segunda-feira, 31 de agosto de 2015

As batidas da razão!


Prestando atenção em alguns discursos e palestras que presenciei essa semana, pude perceber o quanto que, instintivamente, associamos a razão à emoção. Embora esse tópico abra um leque de interpretações, o curioso que dos discursos dos quais prestei atenção, falou-se do coração.
Não daquele órgão que temos dentro da caixa torácica que bombeia e redistribui o sangue de e para todo o organismo. 
Falo da visão poética que se dá o referido órgão como se ele fosse o centro das emoções e da razão. 
As emoções processadas no cérebro disparam determinadas quantidades de hormônio ou impulsos elétricos que mexem diretamente com o músculo torácico, uma maneira de equilibrar o organismo quando de uma emoção mais forte que nos tire da normalidade, seja ela boa ou ruim. O organismo humano como máquina perfeita trabalha em conjunto para que se mantenha em perfeição e harmonia. 
Consigo entender também que coração e cérebro se comunicam por pulsações eletromagnéticas, comunicação biofísica, bioquímica e neurológica, em se considerando um organismo, mas isso é conversa pra quem entende.
Curioso que se fala muito particularmente ao coração como sendo ali a casa das emoções, do afeto, o local dos sentimentos. Cada emoção ativa uma parte específica dentro da nossa cabeça que executa suas tarefas de maneira sincronizada e organizada que nos mantém o controle das formas externadas dessas emoções, seja em susto, espanto, choro, riso, surpresa, alegria, tristeza, amor, decepção entre tantas outras. 
Por outro lado, quando sonhamos, o cérebro bloqueia algumas ações como forma de impedir que façamos tal ação sonhada, que nos impede de atos descontrolados que possam nos prejudicar. Por isso, quando de um pesadelo, tentamos gritar ou correr e parece difícil. Já aconteceu de estar sonhando algo tão surreal, tão fora da normalidade, que chegamos a pensar que se parece com um sonho e daí acordamos!
Entendo essa forma carinhosa e poética de levar a mão ao peito para demonstrar quaisquer ações relativas às emoções. Curioso ver como fazemos isso automaticamente e quase esquecemos que tudo é processado em nossa cabeça. 
Enganamos, em parte, a nós mesmos quando desse ato e nos sentimos bem por isso. Coisas que aprendemos e guardamos de cor(ação). 
Nos vemos, nos lemos!


* imagem: montagem do autor