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quarta-feira, 8 de junho de 2016

perplexidade

Escultura hiper realista de Ron Mueck (escultor australiano).
Já pararam para pensar que vivemos uma era de perplexidade? 
Basta olhar ao redor e ver quantos fatos e acontecimentos nos deixam boquiabertos, principalmente por serem inéditos ou, ao menos, levado ao conhecimento de massa! 
Em épocas de redes sociais e comunicação instantânea corre como rastilho de pólvora. Vale lembrar, mais uma vez, que é sempre prudente verificar a procedência e a veracidade das informações.
Alguns tópicos eu já mencionei aqui algumas vezes e continuam vindo à tona em determinados momentos e ganhando a luz dos refletores enquanto outros caem no esquecimento depois de um longo tempo de ribalta.
As redes sociais são locais fáceis de veiculação desses fatos onde são replicados à exaustão. Já cansamos de ver cenas de assassinatos, roubos, depredação, violência contra mulheres, crianças, idosos, portadores de alguma necessidade especial, animais e ao meio ambiente.
Já vimos cenas de destruição por fogo, terremoto, vendaval, chuvas torrenciais, granizo, tsunamis, lava fervente escorrendo, avalanches, desabamentos, acidentes incríveis com carros, trens, caminhões, ônibus, aviões, helicópteros, atropelamentos, explosões, entre tantos outros fantasticamente falando. Desastres naturais de diversas formas e outro provocados pela má ação do Homem. Já tivemos à beira de uma catástrofe nuclear, lembram?
Também vemos ações inesperadas de solidariedade, compaixão, ajuda ao próximo, união em favor de propósitos comuns, manifestações contrárias a qualquer forma de instabilidade social, busca de saídas alternativas para as mais diversas situações.
Ultimamente, diante dos muitos escândalos e delações dos nossos digníssimos representantes, um outro festival de acusações, mentiras, situações desmentidas escancaradamente, xingamentos em plenários é que têm deixado a população em geral mais perplexa.
Perplexa por saber que roupa suja se lava da mesma forma, seja na beira do rio, seja na mais moderna lavanderia. Tiraram a máscara de que o cenário onde tais fatos acontecem seja um local de maior respeito, de linguajar mais apurado (pelo menos tanto quanto os textos ali produzidos), um local de melhor nível geral. Mas não! O palavreado baixo, os palavrões e o cinismo mostram que somos iguais perante a lei, onde quer que estejamos. Caiu a máscara, o disfarce.  A “casa grande” fala tal qual a "senzala". Creio que essa a maior das perplexidades expostas. Falo de casa grande e senzala porque é o nosso trabalho que se sustenta a casa grande, de onde se espera que se tenham propostas decentes de melhorar nossa condição de vida.
Não há refinamento do produto. Tudo fubá grosso! No extremo oposto da cadeia, isso gera um sentimento onde cada um é dono de sua verdade e cada qual  cria leis de acordo com suas ideias e propósitos. Isso é prejudicial ao “todo”. Isso beira uma anarquia de informações e as ações decorrentes de todo esse desmando gera as mais perversas formas de violência que já tenhamos presenciado, deixando-nos mais perplexos e amedrontados com o rumo dessa falta de controle. As ações violentas passam a ser banais e veiculadas como prêmio ou mostra de algum poder, da subjugação.
Algo sensato, ponderado e firme precisa ser feito! Punições cabíveis, mudanças estratégicas das formas de liberdades e forma de punição legais. Precisamos, urgentemente, de uma forma para mudar o caminho de desumanidade que estamos trilhando. Algo novo e bom, que cause tanta perplexidade quanto as que temos tido ultimamente.
Nos vemos, nos lemos!


sábado, 11 de abril de 2015

".....a tua piscina está cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos..."


Sim, ratos! Repugnantes e endeusados, personagens de desenhos, ícones de fábulas, cobaias ou estimação, pragas urbanas. De vários tamanhos, desde o mais bonitinhos brancos de olhos vermelhos vendidos em pet shops até as quijaras que mais parecem mini capivaras, mas são silvestres. Sinônimo de ladrões, rápidos, silenciosos, do que é mau.

Essa semana, em uma das muitas comissões de inquéritos dos incontáveis esquemas de corrupção que corrompem esse País, numa esquete muito mal ensaiada e representada, uma dessas comissões foi interrompida porque soltaram alguns exemplares de roedores no local, durante mais um interminável bate boca, onde o assunto principal, mais uma vez, é despistado, não revelado, sem a presença maciça e verdadeira da mídia pra mostrar de fato e sem pudores, os nomes daqueles que estão diretamente envolvidos nos esquemas bilionários de roubo do nosso dinheiro.
Imediatamente as redes sociais foram invadidas por memes mostrando ratos enojados com o cenário em que foram colocados ou chocados com a infeliz comparação com as pessoas. Os larápios de colarinho branco, descendentes de marajás e maranis, herdeiros de um DNA nada puro de colonizadores extrativistas que aportaram por aqui, seguidores fieis da lei de Gérson que sofrem de egocentrismo crônico, que pensam que vivem sob uma blindagem, que moram em castelos inatingíveis, separados por pequenos feudos, cada qual com sua bandeira e siglas, são os eternos responsáveis por situações de penúria a que a população é submetida. Falo tanto da população que luta diariamente prá vencer a fome, o descaso, a falta de expectativa, quanto daquela população que também luta prá produzir algum bem que impulsione a nossa máquina. Máquina essa emperrada pela ferrugem e pela sabotagem da corrupção, um câncer metastático que insiste em corroer cada célula desse imenso corpo, já não tão jovem e frágil. E aqueles que têm um mínimo de condição ou de discernimento, em vez de fazer valer o direito que é dado, preferem fazer balbúrdia e açoitar o judas errado, entrar na onda do "política e socialmente correto", para fazer função social em postagens de mídias populares.
Enquanto isso, um novo esquema é descoberto a cada dia, aumentando uma teia infindável de podridão, conglomerando pessoas até então de caráter ilibado, de conduta insuspeitável, independente da bandeira que ostentam em seus "castelos". Vale lembrar que alguns castelos são de cartas de baralho, como se fossem as casas dos frágeis porquinhos assombrados pelo velho e faminto lobo.
A engrenagem está tão emperrada e tão cheia de gambiarra que um conserto seria quase impossível, porém necessário, mesmo que lento e que atinja todas as camadas que suas engrenagens alcançam.
A empáfia é tanta e chega às raias da ignorância, pois o nojo desses pseudo atores e ladrões sem caráter é tanto que não têm coragem de enfrentar ratos de verdade, daqueles com os quais são comparados. Recorrem aos hamsters ou outro criceto mais comum. Até nisso se sentem maiorais, pois não conseguem ou não entenderem a comparação com o mais popular dos roedores. Esse equívoco também precisa ser reparado com ações educadores de todas as esferas, na tentativa de recuperar um indivíduo que valha a pena. Não falo de penas sociais ou prisões domiciliares com tornozeleiras com tecnologia de ponta. Falo da perda do cargo, devolução integral do dinheiro roubado e trabalho para garantir o próprio sustento, seja no cultivo e criação do próprio alimento, na sustentabilidade de seus gastos mínimos, numa revolução de sistema carcereiro.
Por soar utópico voltemos à comparação. Sob um dos aspectos é possível ver uma coerência: A escolha de espécies que representam a repugnância e fragilidade do homem para representarem a si próprios.
O tempo não para!


*imagem: foto de rato do blog pesadooculto.blogspot.com