Esteticamente feio e socialmente uma vergonha.
A que ponto chegamos?! Reféns de nós mesmo! O ser humano chega a uma condição tão triste e pequena que nos vemos obrigados a cercear o que mais temos de saudável, a liberdade.
A liberdade de ir e vir, o respeito pelo próximo e pelo que é do próximo.
Não lamento apenas pelos bens materiais e também pela condição humana em que o próprio Homem se enfiou, em ser rival de si próprio, de ser inimigo da própria espécie.
Por outro lado, lamento as condições em que muitos humanos vivem e a condição de miséria a que são submetidos. O sufoco e o engasgo dessa condição sub humana é que deflagram uma reação, uma busca de uma pseudo igualdade pela aquisição de bens materiais, como se isso fosse amenizar uma condição mais global.
Friamente, somos todos culpados, por um lado por permitir que tal situação se instale, como se disso realmente dependesse a manutenção de uma tal “sistema” e por outro lado, pela permissão de ser colocado ali, como se fosse um objeto sem valor jogado n fundo de um depósito.
Muitos lutam pela mudança desse cenário, outros não lutam por melhoria ou investimentos em si mesmos, como forma de aprimorar a própria vida, e não digo apenas financeiramente, mas como uma condição de engrandecimento pessoal.
Há culpados dos dois lados da moeda. Temos esse "sistema financeiro" falido desde a concepção.
E como o mundo dá voltas, chega a vez disso acontecer debaixo de nossos narizes e daí, literalmente, batemos a cara na grade.
Como acontece na África do Sul (considerando que já acontece em algumas cidades brasileiras), teremos lojas com grades também em suas portas, que serão acionadas quando "se vai com a cara" do cliente. Uma forma nada velada de preconceito.
Mas, e aí? Continuaremos vítimas de um sistema falido? Continuaremos a mercê daquilo que é tido como conduta errada? Teremos que aceitar passivamente essa condição de prisioneiros da nossa liberdade? Teremos que pedir licença pra nadas nas ruas?
Não vou abrir debate a favor ou contra isso ou aquilo, até mesmo porque não se pode tomar decisões sobre a vida dos outros de maneira leviana.
Mas algo precisa ser feito. Não gosto da aridez que a grade dá às ruas, não gosto da imposição do medo e da exposição da fragilidade. Não gosta dessa queda de braço favorável a um só lado. O lado do trabalho, da honestidade, do retidão, do direito de ir e vir, do direito à gozar da liberdade, esse é o lado certo, sem dúvida.
Que as grades voltem a ser apenas um elemento decorativo!
Nos vemos, nos lemos!
*imagem: Google
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