sexta-feira, 20 de maio de 2016

Uma Questão Cultural!


O novo governo em exercício, tem a missão, nada fácil, de desatar uma série de nós de rabos presos e colocar esse imenso comboio nos trilhos.
Há quem pense que o novo governo vai usar o pó de Pirlimpimpim e transformar tudo do dia prá noite. A realidade é mais dura. As ações demandam tempo para se concretizarem e contam com o peso morto da burocracia que atrasa os passos desse andamento.  

Num estudo intitulado Perils of Perception (Perigos da Percepção) feito em 33 países, ficamos com o nada honroso 3º lugar nessa modalidade, uma medalha de bronze. Um povo que menos conhece sua realidade. Perdemos para México e Índia. Eu mesmo respondi o quiz e fiz 7/10 e me achei péssimo. Deveria ter acertado tudo sobre meu País.

Por que mencionei isso? Porque uma das metas do novo governo acaba com MinC e o atrela ao Ministério da Educação. Vira Departamento. Não falo por perder o status de ministério. Falo pela autonomia de poder gerenciar livremente uma pasta que é muito extensa com muitas possibilidades frutíferas. 
A maioria dos Ministérios não estão nadando de braçada e vemos suas reservas escorrendo por gretas obscuras da corrupção e pararem em paraísos fiscais em um escândalo atrás do outro. A Educação à beira da sua reprovação, o Esporte contundido, da mesma forma como a Saúde busca sobrevivência na UTI, afetada pelo mesmo câncer da corrupção. Partes de uma engrenagem que parecem ser montadas para engripar.

Cultura também educa, há de se lembrar! Infelizmente é tratada como supérfulo, como luxo, seja em que esfera for. Os orçamentos são pífios, o orçamento desse Ministério equivale a apenas 0,38% do orçamento federal, proporcionalmente, distribuídos com estados e municípios.

Na Cultura, leis (federais, estaduais e municipais) permitem que sejam captados com empresas, recursos capazes de criação, fomento, divulgação das formas de cultura em todas as suas expressões (canto, dança, teatro, circo, cinema literatura, música, artesanato, fotografia, bens materiais e imateriais, gastronomia, entre tantas outras e suas muitas ramificações). Aquilo que é a nossa identidade! Nossa foto de cara limpa! Nossa pluralidade, fruto de uma grande miscigenação, gigante pela própria natureza, onde o regionalismo dita o sotaque, os costumes, as tradições, as manifestações de sua religiosidade, do paganismo, do empirismo, da linguagem, do comportamento e também das reações destes frente às mudanças que os afetam diretamente.

Incentivar artistas e programas que possam levar alguma arte às pessoas, onde quer que elas estejam, fazendo com que experimentem sensações diferentes e saudáveis de novas possibilidades, opostas à crueza da dominação social que vivem forçada e imperativamente, que em muitos casos apontam saídas por frestas obscuras e marginalizadas, expondo fragilidades e formas de violência. Possibilitar que as formas de arte permeiem os mais distintos vãos da sociedade e agucem vontades e curiosidades de outras tantas pessoas e assim multiplicá-las, proporcionando mais cultura, mais educação, mais trabalho, mais saúde mental (que reflete no corpo), criação e qualificação de mão de obra específica, ampliação de horizontes, entre outros infinitos benefícios. Todo trabalho é digno!

Há de se entender que o que se obtém com recursos como a Lei Rouanet (federal), Proac (estadual) e outros programas (federais, estaduais ou municipais) de incentivo à cultura, são recursos autorizados por lei, de uma parcela dos impostos devidos que são direcionados para atividades culturais através de projetos aprovados e que têm por obrigatoriedade a prestação de contas junto à(s) empresa(s) de onde o recurso foi originado. 

Não é do bolso do governo que sai. Aliás, nem entra! É substituído por documentos que comprovam o uso daquele X valor em alguma atividade cultural, esportiva ou outra que seja embasada na sua respectiva lei de incentivo. Sai do patrocinador que presta a sua parcela de conta ao governo desde que o montante cedido para o programa cultural esteja de acordo com uma série de itens obrigatórios de prestação de contas, caso contrário há severas punições legais. Não é fácil gerenciar isso tudo como produtor cultural. Os valores altos de produções milionárias, por exemplo, não são captados de uma única vez. São captados em parcelas e cada parcela subsequente só é liberada mediante a aprovação da prestação de contas anterior. Caso contrário, o projeto fica sem verba. É a lei.

Vale lembrar que quando se faz uma planilha de projeção de gastos de uma produção, um rol enorme de itens são relacionados e seus gastos computados para que se possa fazer uma programação desse dinheiro e permitir que seja viável. Inclui-se aí, entre centenas de fatores: cachê de todos os profissionais envolvidos na produção do espetáculo (artista(s), técnicos, cabeleireiro, maquiagem, costureiros, cenografia, cenógrafos, contrarregras, músicos, dançarinos, artista convidado, etc.) mais transporte, hospedagem, alimentação, brindes, vestuário, divulgação, propaganda (cartazes, flyers, internet, rádio, carro de som, tv), locação de alguns espaços (salas, teatros, ginásios, etc.), entre tantos outros e alguns peculiares de cada forma de expressão.

Aqueles que utilizam indevidamente os recursos é que devem ser banidos, que devem ser fiscalizados, punidos na forma da lei e que devem repor o dinheiro obtido, seja a quantia que for. Falo do ato e não do valor e/ou da proposta cultural usada como pano de fundo dessas armações!  A aplicação dessa lei deve ser revista, melhor controlada, melhor aplicada, não extinta!

Vale lembrar que os ministérios e sucessivamente as secretarias e departamentos trabalham com verbas específicas. E por mais caótico que esteja o cenário atual, é ilegal usar o recurso de uma pasta para cobrir necessidades de outra. São pedaladas de alguma forma. Isso derruba governos! Salvo se houver alguma autorização legal, mediante a voto de Congresso, Senado e outras instâncias que as aprovem. Parece que isso somente é permitido em caso de força maior, grandes tragédias, guerra, etc.

Por outro lado, há de se entender que pagamos muitos impostos e não vemos retorno de suas aplicações!

Toda mudança pressupõe mudanças. Mudança não é vestir um santo e desvestir outro. Como num jogo de xadrez, é alterar a estratégia para um bom resultado com a menor perda possível. Guardadas as devidas proporções e comparações ao jogo, a cultura de um País não é um mero peão e sim um bispo, uma torre, um cavalo, uma rainha, uma peça de maior importância nesse imenso tabuleiro.

Triste ver que tais manifestações vêm de pessoas onde se imagina haver um pouco mais de coerência, de discernimento. Que nas esferas onde essas decisões são tomadas, tal desmatamento cultural é visto como gesto heroico, nobre. Triste e lamentável ver pessoas, com discursos exageradamente retóricos, aplaudindo, ações de cerceamento.

Não vejo nenhuma mobilização nacional da população que queira isso o bem comum e sim confronto de ideias divergentes, mal fundamentadas! Cada um prá si! Oba-oba e carnaval.

Eu sou a favor de um melhor lugar para se viver, de um País com futuro, soberano, cidadão, onde eu e você possamos ser representados por qualquer indivíduo, seja homem, mulher, da cor da pele que for, que seja digno, honesto, coerente por suas ideias e qualidades e não pelas bandeiras e símbolos que são obrigados a defender para poderem participar do banquete. Cidadãos sem se importar com títulos e sim um real trabalho a ser feito, com propósito de crescimento e melhoria. Sou a favor do compromisso, da honestidade.

Se continuarmos sendo congenitamente corruptos, não alcançaremos êxito, nem na continentalidade, nem no separatismo, nem no presidencialismo, nem no parlamentarismo, nem na situação, nem na oposição. Muito menos batendo panelas e fazendo arruaça! Seja lá identificado de qual salgadinho for!



* se quiser fazer o quiz, segue o link: https://www.ipsos-mori.com/_assets/sri/perils/quiz/


* imagem: mix de imagens de algumas formas de arte que representam a cultura em geral!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

só sei que nunca soube....

Mais uma matéria fascinante que mostra o quanto ainda desconhecemos de nós mesmos e que, por outro lado, pode ser usada para alimentar teorias já conhecidas de que fomos ensinados por seres com conhecimento mais avançado que o nosso. O texto é do site galeria do meteorito e basta acessá-lo pelo link abaixo.
Curioso e interessante. Se Isaac Newton não descobriu nenhuma novidade, pelo menos reforçou o que vem sendo usado como certo e por aí vai.....

http://www.galeriadometeorito.com/2016/05/inscricao-babilonia-astronomia-movimentos-jupiter.html#.VzS-TIQrKM8
(copie e cole no seu browser)

Nos vemos, nos lemos!

* imagem: reprodução da tela do blog mencionado

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Transformação!



Curioso e triste pensar e ver resultados nada positivos de pessoas que têm a síndrome de mudar o próprio corpo. Cada vez mais é veiculado nas redes a foto de quem se deu bem e que se deu muito mal com transformações, a princípio, normais. Não falo aqui das pessoas que buscam recursos para cura de deformidades congênitas, acidentais ou outras correções para melhoria da saúde.

Falo de transformações com intuito de buscar uma dita perfeição, quando se perde a mão e chegam a resultados fantasmagóricos. Os canais de tv não escondem seus programas de auditório com a presença de cirurgiões plásticos de toda estirpe falando ora bem, ora mal desse ou daquele procedimento. Há também os reallities shows em que as pessoas se expõem viceralmente na disputa em busca dessa perfeição. Lançamentos de produtos e procedimentos, dietas milagrosas e remédios disfarçados de suprimentos que prometem mudanças para quem os consome são quase que diários. Parece não haver noção do risco.

Desde relatos da aplicação de silicone automotivo ou industrial até os dias de hoje em que um dos terrores se chama hidrogel, que já deixou suas vítimas marcadas, o bisturi parece ser coisa do passado. Além do botox que paralisa as feições das pessoas, recursos como congelamento de gordura, laser, ácidos, massagens, cápsulas que absorvem a gordura ingerida dos alimentos e as retiram do corpo para não serem absorvidas e muito mais, além de automedicação, entre tantos outros são veiculados livremente vendendo uma imagem de perfeição. Qual o parâmetro de perfeição adotado? 
Corpos engradecidos exageradamente pelo uso indiscriminado de anabolizantes, suplementos miraculosos, redutores, queimadores, transformadores associados à dietas pouco convincentes, consumo de proteínas, vitaminas e outro material sintético , narizes afinalados deixando as pessoas com vozes estranhas, cinturas finas com a retirada de costelas, quadril gigante sustentado por silicone ou gel, bíceps, tríceps e abdomes criados por costuras de músculos e lipoaspiração. Homens e mulheres bonecos, rostos frios, sem expressão, pessoas que perderam a identidade devido aos desastres de resultados. Até mesmo aqueles que se vangloriam de excelentes resultados, reaparecem para corrigir problemas mais sérios. Dias desses vi um homem agonizando numa maca enquanto seu bíceps colossal e disforme, todo rasgado, vertia um líquido que parecia ser uma mistura de fluídos, gel, pus e sabe mais lá o que. Outro dia vi uma esteticista falando maravilhas de procedimentos, mas o rosto dela não se mexia. Testa, canto da boca, parte superior dos lábios mal deixavam a mulher falar direito, parecia anestesiada. O famoso bico de pato. Recentemente falou-se muito de uma bactéria que estaria comendo o nariz de um jovem que tinha feito nada menos que 7 cirurgias no nariz para ter um rosto parecido com um boneco que representa a eterna juventude. Jovens que preenchem seus lábios com quantidades enormes de produtos para deixá-los “sensuais”. Uma identificação com quem está na mídia e ostenta a quantidade de cirurgias e intervenções feitas como se fossem troféus. O risco e o relato de infecções, de choque anafiláticos que já levaram muita gente embora, clínicas que não são legalizadas para procedimentos cirúrgicos, cirurgiões que vislumbram o lucro sem se importar, pelo menos aparentemente, pela saúde humana são inúmeras. Acidentes de percurso, resultados errados que levam a novas cirurgias de correção passam a ser corriqueiros. Pessoas muito jovens recorrendo a esses milagres para alcançar um corpo mais harmônico e sem defeito. Não seria essa busca incessante da perfeição um defeito, um desvio? 
Vivemos uma crise de identidade onde o médico e o monstro se digladiam!
Nos vemos e nos lemos!


* imagem: cartaz Dr Hecyll e Mr Hyde (o médico e o monstro)

Intolerância

Não acho fácil falar da intolerância nos dias de hoje. Falar de algo que requer uma pausa para pensar em tempos de ânimos exacerbados, atitudes rápidas, revides impensados, por vezes insanos, que desmoronam todo e qualquer “castelo” de ponderamento, que jogam esgoto abaixo toda uma estrutura emocional e racional do indivíduo, seja ele quem for. 
Em pleno século XXI, era das facilidades da tecnologia e das comunicações rápidas, parece não haver uma rédea mais forte que segure uma horda de seres não pensantes, que de forma alienada e impensada reagem intolerantemente às ditas normas sociais políticas, comportamentais, religiosas, etc.. Pode-se até fazer uma alusão a zumbis, dominados por fontes irreais de veracidade que alimentam toda uma onda, diria um tsunami, de ações, gerando ódio, raiva e medo em escala geométrica.
A intolerância já é uma inabilidade humana de lidar com o diferente, de entender e respeitar posturas e posições divergentes das suas. E vivemos num mundo plural, onde cada indivíduo carrega consigo um leque de opiniões próprias de todos os assuntos que o permeiam e que fazem parte de nossas vidas, de forma direta e indireta. Os grupos iguais se atraem por uma conexão de ideais e expectativas comuns e ações que as promovem e, mesmo assim, não são formados de pensamentos únicos. Sempre há um senão, um porquê, mas a comunhão e direcionamento dos mesmos propósitos formam a característica de cada um desses grupos. E os grupos são muitos e podem ser antagônicos, simpatizantes, semelhantes. São pensamentos mutáveis, pois a inteligência humana, dentro de sua escala natural de evolução, aliada ao amadurecimento de ideias e sob influência das transformações naturais concorrem para que um dito grupo de pensadores iguais se fortaleça, se dissipe, cresça ou se finda, pois o olhar individual de cada um de seus membros tende a adotar outras maneiras de pensar sobre o mesmo ponto de vista e isso se torna uma ação cíclica.
Mudar de ideia, de opinião não é vergonhoso, não é sinal de fraqueza, é uma adequação às novas regras que a própria vida impõe ou que seja transformada nesse novo pensar. Sair da redoma da vaidade e do narcisismo e enxergar na opinião do outro, formas distintas de pensar, respeitando todos os ponto de vista que visam o mesmo objetivo.
Ouvir opiniões é sempre enriquecedor, posso dizer que o mesmo fiz ao escrever sobre isso e compartilhar com minha colega psicóloga Dra. Renata Barros, que expôs algumas situações que transcrevo aqui.
O questionamento é válido e é eterno, desde os primórdios para se entender quem sou, de onde vim e outros tantos que formam o pensar humano. Esses exercícios nos tornam hábeis, capazes de provocar uma mudança e de aceitar as novas. Tolerância traz consigo a flexibilidade.

Por outro lado, há quem se acomode em determinadas situações e qualquer mudança que venha em seu sentido e que o tire dessa zona de conforto (ou preguiça) pode provocar reações adversas. Essa acomodação, se for no modo de pensar, permite que outros membros manipulem direta ou indiretamente suas ações. Pessoas são diferentes e há uma natural disputa nos grupos humanos, instintiva, de prevalecimento de uns sobre os outros, seja pelo poder de convencimento e argumentos, pela força física, pela imposição, pelas atitudes e há quem se aproveite dessa situação favorável de estar à frente de determinadas pessoas pela junção de conhecimentos e que sem qualquer ética manipula os ditos inferiores. Criam-se monstros! Numa sociedade ávida por mudanças rápidas e melhoria de vida, o conhecimento se faz necessário para não se deixar ser dominado por outros grupos. Porém a preguiça (zona de conforto) não alimenta o discernimento. E isso também é cíclico! enraíza, contamina, corrompe e destrói. É quando a cobra começa a comer o próprio rabo!
Nos vemos, nos lemos!

*imagem; Google free pic!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Fora do ar!


As pessoas brincam, criam-se memes, viralizam intrigas, mas a grande verdade é que a paralisação do Whatsapp mexe diretamente com muita gente. Tiram das mãos uma ferramenta, uma forma prática e barata de comunicação individual ou em massa. Algumas reclamações em cima da tal paralisação, do bloqueio do aplicativo até podem soar convincentes. Imaginem você num contato mais próximo com um cliente, numa relação comercial, num contato pessoal importante o u outro não poder contar com a continuidade do serviço, mesmo que temporária. Uma decisão judicial está por trás do pedido de bloqueio do serviço oferecido e deve ter seus motivos e pelo que li, tem aval do MP e demais instâncias superiores. Se é uma retaliação ou não, não vou julgar. Quero acreditar que uma empresa consolidada, forte e multinacionalmente respeitada possa atender todas as exigências das leis que regem o país onde seu produto é utilizado, embora não seja a primeira vez que o o whatsapp tem sua função bloqueada no país. 
Curioso como mexe com multidões. 
As empresas que oferecem aplicativos de mensagens instantâneas gratuitas ganharam milhares de adeptos em segundos, milhares de downloads foram feitos, migrando para outras plataformas que permitam, nos mesmo moldes, a comunicação baseada no número de telefone, fazer grupos, enviar mensagens. Porém, NECESSÁRIO LEMBRAR que outras plataformas podem NÃO ter acordos com a sua operadora de não cobrar tráfego de dados em aplicativos de mensagem que não seja o referido que está bloqueado temporariamente. Toda atenção é necessária! Importante checar isso. Exemplo: A Claro não cobra tarifa de dados de seus clientes para usar Whatsapp e Facebook, sejam eles pós ou pré pagos. Não posso dizer das demais! Bom checar isso!
Por outro lado, é hora de resgatar, ou pelo menos matar saudade de outras ferramentas como : SMS, Skype, Viber, Telegram, Facebbok Messenger, ZapZap, entre tantos outros aplicativos de comunicação (vide matéria anterior).  
Há quem diga que isso é retaliação por parte das operadores de telefonia que tiveram queda de receita. Então que essas ajustem suas tarifas, afinal estamos vivendo uma crise daquelas.
O período de 72 horas passa rápido e vale a pena curtir contato de outras formas e de quebra curtir a boa criatividade de sempre em cima do assunto.
Até um próximo contato!
Nos vemos, nos lemos!


*imagem: Google free pic



sábado, 30 de abril de 2016

Apps....

A criação e consumo de aplicativos para uso em celulares, tablets e computadores é algo que não para de aumentar. Não sou técnico, nem especialista, nem programador, mas entendo e vejo uma oferta enorme disponível desses aplicativos. 
Criados por desenvolvedores e programadores são ferramentas que facilitam a vida do usuário por tornarem práticas algumas ações que demandariam maior gasto de tempo para essas funções. As grandes plataformas como Android, IOS e Microsoft são as pioneiras na distribuição gratuita ou paga desses aplicativos conhecidos como APP em suas plataformas que abrangem produtos com finalidade de rede social, jogos, chats, informativos, fotografia, música e coleções diversas entre muitas, assim com o antigo Symbiam que ainda roda em celulares Nokia e o Blackberry OS, esses dois últimos apenas conhecidos e desenvolvidos para utilização em seus sistemas próprios sem contar com lojas virtuais para compra e download como as primeiras citadas. No mercado existem comentários em que o Android é um sistema aberto e que aceita todo e qualquer programa aplicativo desenvolvido, por isso é a plataforma que mais oferece disponibilidade desses programas (mais de 1 milhão) para serem baixados por seus usuários. Isso gera uma grande parcela de pessoas insatisfeitas com os problemas obtidos de alguns desses aplicativos por trazerem transtorno em seus aparelhos, os bugs, que se apresentam na forma de travamento, desconexão involuntária do aparelho, falhas de utilização e em alguns casos, alto consumo de bateria e diminuição da vida útil de seus equipamentos após a instalação desses. No sentido contrário, a IOS, plataforma do Apple, é conhecida como a mais restrita por ter aplicativos criados por seus desenvolvedores próprios, um sistema mais fechado, onde uma série de requisitos são obrigatórios para criação, utilização e divulgação. No meio termo existe a Microsoft, que luta para se manter numa posição confortável nesse mercado e que disponibiliza para downloads os aplicativos que passam em seus testes de qualidade e execução, o que leva tempo e faz com a gigante de Redmond esteja sempre atrasada no lançamento de novos aplicativos e que ofereça um leque bem menor de possibilidades.
Há uma febre por esses downloads e muitos aplicativos de igual funcionalidade são criados e divulgados a cada instante, seja pela “guerra” de mercado entre as empresas financiadoras desses programas, seja para atualização de um produto já criado e suas possíveis correções e aprimoramento. Por outro lado, há um questionamento se há, de fato utilidade para essa enxurrada de oferta de aplicativos no mercado. Haja espaço físico na memória dos smartphones para guardar tantos aplicativos assim. São inúmeras as possibilidades de uso de aplicativos  que guardam datas, dados, receitas, fazem cálculos, editam textos e fotos, editam filmagens, calculam gastos calóricos, registram batimentos cardíacos, aplicativos de orientação astronômica, de tradução de idiomas, jogos compartilhados, indicadores financeiros, otimizadores de bateria, entre tantas funções que chegamos a pensar na utilidade real de algumas elas.
Li hoje a respeito de uma possível onda de reclamação de um aplicativo famoso de relacionamento, que preserva a identidade do usuário, que ao fazer o link com outra rede social famosa assume uma postura de dedo duro ao revelar quem está por trás de determinado perfil “secreto”. Nos perfis de redes sociais de grupos que divulgam determinadas plataformas, há uma horda de defensores e críticos, usuários avançados que reforçam, aprovam ou não o lançamento de determinados aplicativos pela plataforma que utilizam, fazendo comparações, dando sugestões, sugerindo mudanças nesse ou naquele item.
Ultimamente, o mundo tem se rebelado contra a utilização de um famoso aplicativo que concorre com os taxistas quanto à praticidade que oferece ao usuário na busca de táxis disponíveis no momento da procura, bem como cálculo da rota e possível valor da corrida.
Penso que para o usuário comum, aproveitando as facilidades que já vem de fábrica com os aplicativos nativos, não há necessidade dessa oferta maciça disponibilizada. Os trabalhos e estudos feitos para aprimoramentos dos que já existem são válidos, pois essas tecnologias têm vida curta e a cada três meses temos o anúncio de uma versão melhorada do modelo de gadget disponível no mercado. Isso move milhões e aquece o mercado. Isso que é válido. Um joguinho para distrair vai bem porém, a melhor maneira de conversar e interagir socialmente com as pessoas próximas ainda é o olho no olho e a boa conversa. A função telefone móvel a gente usa para ligar para interagir pessoal e profissionalmente com quem está mais distante, para simplificar.

Nos vemos, nos lemos, mas podemos nos comunicar pelo chat, por SMS e demais ferramentas criadas para tal!

*imagem: Google free pic aplicativos

terça-feira, 26 de abril de 2016

Conjunção

Muitas virão e passarão despercebidas aos olhos do Homem no seu corre corre diário.
Desde que descoberto, século atrás, pelo aficionados pelo céu noturno e por querer entender a sistemática celestial, os grandes homens que fizeram da observação a criação da astronomia, não sossegam enquanto não desvendarem os segredos do universo. Curioso e complicado imaginar, de dentro da nossa ótica de percepção, a trajetória de corpos celestes que funcionam de maneira diferente ao que estamos acostumados aqui embaixo no nosso mundo 3D. Fascinante pensar de que se chegou a estudos que permitem ver de maneira bem clara o resultado como nessa conjunção, pois os estudos permitiram calcular as trajetórias da Lua, de Marte, Saturno e da Constelação de Escorpião para que elas aparecessem, dentro da nossa ótica, de maneira próximas uns dos outros. De fato, esses corpos não estão tão próximos assim. Essa é forma como os vemos daqui da Terra, pois entre eles há distâncias enormes, significativas e também em relação a nós. Distâncias tão grandes que a luz da estrela Antares (o corpo celeste mais distante dos quatro apresentados na imagem) está a 600 anos luz da Terra, ou seja, a imagem que vemos agora, foi gerada há 600 anos.Muito curioso pensar dessa forma, uma vez que aqui na Terra a luz é imediata. Leigamente (não posso falar cientificamente) falando, é uma forma curiosa de poder observar o céu noturno, o desenho de algumas constelações, o brilho distinto das estrelas, o  riscar de um meteoro perdido, as fases da lua. Interessante imaginar que estamos diante de algo considerado infinito e ainda totalmente desconhecido para nós que habitamos a periferia de uma das bilhões de galáxias existentes. Enquanto houver espetáculos assim, assistiremos fascinados. 
Nos vemos, nos lemos!

* imagem: foto do autor: conjunção do dia 21/04/2016