sexta-feira, 8 de maio de 2015

Estrela cadente!


Essa semana fomos tomados pela notícia de um evento inesperado e, que mais uma vez, mexe com o medo do desconhecido.
O fracasso da missão russa de envio de uma nave com mantimentos e equipamentos para tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS), direcionou a nave Progress numa rota de colisão com a Terra. 
Desde a conquista do espaço, a criação de satélites militares e civis para serviços das telecomunicações e outras atividades, tem povoado a nossa estratosfera e gerado muito lixo espacial, propícios e serem atraídos pela gravidade do planeta e caírem do céu. 
São satélites desativados, danificados, pequenos fragmentos e até objetos perdidos pelos astronautas quando de missões das agências espaciais de diversos países, incluindo o Brasil.  
Não é a primeira vez, quem não se lembra do SkyLab ou das explosões da Columbia e da Challenger?
É sabido que toda matéria sólida que é atraída pela gravidade cai, sofre o atrito das camadas da atmosfera, fazendo com que se queimem até a desintegração total. Porém, nem sempre é assim, alguns objetos de maior tamanho e massa podem sofrem muitos danos nessa reentrada na atmosfera e ainda assim chegam ao solo, causando algum dano sério devido à velocidade.
Os planetas são bombardeados diariamente com fragmentos de rochas que voam pelo espaço. São destroços de cometas e material rochoso de asteroides, formando meteoros e meteoritos.
O sistema solar possui em sua órbita um cinturão de asteroides (região de Júpiter) recheado de rochas de diversos tamanhos que podem ser atropeladas por cometas e esse jogo de bilhar pode direcionar uma dessas rochas ou o fragmento dessa colisão em direção à Terra. O asteroide nessa fase vira meteoroide que quando entra na atmosfera é aquecido pelo atrito riscando o céu, daí recebe o nome de meteoro. O que restar desse meteoro e atingir o chão é que se chama meteorito.
Temos diversos relatos na história do resultado desses acidentes como: O meteorito que causou a extinção dos dinossauros e foi um marco na escala de evolução de seres vivos (animais e plantas) na superfície do planeta, o meteorito que provocou o surgimento da enorme cratera de Barringer no estado do Arizona nos EUA, a cratera de Deep Bay no Canadá, Oásis na Líbia, Serra da Cangalha no Brasil e outras no Chile, Rússia, Austrália, Romênia, Finlândia, etc. Os mais recentes foram registrado pelo Homem, como o meteoro (não atingiu o chão) de Cheliabinsk, mas sua força de explosão e ondas de choque causaram danos sobre a cidade russa em 2013 e outros relatos menores de eventos em outros países. Esses corpos celestes quando em atrito com a atmosfera produzem explosões equivalentes ou superiores às bombas atômicas (parâmetro que se usa para o calcular a potência de explosão e destruição).
Quanto aos objetos que orbitam a Terra, um cemitério de lixo espacial, a escala de destruição é proporcional ao tamanho se comparada aos meteoros, mas com poder de causar danos. Era esperado que a Progress não se desintegrasse totalmente quando caísse e sua rota de colisão era monitorada, pois o foguete estava desgovernado girando em torno do próprio eixo, podendo fugir de uma rota pré estabelecida. Por sorte, 1/3 do planeta e coberto por oceanos e ainda temos grandes áreas desabitadas como os pólos, os desertos, as florestas e cordilheiras. Mas também temos metrópoles, áreas densamente povoadas, milhões de pessoas na linha de colisão. A Progress desintegrou-se completamente sobre o Oceano Pacífico e chegou a ser visível da Terra, gerando muita expectativa, curiosidade e até alguma preocupação, exceto  por parte da Roskosmos (agência espacial russa), além de prejuízo de quase 500 milhões de euros. 
Apesar disso, os projetos de exploração espacial continuam na pauta de muitos países.

Cientistas afirmam que não estamos livres de um evento desses, seja o encontro com um artefato produzido pelo Homem ou seja o encontro com corpos celestes que vagam pelo espaço e que cruzam com nossa órbita. 
O que tiver de ser, será! "Vida longa e próspera", diria Spok! 
Enquanto isso, ficamos extasiados diante do que chamamos de estrelas cadentes ou das chuvas de meteoros que fazem um show à parte nos céus vez em quando e que são visíveis a olho nu. Precisamos olhar mais e contemplar o firmamento!
Nos vemos, nos lemos !


*imagem: Googel imagens - Uol notícias - imagem da nave Progress