segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Terra, Planeta Água!



Há anos ouço falar nos programas e documentários da Tv sobre a importância de manutenção da Amazônia, dos mares, rios e lagos. Há anos ouço as mesmas desculpas postergando o problema pra depois. Há anos ouço notícias que foram devastadas áreas do tamanho de X campos de futebol. Há anos ouço falar do efeito El Niño e La Niña. Há anos ouço falar do crescimento desordenado das regiões metropolitanas do país. Há anos ouço um monte coisa a esse respeito e nunca ouvi falar em programas de proteção de mananciais, uso correto de solo, uso consciente de água, etc etc, muito falado hoje me dia, exaustivamente.
O que temos hoje? Uma crise sem precedentes na História, deixando o motor do país à beira de um colapso (em se falando do estado de SP), sem o bem mais precioso para a manutenção da vida na Terra: a água. Água essa usada para manter a nossa estrutura física corporal em pleno funcionamento, para produção de alimentos, para manutenção da limpeza, para manutenção produtiva de indústrias e lavouras, basicamente falando.
Ao mesmo tempo que São Paulo resseca com represas e sistemas quase a zero, por outro lado afoga-se quando das chuvas torrenciais do verão, com perdas de muitas vidas e bem materiais, sem que essa mesma água possa ser revertida ou redirecionada para sustentar as represas. Um bem maior que escoa ralo abaixo diante dos nossos olhos.
Quantos ambientalistas não lutaram com unhas e dentes contra a construção desta ou daquela represa? Quanto de impacto ambiental foi, de fato, realmente e verdadeiramente avaliado e levado em consideração? Quanto de “política” não foi feito em cima desses assuntos. Por outro lado, nunca soube de manifestações em prol da saúde de represas, hoje com elevados níveis de contaminação, impossível de consumo humano.
Não é hora de culpar esse ou aquele governo, de dizer quem estava ou não certo em suas posições, apesar de que nesse ou nos governos passados não se ouvia falar em qualquer programa de abastecimento, face o crescimento populacional. Governos que enterraram rios importantes ou os transformaram em esgotos a céu aberto.  Cidades que impermeabilizaram ruas.  É hora de tomar atitude e uma série de procedimentos antes que o pior se concretize. O que seria pior? Um efeito cascata devastador para a saúde e para a economia.
A floresta precisa ser replantada e, dessa forma, os “rios aéreos” terem a chance de voltar a fornecer a umidade suficiente para produzir chuva em nossa e em outras regiões. As matas ciliares precisam ser preservadas para que as nascentes sobrevivam. As queimadas precisam ser evitadas para que o ar seja preservado. A poluição em si precisa ser controlada, pois a maior riqueza não está apenas na floresta. Está onde estão presentes os principais elementos. Está no ar, na água e na terra. É preciso reequilibrar o sistema natural da Terra para que volte ao que era antes, ou pelo menos a um estágio saudável. É sabido que não voltaremos mais ao que éramos no final do século XVIII ou XIX. Até mesmo porque o planeta, enquanto ser vivo, também sofre suas naturais transformações e mudou muito de lá prá cá, sofrendo inclusive o impacto do aumento da população global. Porém é preciso!
Tem que se lembrar também, que o Sol passa por um processo natural de sua evolução como ser sideral e que milhares de erupções solares têm acontecido provocando alterações significativas sobre todos os planetas, incluindo a pequenina Terra que sofre interferência direta dessas explosões. O próprio Sistema Solar também passar por movimentações, com alinhamento de planetas, com influências orbitais, gravitacionais, campo magnéticos, entre outros. Tudo isso somado à poluição provocada pelo próprio Homem, aqui embaixo. Somos um sistema, cadeias de elos.

Não vou aqui ditar receitas miraculosas, até mesmo porque não as tenho; quem dera! Mas não se pode fazer vista grossa uma vez que o calor está demais e o filtro vazio. Temos que lembrar que todo o lixo produzido pelo bicho Homem está aqui, dividindo espaço no planeta conosco e esse lixo tem uma parcela considerável na atual situação, sendo que apenas uma parcela muito insignificante desse todo foi reciclada, reaproveitada ou com um correto descarte. A hora é agora! Algo precisa ser feito! Deus ajuda, mas o Homem tem que fazer sua parte!


* foto: Represa de Paraibuna - fonte www.g1.com / Tv Vanguarda