Algumas situações preocupam
quanto ao direcionamento que estamos dando à nossa vida social. Já não bastasse
o exercício diário de viver em sociedade, conviver com todas as diferenças, com
as doses diárias de respeito, tolerância, compreensão, discernimento para que
essa estrutura se mantenha equilibrada, ainda temos que reequilibrar quando de
eventos que nos abalam. Estamos num momento de turbilhão de pensamentos, de descontentamento
social, político e econômico, diante de uma severa prática de desrespeitos aos
direitos humanos, seja na convivência com nosso semelhante do outro lado da
rua, seja com fundamentos vazios de política ou religião, além da manifestação
da doença a que submetemos a natureza que nos cerca.
Estamos praticando as mais cruéis
formas de descaso para com o ser humano, estamos matando de fome, de sede, por
falta de acesso à saúde, por desinformação, por grupos isolados de pensamentos
e de busca do bem-estar comum, por sectarismo forçado, por intolerância, por desrespeito
e, principalmente, por ignorância ( a falta de conhecimento de algo) e também a
falta de interesse em conhecer o novo, desvendar o desconhecido, sair da zona
de conforto.
Ainda vivemos um retrocesso de
saúde pública, em nível mundial: Muitas doenças antes erradicas pelo
conhecimento humano estão voltando e, parecem, encontraram uma sociedade
despreparada, mesmo em época de alta tecnologia. Bactérias e vírus super-resistentes
aos medicamentos, surtos de doenças endêmicas ocorrendo em outros lugares, de
maneira inédita, o alastramento de epidemias em velocidades nunca antes vistas,
doenças criadas em laboratório, doenças sociais.
Parece que vivemos diante de um
grande cenário em que o entulho está todo malocado atrás dos tapumes bem
pintados de um falso mundo que pregamos para nós. Parece que os mais
necessitados (pelo menos aqueles que estão vivendo uma situação diferente de
nós) estão distantes, do outro lado do mundo. Parece as mazelas acontecem
apenas dentro dos aparelhos de televisão ou em notícias que circulam pelas
redes, onde também há muito descrédito e informação errônea. Há ainda os que se
aproveitam em criar falsos alarmes e provocar toda uma situação de alarme.
Vivemos ressabiados com pessoas, com ruídos, movimentações.
Vivemos um descrédito geral, uma desunião até mesmo como ser social, onde a bandeira do individualismo está cada vez mais sendo hasteada, onde a mais natural das manifestações do homem ocorre de maneira velada, sob máscaras, pseudônimos. Algum tempo atrás li uma matéria conspirativa que dizia que o nosso anticristo seria uma nova forma de pensamento. Parece que sim, mas como um pensamento disforme. Pensamentos rasos, sem estofo, sem embasamento. Ficamos reféns de nós mesmo, moribundos crônicos de síndromes que criamos.
Vivemos um descrédito geral, uma desunião até mesmo como ser social, onde a bandeira do individualismo está cada vez mais sendo hasteada, onde a mais natural das manifestações do homem ocorre de maneira velada, sob máscaras, pseudônimos. Algum tempo atrás li uma matéria conspirativa que dizia que o nosso anticristo seria uma nova forma de pensamento. Parece que sim, mas como um pensamento disforme. Pensamentos rasos, sem estofo, sem embasamento. Ficamos reféns de nós mesmo, moribundos crônicos de síndromes que criamos.
O antídoto é o mesmo pensamento,
é a desaceleração de alguns processos e a retomada de outros que tragam o equilíbrio
cognitivo. É por essa volta que rezo, que peço, que uma luza surja no
pensamento humano e nos guie por atalhos mais confortáveis em busca do bem
comum. Precisamos sair desse espetáculo de péssimo gosto e recriar um roteiro
de nossa história. Tenho fé que vamos conseguir. Me ajuda?
*imagem - depois da tempestade vem a bonança -free pic google
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