e ainda há aqueles que caminham na contramão. Uma inscrição racista em uma das mais respeitadas universidades do país chocou vários cidadãos que estão acima de qualquer segregação. **Nota do autor: eu considero que todos sejam cidadãos de iguais direitos e deveres e não gosto de segmentá-los em comunidades ou grupos disso ou daquilo, para mim essa diferenciação já é segregação, separatismo, divisão**. Nessa mesma linha de crime racista, uma mãe norte-americana conseguiu na justiça a retratação por parte de uma editora de livros escolares, que contava a história da formação étnica daquele país onde dizia que os negros levados para o sudeste norte-americano eram considerados trabalhadores, sem mencionar que o trabalho era escravo, que os negros eram trazidos pelo tráfico negreiro contra sua vontade e em condições sub-humanas. Uma das maiores barbáries da História da  humanidade. Algo impossível de ser ignorado pela História dos países que utilizaram dessa forma de mão-de-obra.
Atitudes como as os médicos australianos são e estão na "mão" que o mundo precisa para se endireitar e assim indicar o caminho certo àqueles que insistem na contramão da nossa História.
Nos vemos, nos lemos!

* imagem: Google free pic placas!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Água à vista......

Uma nova notícia essa semana deixou muita gente  curiosa em relação à confirmação de água em Marte. Água salgada, porém em estado líquido. Esse elemento químico em reação com a formação química de Marte é bem capaz de produzir alguma forma de vida. Isso já foi alardeado anos atrás quando dessa possibilidade de vida bacteriológica. Nosso vizinho vermelho não está sozinho nessa, outros estudos apontam a grande possibilidade de água nas luas de Saturno e Júpiter, em Plutão, bem como na formação de cauda de alguns cometas. Sem contar outros planetas existentes no imenso universo que ainda não conhecemos.
Se todos os elementos químicos que conhecemos na Terra estão presentes no Universo, não é impossível de que em outros locais haja o encontro dos átomos de hidrogênio e oxigênio, que basicamente formam a água, seja em estado líquido, gasoso ou sólido. As possibilidades são muitas e as surpresas também. É esperar para ficar sabendo.
Enquanto isso, aqui no planeta Terra, que é coberto majoritariamente por água, os poucos recursos de água potável, menos de 1% do total, ideal para o consumo humano, estão escasseando, colocando em risco muitas formas de vidas. Contradições do tempo!


*imagem: Divulgação da Nasa que mostra a os veios provavelmente feitos por água em estado líquido.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A Virada...

Receoso, quem sabe, um pouco pelo que será escrito, porém muito se leu e se falou sobre as datas de 23 e 24 de Setembro quanto à uma mudança com características visíveis que atingiriam o planeta. A Terra, dentro do seu plano intergaláctico, atravessaria uma zona de intensa atividade magnética que  provocaria alterações em todos os seres vivos que habitam o planeta, com grande probabilidade de interferir e coisas inanimadas  também, como nas comunicações, transmissão de energia, sinais via satélite, ondas de rádio, etc e demais atividades eletromagnéticas do planeta como mudança do pólo, alteração geofísicas, alterações climáticas, descargas decorrentes de chuvas, surgimento de outras forma ou ampliação de auroras e eventos dessa natureza, entre tantos outros fatores. O esperado é que essa interferência magnética agiria também no Homem, com alterações magnéticas do sistema nervoso, mudando o modo de pensar do ser humano, onde se espera aflorar a busca de uma melhor qualidade e expectativa de vida baseadas em alterações drásticas do comportamento humano e assim chegar a resultados positivos, melhor conhecimento e discernimento das relações Homem-Homem, Homem-Meio, ampliação do cognitivo e, por consequência, uma melhora da inteligência geral que chegaria a níveis desejados para se manter uma melhor qualidade e estabilidade de vida. Enfim, a tão sonhada prosperidade humana.
Mesmo que essa possibilidade tenha sido utilizada como efeito placebo em escala mundial, diante de cenários caóticos que o próprio Homem se conduziu, acredito que esse montante de pensamentos positivos possa sim reverter em algo satisfatório. Dessa forma estaria provado que o pensamento positivo em massa tem resultado. Poderíamos ficar frustrados de como não pensamos nisso antes ou como não tentamos, pelo menos.
Que nossa vida passa por uma grande transição, isso acontece desde o primeiro dia do Homem sobre a Terra. Há uma constância nesse processo de evolução do ser humano e do planeta, ambos seres vivos.
Se cruzamos alguma barreira com grande poder eletromagnético capaz de provocar mudanças sérias e definitivas no planeta e em nossas vidas, que seja bem-vinda e que permita a perpetuação da raça humana sobre a Terra, onde se possa viver plenamente, em paz e em boa relação de respeito mútuo em todas as áreas. Que essa interferência possa dar um ânimo ao Homem em parar tudo que está errado e continuar, desde já, com outro formato, com outra expectativa, aberto às novas experiências, se preparando para essa evolução, essa nova sintonia. Esse sim, um pequeno passo dado agora e um salto gigantesco para nós todos, a Humanidade! Lembrando, sempre juntos, Ubuntu!!! É impossível ser feliz sozinho.
Nos vemos, nos lemos!



*imagem: www.luzdanovaera.com br

terça-feira, 22 de setembro de 2015

"American uei ov laif"

Não conheço e não posso falar da legislação norte-americana, mas curioso como certas coisas acontecem no país do Tio Sam.  Essa semana, um garoto de apenas 14 anos, negro com nome muçulmano, Ahmed Mohamed, foi preso por policiais porque uma professora achou que o relógio que ele havia criado se parecia com uma bomba. O garoto, fissurado por tecnologia, levou sua criação para mostrar a um professor.
Alguns episódios de ataques em escolas norte-americanas não são novidades, infelizmente. Notícias de tiroteios e massacres volta e meia dão as caras nos noticiários. Creio que isso faça aumentar o pesadelo coletivo do povo norte-americano de possíveis episódios de violência desembestada em ambientes escolares, ainda mais com uma suspeita caindo sobre uma pessoa da raça negra e com nome muçulmano. O sistema funcionou , pois a polícia atendeu ao chamado de uma professora desorientada. Penso ter havido excesso em algemar, prender e interrogar o menino. A polícia não foi capaz de identificar que tal invento era apenas um relógio e não uma bomba? E a professora ? Acionou a polícia para algo que não procedia, e fica por isso mesmo? Se o menino fosse branco ou não tivesse nome muçulmano teria sido abordado da mesma forma? Lá não são todos iguais perante à lei como eles mesmo vendem sua imagem? Cadê o Human Rights Watch?
No mesmo dia, o presidente, Sr Barack Hussein Obama, também negro, filho de um queniano com uma norte-americana,  ficou sensibilizado e convidou o aluno a levar sua criação até a Casa Branca e, dessa forma, estimular o interesse de jovens daquele país pelas ciências, uma atitude positiva em acolher o jovem após tamanha frustração e desgosto sofridos na escola da cidade de Irving, no Texas. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, também convidou o garoto a conhecer as instalações da maior rede social de todos os tempos e Ahmed ganhou do CEO da Microsoft, presentes criados pela grande empresa de Redmond para dar maior incentivo aos  estudos de Ciência e Tecnologia. São aparelhos e gadgets de ponta, incluindo novíssimas versões de suas invenções e até uma impressora 3D.
Por um lado, as grandes empresas de tecnologia e homens de visão entenderam a problemática e contornaram a situação com gestos mais humanos enaltecendo e positivando a ação do jovem aluno. De outro, cidadãos comuns, vulneráveis e preconceituosos, ainda sob impacto das grandes tragédias vividas, promovem constrangimentos em escala mundial expondo um pré-adolescente ao dissabor de ser achincalhado na escola de sua cidade, demais localidades em seu próprio pais e no restante do mundo.
Existem situações em que o excesso de zelo causa danos irreparáveis, traumas que duram uma vida inteira. Os próprios americanos já sofreram diretamente na pele com reações de alguns filhos seus, traumatizados pelos eventos de muitas das guerras em que participaram ou de situações de alto stress em que não tiveram a possibilidade de administrá-los, explodindo - literalmente às vezes - de maneira abrupta e causando danos às pessoas ao redor, inclusive em ambiente escolar. Isso mostra que o mundo vive sobressaltado, com medo, onde a opressão é uma forma de manter a tranquilidade. Que o jovem Ahmed possa despontar como um grande cientista, tecnólogo ou inventor, que possa se tornar o homem de bem que mostrou ser ao tentar, ingenuamente, levar sua invenção para a escola e apresentá-la ao professor. Que a escola, a professora desorientada e os demais alunos aprendam a lidar com aqueles que julgam ser diferentes, quando a única diferença mostrada foi o bom uso da inteligência de um menino, pré-adolescente, no meio de tantos outros vulneráveis, preconceituosos e desprovidos de bom senso!



*Imagem: american pie - ilustração do autor

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

...e o mundo girando, girando...





Quem disse que essa não seria uma época de grandes transformações no mundo?
  • Europa fechando as portas de suas fronteiras na cara dos refugiados;
  • Brasil condenando à prisão políticos e empresários envolvidos em esquemas de corrupção;
  • Os EUA , majoritariamente protestante, prestes a receber a visita do Papa, que já passou por Cuba, fazendo história nas viagens papais;
  • Japão em crise financeira como nunca vista antes;
  • China em crise econômica afetando o mundo e efeito dominó;
  • Continente africano estourando em rebeliões de facções fundamentalistas religiosas;
  • Marcas do desequilíbrio natural causando desde nevascas no fim do inverno no sul do Brasil até emagrecimento de ursos polares no ártico por falta de comida;
  • Grandes centros urbanos do Brasil, EUA e Rússia com problemas de abastecimento de água para a população.
  • Grupos humanos do norte, sul, leste e oeste perdendo a calma, partindo prá violência, perdendo a razão;
  • Manifestações generalizadas em todos os cantos, de cunho político, social e econômico;
  • Etc......etc........etc.....


Mundo globalizado, problemas globalizados....
Nos vemos, nos lemos!




*imagem: do site www.portalsaofrancisco.com.br

Precisamos......


Mais do que máquinas precisamos de humanidade.

Mais do que inteligência precisamos de afeição e doçura.
Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido.
Charles Chaplin.






*imagem: Charles Chaplin como Carlitos - Google free pic

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Pesos e medidas!

As situações do dia-a-dia são mesmo colocadas numa balança. O milenar I-Ching, já buscava um equilíbrio natural de tudo que nos cerca e daquilo que pensamos e produzimos.
Muito tem se falado em final dos tempos. 
Quando o ano 2000 ainda era um ano distante, séculos a frente, era tido como uma fronteira desconhecida de transformações ou mesmo do final de tudo. 
Hoje está 15 anos no passado e nada mudou, exceto a forma de ver e entender o mundo. Há de se pensar que muitas ditas profecias foram escritas séculos atrás, onde a ideia de mundo, religião e conhecimento do planeta eram outros, sem contar com as muitas traduções feitas dessas escritas que sofreram interferências ao longo desse tempo. 
De qualquer forma, houve um “aculturamento” desse assunto e ele sempre vem à tona repaginado. Se compararmos o mundo de milênios anos atrás percebemos uma mudança significativa e radical, tenha sido ela boa ou ruim.
Parece existir um medo coletivo diante das reações naturais desse imenso ser vivo chamado planeta Terra e que afloram tais pensamento quanto à brutalidade das mudanças a que podemos ser submetidos. Há questões filosóficas, sociais e políticas nesse emaranhado de pensamentos.
Curioso que tudo é  cíclico e o pensar humano segue uma tendência. De procurar respostas para sua existência, ainda mais quando da possibilidade de perdê-la.  O sentimento de medo coletivo é altamente contagioso e a epidemia se instala rapidamente. As sociedades modernas construíram muitas coisas boas ao longo dos tempos, mas também produziram e permitiram que outros pensamentos nada altruísta tomassem corpo. O ser humano criou uma bengala, um apoio, um pseudo conforto na condição de sofrido, de coitado, de agente não pensante, passivo, submisso às intervenções daqueles que julgam e se declaram donos ou conhecedores de alguma verdade. A exacerbação desse pensamento criou o sensacionalismo, uma brecha, uma válvula de escape de outros instintos adormecidos, ameaçados ou sufocados. É uma teia.
Uma mudança muito grande e séria, de nível global precisa ser pensada e colocada em prática imediatamente. A civilização não pode se deixar enforcar nas rédeas que ela mesma criou para poder viver em sociedade. O pensamento mundial mudou. Não deve haver mais subjugação de um povo por outro como se brincasse de jogo de estratégia para conquistar o mundo com vidas reais.  Não se pode se curvar às ameaças do poderio bélico, econômico, social, religioso e outras formas de domínio. O mundo é grande e há espaço para todos. Há de se entender que o bicho Homem é um complexo, em certos pontos, indecifrável para si mesmo. A espécie humana é um órgão vivo e precisa ser mantido em sua plenitude, precisa de profundo autoconhecimento.

Por outro lado existe um fortalecimento de uma corrente filosófica de auto estima, de auto valorização e conscientização do que é ser humano. Um conhecimento que vem de longe, filosofia e ética de tribos africanas e de onde origina seu nome: Ubuntu.
A proposta dessa filosofia é: Ser humano é ser com os outros. Ser quem é porque somos todos nós! Gente precisa de gente prá ser gente! 
Fato: Um homem e uma mulher geram uma criança e formam uma família que jamais perdem laços. E famílias juntam famílias. O Homem é ser social, não vive sozinho, não constrói nada sozinho e nem pode viver saudável sozinho. Um bebê quando nasce precisa da mãe para dar o leite. A criança precisa de orientação dos pais e ensinamentos. De onde se aprende as noções básicas de respeito, de compartilhamento, compaixão, amor ao próximo, solidariedade. O adulto precisa de conselho dos mais velhos e os mais velhos da ajuda dos mais novos numa inversão natural de papéis. Um ciclo que não termina e que se funde quando famílias ou grupos humanos convivem. Esse sentimento vem se fortalecendo como alento diante do reconhecimento da fragilidade humana. Criações da própria mente. Somos nós quem criamos o medo e a coragem, somos nós que nos unimos para fazer a guerra da mesma forma que nos unimos para fazer o bem coletivamente. Somos nós que fechamos a cara com a mesma firmeza que abrimos o coração. Somos nós quem escolhemos o caminho a seguir e que optamos pela forma de conduzí-lo. Nada disso seria capaz de ser feito sozinho ou por si só. A experiência diz que uma andorinha só não faz verão. Até Deus é trino! Por que seríamos diferentes? Por que não "aculturar" essa boa ideia e fortalecê-la? Por que não deixar a bengala de lado e caminharmos juntos com as próprias pernas?
Nos vemos, nos lemos. Sempre juntos!


* imagem Balança  free pic internet