quinta-feira, 16 de julho de 2015

De cara com o desconhecido!


A novidade da semana são as inéditas e incríveis fotos de Plutão, ex-último planeta do Sistema Solar, que tem deixado os cientistas em polvorosa e com enorme e nova possibilidade de estudos sobre a formação desse longínquo e frio planeta. 
Se de um lado os cientistas se deparam com uma universidade de novas pesquisas e estudos a serem feitos, por outro lado revelam-se perplexos com as novidades que as novas observações sugerem. 
Nunca o planeta anão foi visto tão de perto, graças à engenhosidade da New Horizons que navegou cerca de 5 bilhões de quilômetros para chegar perto do último e nono* planeta do nosso sistema (*condição até 2006) e começar suas revelações baseadas nas fotos que levam mais de 4 horas para chegar à Terra devido à distância, isso porque os dados viajam na velocidade da luz, uma forma de medida que os astrônomos criaram para facilitar os cálculos de tempo e distância astronômicas.
Plutão, devido sua massa, órbita, rotação, translação e outros dados de sua trajetória já foi considerado planeta, planeta anão, planeta binário, até que a UAI (União Astronômica Internacional) defina qual sua classificação. Temos que aguardar, uai!
Plutão foi batizado por uma menina inglesa, amante de mitologia e astronomia, que sugeriu entre mais de 1000 nomes que apareceram na época, em homenagem ao deus romano do submundo, por ser esse um planeta que habita uma região escura e gelada do Sistema Solar. Isso foi em 1930 para nomear o pequeno errante descoberto por volta de 1840 de forma bem simplista (comparando fotos do mesmo quadrante do céu noturno com defasagem de alguns dias para checar se houve alguma “movimentação” diferente de algum ponto luminoso – não é tão simples assim).
É um planeta relativamente novo, tanto na descoberta – uma de suas luas, Estige, foi descoberta em 2012 – quanto ao que foi observado nas primeiras fotos enviadas. A falta de crateras, que sugerem ausência de marca de impactos de meteoritos em sua superfície. Isso pode evidenciar um planeta novo, em se comparando os mais de 4 bilhões de anos do nosso sistema, ainda que o ele orbite em uma região onde é comum esses impactos acontecerem, um cinturão de objetos. As fotos também mostram cadeias de montanhas novas com alturas entre 3000 e 4000 metros de altura que indicam uma superfície de pelo menos 100 milhões de anos, o que astronomicamente não é nada. Existe a possibilidade de água no subsolo do planeta, alguns mares protegidos pela crosta. Se há água, pode haver formas de vidas. Nada de homenzinhos verdes e sim bactérias, seres celulares e alguma novidade!
Plutão tem muitas peculiaridades, desde sua órbita irregular, que cruza com a de Netuno, que leva aproximadamente 248 anos para dar uma volta em torno do sol, a possibilidade de ser um planeta binário (em parceria com uma de suas luas, Caronte, a maior delas). Sua rotação, uma volta em torno do próprio eixo, leva 6,39 dias, um eixo extremamente inclinado faz com que sua longa jornada mostre a mesma face por longas exposições ao sol e à escuridão. Uma fina atmosfera formada por nitrogênio e metano, seu tamanho, menor que a nossa Lua, frio, muito frio, onde nosso Sol aparece apenas como uma estrela amarela brilhante no céu.
Historicamente é um marco, sem dúvidas!
Plutão é um quase desconhecido e pode oferecer diversas possibilidades e descobertas que podem ajudar o Homem a entender melhor o nosso próprio planeta, ainda que muitos torçam o nariz para os gastos bilionários com essas pesquisas, uma vez que aqui em casa, a Terra, esse valor poderia melhorar a condição de vida de muitos humanos, as relações entre povos e nações, proporcionar uma manutenção mais séria com a saúde do nosso planeta. Penso que pode se fazer os dois concomitantemente.
De fato, o Homem precisa proporcionar uma melhor forma de vida para si próprio. 
Aqui!!!! Sem projetar esse ideal para outro planeta. 
Viva a Ciência, viva nossa melhor maneira de vida! 
Por trás disso tudo, o início, a Criação! De um tempo e forma que não conhecemos e ainda somos muito insignificantes para querer alcançar tal compreensão!
Que venham os planetas, as estrelas, supernovas, nebulosas, cometas, galáxias, os estudos e as descobertas, inclusive a descoberta de um novo Ser Humano!

*imagem - divulgação NASA