quarta-feira, 20 de maio de 2015

Boa comida!



Quando se fala em alimento integral, imediatamente, vem a cabeça de muita gente a comida sem gosto ou comida de dieta. E não é bem assim. A integralidade dos alimentos está no aproveitamento total do item a ser consumido e na utilização de produtos o mais próximo do natural possível. Por isso, o arroz integral é o primeiro item lembrado quando se fala de comida integral. Esse arroz é considerado integral porque não é processado, polido, lavado como o arroz comum que conhecemos. Esse processo de refino tira do produto boa parte de sua qualidade proteica, do amido e de outras substâncias saudáveis. O mesmo acontece com o açúcar, o sal e grãos em geral. A vida moderna e prática exige que os alimentos sejam rápidos em seu preparo e esse refinamento apronta esses produtos para esse fim. Isso gera a ingestão de comida e bebida com baixo teor de vitaminas e proteínas, além da falta de muitas substâncias essenciais ao pleno desenvolvimento humano e é sabido que esses alimentos recebem altas doses de pesticidas em seu cultivo, e depois conservantes e outras substâncias que prolongam sua vida útil quando industrializados e, claro, nada contribuem para uma organismo saudável. Ainda mais se compararmos a quantidade ingerida e a associação entre um e outro. Isso sem contar o descarte e o desperdício.

O desperdício já começa na escolha de produtos aparentemente perfeitos, sem manchas, pequenos machucados, coloração levemente diferente e na não utilização de algumas cascas, talos, folhas e sementes de hortaliças e frutas quando do preparo, ou seja, alimentos não consumidos em sua integralidade. As frutas, cada vez menos consumidas in natura e substituídas por refrigerantes, bebidas industrializadas repletas de açúcar e sal muito além das cotas consideradas saudáveis (será?) para consumo humano e suas consequências: Obesidade e outras doenças sérias relacionadas à ingestão desses produtos.
Antigos falam que a triste experiência da guerra os obrigou a aproveitar o que tinham em mãos para produzir alimentos e isso está fortemente enraizado em muitas culturas de muitos países que passaram por esse trauma e em outros onde as condições naturais não permitem o cultivo e plantio desses gêneros. Esses povos desenvolveram táticas de sobrevivência em que o desperdício nem faz parte do vocabulário. As nações mais jovens, ao contrário, com terreno mais fértil não tem esse hábito e são os que mais desperdiçam, incluindo nosso país, que tem muito programa social para suprir famílias carentes de itens básicos.  
Por outro lado, a vida na cidade, a correria, não permitem adotar alguns procedimentos saudáveis em relação à alimentação. Nem todo mundo tem disponibilidade, prática , vontade, espaço para cultivar pequenas hortaliças e ou temperos em casa, de dispor um sistema de descarte correto de resíduos, tempo de preparo ou mesmo conhecimento básico de manuseio e manipulação de alimentos.

Muito se fala e se divulga de adoção de pequenas medidas para tentar transformar a alimentação em algo mais saudável e prazeroso como, por exemplo: aproveitar talos e folhas de legumes e frutas para caldos, sucos, sopas, no uso de cozimento de outros alimentos, refogados e o que mais a culinária permitir. Substituir alimentos processados pelos mesmos, porém de maneira mais natural, utilizar mais frutas como forma de sobremesa, sucos e vitaminas verdadeiramente naturais e até mesmo remédios caseiros.

É uma excelente filosofia a ser seguida e um bom hábito a ser mudado em prol do bem estar próprio e de toda a família. Possibilidades existem muitas e vários programas de TV ensinam basicamente o uso de alimentos para esse fim, ajudando aqueles que sofrem com intolerância e ou alergia a determinados alimentos. A mudança não precisa ser radical e pode ser feita adotando aos poucos uma ou outra opção de melhor alimentação. Substituir frituras por assados, refrigerantes por sucos ou chás gelados, trocar o doce industrializado por fruta, alternar o consumo de carnes vermelhas com carnes brancas,  peixes, ovos, substituir a farinha  de trigo em receitas que permitam sua troca com a finalidade de uma saúde melhor, experimentar mais saladas e outros refogados de legumes e verduras. Enfim, penso que toda essa experiência e, quem sabem adoção desse conceito, valha a pena, pois saúde é o que interessa!
Nos vemos, nos lemos!

* imagem: foto nutrição do site www.nadafragil.com.br / Google Imagens