sexta-feira, 22 de maio de 2015

Farinha do mesmo saco !



Quando se tem menos visão do mundo, criamos ideias sobre pessoas e situações que fogem ao nosso cotidiano. Isso não quer dizer que eu tenha a melhor visão, mas ela está melhor que 20 anos atrás e vai ficar melhor ainda nos próximos 20, oxalá! 
Sem qualquer sentimento de inferioridade, pensamos que aquela pessoa é diferente, que vive de maneira distinta da nossa e que não faz o que fazemos. Que nada! 
Partindo do princípio básico que somos seres humanos, fomos gerados, gestados, nascemos, aprendemos a andar sozinho, falar, expressar sentimentos, desenvolver e, para isso, usamos de todas as possibilidades físicas e psíquicas para tal, dentro de uma regra generalizada para não alongar o assunto. Aprendemos a lidar com algumas dificuldades, precisamos basicamente de alimentos, de água, dormir, e processar toda fisiologia necessária num ciclo ininterrupto. A carcaça e a funcionalidade são as mesmas, adaptadas ao meio em que se vive e com traços genéticos que nos identificam como pertencentes a uma linhagem, uma ascendência, fatores que nos conectam a um grupo, uma sucessão de elos intermináveis e que se permitem mesclar com outros grupos oriundos de outras linhagens, ascendência, etc. Portanto, somos todos iguais, somos todos carbono.
E a inteligência humana é tão fantástica que permite que os povos se conectem sem grandes problemas, quando alguma dificuldade pode ser algo estimulante. Tentar contato com um ser humano do outro lado do mundo, usando um terceiro idioma para conversar, entender culturas e tradições, respeitar a visão do outro, buscar conhecer um novíssimo ponto de vista é enriquecedor, transformador e possível.
Por isso que, certas pessoas, destacam-se dos grupos em que vivem, seja pela defesa de um ideal comum, pela posição e postura profissional que ocupa, pela representatividade de um grupo ou nação, por fazer algo distinto dos demais, por fazer algo comum a um grande grupo, por ações e atitudes particulares de notoriedade, pelos exemplos e por uma infinidade de ações boas ou ruins que as destacam. Sim, a maldade é inerente ao ser humano.
Mesmo que a aparência, o nível social, financeiro, o conhecimento, o idioma, a religiosidade, a sexualidade, filosofias de vida entre outros aspectos nos separem, somos semelhantes, somos seres vivos, que nascem, vivem e morrem. Os demais adjetivos, chamemos assim, podem ser mudados, adquiridos, exercitados, extintos ou conjugados, permitindo a mudança. 
Nos anos 80 havia uma canção inglesa estilo new wave que dizia: “...eu sou somente humano, de carne e sangue. Humano, nascido para cometer erros....” e a música falava dessa desigualdade, de uma não cobrança, até mesmo porque os pequenos grupos surgidos na época em todo o mundo sofriam algum preconceito, com suas roupas extravagantes, cortes de cabelo, maquiagem, piercings, condutas diferente dos padrões impostos na época e mostravam que tinham capacidade de falar de igual pra igual, de se fazerem presentes, com conteúdo e uma visão crítica dessa forma errada de ver as pessoas na sociedade, assim  como muitas outras bandas nacionais e estrangeiras fizeram e mudaram o comportamento e algumas visões. Isso sem citar outras grandes criações artísticas que colaboraram para muitas reflexões.
Somos 7 bilhões de indivíduos, cada um igual a si próprio apenas, portanto eu e você não somos diferentes de ninguém, nem do Papa, nem do Primeiro Ministro da Islândia, nem do caboman daquela emissora de tv pequena do interior, nem do homem que pisou na Lua ou mesmo do possível bebê que esteja sendo gerado agora em alguma barriga brasileira, turca, mexicana ou bósnia, nem do serial killer, do pivete de rua ou qualquer outro cidadão terráqueo, que fique bem claro!
Pensar no diferente, tudo bem! Agir como tal, nem pensar!
Nos vemos, nos lemos!



*imagem: Google superpopulação mundial clickaki