quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Extra, nem tão extra!!!

Amigos, já perceberam a quantas andam os telejornais? Notícia boa é raridade. Exceto pelas crônicas, dicas de viagem, uma ou outra matéria de superação e exibição de empreendimentos de sucesso, o restante é só notícia nada agradável. Mesmo com uma apresentação mais descontraída de âncoras e repórteres e outras tecnologias que os aproximam de nós telespectadores, o menu não está nada agradável. Fala-se de corrupção, de desvio de dinheiro público, de problemas ambientais de graves consequências, falta de água ou excesso de chuva, de invasões, guerras civis e religiosas, de agressões e crimes cada vez mais flagrados em imagens de câmeras escondidas ou circuitos de monitoramento, de crimes passionais, premeditados, assaltos, acidentes,  e muitas interferências negativas provocadas pelo ser humano, seja pelo abuso de álcool, drogas, por impaciência, por descriminação, intolerância, por falta de espirito esportivo, por descrença, por falta de respeito generalizada. Manifestações globalizadas de insatisfação com governos de muitos países, descasos de serviços públicos e desrespeito a qualquer cidadão. E hoje já não importa a idade ou condição social desse cidadão.
Concordo que informações como essas servem para mostrar o lado errado dessas ações para que se possa fazer valer a indignação ou insatisfação, de conquistar os nossos direitos, desde que feitas de maneira ordeira, dentro da legalidade e sem ferir o direito de outrem. Mas, não é o que acontece. Cada direito adquirido tem um dever correspondente e não existe uma ação sem a outra.
Os jornais aproveitam essas más notícias e esmiúçam os mais simples detalhes onde tomam postura de juízes e técnicos como se soubessem os motivos do ocorrido e qual a punição a ser aplicada. Um simples atropelamento vira uma odisseia televisa. Equipes de TV que muitas vezes atrapalham a ação daqueles que realmente estão realizando o real trabalho na solução do problema mostrado. Não concordo com esse jornalismo invasivo! Claro que não concordo com o controle da mídia. Ele tem que ser livre e isenta de opinião tendenciosa (o que também está difícil de encontrar). Ela pode e deve estar presente e divulgar o que acontece, mas dentro de seus limites. O limite é ir até onde não interfira no trabalho de outro e que se ouça sempre os lados da história para manter a neutralidade. Tudo bem que não é fácil, mas já é problema de jornalistas e editores que estão ali para cumprir esse papel e também serem monitorados para que isso aconteça.
Por outro lado, a exacerbação da mídia muito ajuda quando se vê por parte daqueles segmentos que têm como premissa de trabalho manter a lei, a ordem, a segurança, a prestação de bons serviços, ações de abusos, seja em que esfera for: polícia, saúde, educação, política, serviços em geral. Ela serve de nossos olhos, ouvido e boca em muitas ocasiões, por isso, não sou a favor do cerceamento.
Há uma carência de boa notícia ou de um trabalho em massa que faça com que as boas notícias sejam parte do cotidiano. O bicho Homem tem uma atração curiosa pelo que é errado, pelo que é torto, que foge à normalidade, pelo nefasto. O que é bom parece não passar de obrigação. Muito curioso isso tudo. Mas é o que precisamos, de incentivo para que coisas boas aconteçam. Boas ações gerando boas ações. Quem sabe um dia?
Nos vemos! Nos lemos!



*imagem: free pic ícone tédio