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Eis a questão!
Antes de mais nada, ambas as
grafias estão corretas e seguem a origem das palavras, cada qual em épocas e
contextos diferentes. Elas se referem às regiões mais frias do planeta, onde,
numa delas, já se chegou aos extremos -89°C (oitenta e nove graus Celsius
negativos), continentes quase que totalmente inabitados (seco, frio e com
ventos incessantes), palco de extremos da natureza.
Voltando a falar da origem da
palavra, devemos voltar ao tempo em que as civilizações dominantes da Terra
eram os gregos, egípcios, sumérios, ceutas, vikings, entre tantas outras
orientais, povos conhecedores das navegações e da astronomia, quando o Novo
Mundo (continente Americano) não era conhecido. Onde se encontra o Pólo Norte e
o Círculo Polar Ártico já era conhecido como uma região inóspita, gelada e
terra do temível urso branco.
Urso, do grego "artikos"
, que deriva do latim "arcticus". Daí já se
sabia que lá era o habitat natural desse temível mamífero e também uma terra
onde era possível avistar a constelação da Ursa Maior o ano inteiro (lembrando
que em determinados meses do ano, no verão, o sol não se põe nessa região
polar). A constelação da Ursa Maior era a guia das muitas embarcações dessas
civilizações, pois indicavam o norte e visível o ano todo no céu noturno. Era
também um símbolo espiritual. É formada por sete estrelas principais, conhecida
desde o período Paleolítico que também seria como referência para conhecer
outras constelações.
No século XIX, dessa vez
com mais conhecimento de Astronomia, guiando-se por bússolas e pelo Cruzeiro do
Sul, constelação que servia de guia aos navegadores, expedições chegaram
ao extremo sul do planeta em outra região gelada e inóspita, avistada em 1821,
sendo mapeada e pisada por diferentes navegadores a partir daí. Porém, esse
novo continente gelado era habitado por pinguins, simpáticos nativos dessa
região.
O cartógrafo escocês John
George Bartholomew foi o responsável por nomear o continente nos anos 1880. O
nome vem da palavra "antártico", que significa
"anti-ártico", o lado oposto do ártico. Outros textos aceitam também
o anti-ártico, como local sem urso (arcticus) e sem a visualização da
constelação de Ursa Maior.
Convencionalmente, adotou-se a
forma Antártida, tanto em Portugal como no Brasil, mesmo que
contraditória quanto à origem etimológica do topônimo. Uma explicação
possível seria a analogia com a mítica Atlântida (ilha fictícia, império
naval que governava todas as terras ocidentais, mencionada por Platão na obra
Timeu e Crítias). No Brasil, era preferida a forma Antártida até
meados da década de 1970, quando a forma Antártica passou
a ganhar força após ser usada em obras acadêmicas sobre o continente.
O continente possui uma
população sazonal que varia entre 1000 pessoas, nos meses de inverno, e 4000
pessoas, no verão. Essa população é formada, em sua maioria, por pesquisadores
e equipes que atuam na exploração científica da região. A atividade
de pesquisa e a gestão do espaço do continente são feitas mediante o Sistema do
Tratado da Antártida, criado em 1959 e que conta, atualmente, com 56 países
signatários. O cumprimento dos acordos é de fundamental importância para a
manutenção do continente, atualmente ameaçado por problemas ambientais, como o
aquecimento global. Problemas esses que vêm sendo alardeados insistentemente
após o esverdeamento da planície Antárctica, como resultado do aquecimento
global e que não se sabe ainda quais transformações isso possa acarretar.
Antes de terminar, é preciso
dizer que o entendimento mais tradicional é considerar Antártida como
substantivo e Antártica como adjetivo embora, como já dito no início, as
duas formas estão corretas.
fontes: Wikipedia/Metrópolis/Brasil Escola/Mega Curioso/UOL/Ign Brasil
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