segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sugerir não ofende !

Li hoje no jornal que alguns funcionários federais abrirão mão de suas férias prá resolver tal problema. Coeso, pensei. Encerrar o ano se deixar pendências. Daí pensei outra coisa: Os nobres deputados (federais e estaduais) e os digníssimos vereadores. Por que tanto recesso? Eu penso de uma maneira maís prática que, talvez, pudesse minimizar a síndrome de imunidade dos nobres deputados e vereadores. Segue minha linha de raciocínio:
- Deputados e vereadores não são convocados, muito pelo contrário, concorrem acirradamente por uma vaga. Tudo bem que o governo dê casa prá eles (os federais), afinal o local de trabalho é longe de suas residências. E chega! Prá que gasta com auxílio moradia, auxílio isso, auxílio aquilo. As despesas de viagem deveriam ser custeadas pelos próprios, afinal a escolha pela vida pública partiu deles e já ganham um excelente salário para tal. E nem sequer são cobrados mensal , bi ou trimestralmente de apresentar lição de casa feita;
- Se são funcionários pagos pelo dinheiro arrecadado da população, por que então o privilégio de recessos? Deveriam sim cumprir jornada, de segunda a sexta, em horário de trabalho para por a vida em dia. É claro que algumas situações cobram deles uma jornada mais longa de trabalho, mas isso acontece em todos os setores. Teriam direito a um mês de férias após decorridos 12 meses, como todo trabalhador;
- Deveria acabar a imunidade. Deputado ou vereador que se envolver em crime (seja ele qual for) deveria ser imediatamente exonerado do cargo, sem direito à regalias - isso exige um sistema penal mais severo e justo - coisas que eles também ajudam a votar.
- Envolvido em escândalo financeiro? Paga do próprio bolso, mesmo que perca bens e mesmo que seja assegurado a ele e família o mínimo prá se viver - lembre-se que mais da metade da população mora de aluguel e não tem acesso a saneamento básico. Ou seja, uma casa alugada de 3 quartos num bairro bom de uma cidade qualquer não diminui ninguém. Se o desvio é maior que o patrimônio, deve-se calcular o tempo que a "vítima" levaria para levantar aquela soma de patrimônio mais o dano causado pela ação e multiplicdo por um coeficiente de crime para ser calculado o tamanho da pena. Pena essa que seria cumprida em regime de trabalho diário incluindo cuidar da própria alimentação e limpeza do local onde está preso. Outra vez uma reforma no sistema.
As pessoas já estão cansadas de ver nas tevês cenas de dinheiro sendo ROUBADO na maior cara de pau e NADA acontecer com os criminosos. De que adianta ser afastado do cargo se ainda usufrui de um regalia aqui e outra ali, um benefício acolá e outro cá. Lembro de uma reportagem há alguns anos de uma mulher que foi presa por roubar um pacote de biscoito para dar pro filho faminto. Depois disso a soma de valores extraviados por alguns nobre deputados e vereadores, mostrados ao longo dos anos nos mais diversos tipos de crime dessa natureza, seria capaz de construir uma enorme fábrica de biscoitos, os mesmos roubados pela pobre, literlamente, mulher e mão. Não que justifique um crime pelo outro, mas e a intenção da ação? Acho muito mais nobre dar um biscoito roubado prá uma criança faminta a ter que assisitir somas de dinheiro sendo guardadas em meias e cuecas. Aliás até me me mudar prá Brasília e montar uma confecção de cuecas com bolsos. Acho que venderia horrores na cidade, com certeza. Já pensou? Ternos com 12 bolsos, meias reforçadas com porta-cédulas. E o governo nem imagina em criar o vale biscoito, mas tem o vale lan house.
Dispersei, mas falei.