quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vilania!

Vilões ou viloas, vai saber!?! 
Estamos cercados deles por todos os lados. De todas as espécies, formas, cores, sempre prontos a dar o bote e nos pegar de calças curtos, às vezes completamente pelados.
São criaturas que podem agir sozinhas ou em milhões, que podem se reproduzir, se multiplicar de forma geométrica e provocar muito estrago. Geralmente associamos de vilania às coisas ruins, mas penso que aconteçam em maior proporção, daí ficou o estigma.
Generalizando falo de alguns tipos de vilões como: bactérias, germes, vírus, animais, seres humanos, vícios, atitudes que causam algo. As bactérias e vírus com suas infecções, desestabilizando todo uma estrutura corpórea, tirando de combate um ser são, fazendo com que outros agentes do organismo se voltem numa batalha para eliminá-los. Isso leva tempo e gera reações nõ muito agradáveis. Em tempos atualíssimos estamos diante de quadros epidêmicos de dengue, causada pelo aedes aegypti e de uma superbactéria que está por aí rondando e fazendo estragos, ceifando vidas, com uma resistência gigante aos medicamentos. Há correntes que levam a crer que essas bactérias sofreram mutação ou ficaram resistentes devido ao ato de automedicação das pessoas, tornando-as resistentes. No caso do mosquito anteriormente citado, o ritmo acelerado de proliferação e as condições que encontram para seu desenvolvimento com ajuda da não colaboração de pessoas é que tem aumentado o quadro de infestações.
A saúde pública é ferozmente atacada por vilões, sejam mosquitos da dengue, malária e outras enfermidades transmitidas por esses alados pequenos e famintos de sangue, urina de ratos nas enchentes, ataque de animais peçonhentos recorrentes como escorpiões e aranhas, cobras, infestação de pombos que levam à doença como a criptococose e outras severas, locais públicos não muito bem higienizados, aglomerações, comida mal feita, animais domésticos que podem transmitir raiva e toxoplasmose (cães e gatos), uma das grandes vilãs, as formigas, que são grandes responsáveis por muitas infecções, além de outros insetos mais comuns nas cidades. Aí entra o vilão humano que, de um lado não colabora com a limpeza pública e a higiene pessoal e de outro o humano que cria ações públicas que não leva saneamento a toda população, um quadro que associado à miséria e o descaso  é um motor frenético de aumento progressivo dessas mazelas, criando uma corrente ininterrupta de ação e reação. Tais atitudes podem ser encaradas com vício, um péssimo hábito que se adquire quando se vive em sociedades em que as formas de adaptação à condição de vida são estabelecidas ou impostas, por “N”  fatores, um deles, outro vício, o descaso com o bom uso de dinheiro público, desviado aos milhões, de maneira acintosa, por vilões  a quem podemos chamar para sermos mais elegantes.
Atribuímos  vilania a outras ações e comportamentos humanos mais brandos. Dizemos o vilão da obesidade é a oferta de guloseimas, que o vilão do sedentarismo é a facilidade da vida moderna, entre muitos outros. Ainda há aqueles que fazem parte de outro mundo, de outra esfera. Falando em outro mundo; os ataques possíveis de serem sofridos pela Terra por vilões extraterrestres que querem dominar o planeta e manter a vida do planeta invasor às custas dos recursos naturais que são nossos. Super-heróis existem aos quilos e lutam cada qual com seu vilão crônico. Não existe Batman sem Pinguim, Super-Homem sem criptonita, Thor sem Lock, Homem Aranha sem Duende Verde ou Octopus.
O ódio vilão do amor, a raiva vilã da calma, a ansiedade vilã da serenidade, a tristeza vilã da alegria, a insônia vilã do sono, etc, etc, etc....
E assim vai e até criamos vilões para que sejamos altruístas em buscar a cura desse possível mal.


Nos vemos, nos lemos!


* imagem: Googel gettyimages - anjinho e diabinho do facebook