segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Carioca exportação!

logo jogos olímpicos desenho das montanhas cariocas
Passados 10 dias do início das Olimpíadas Rio de Janeiro 2016, a primeira edição em país da América do Sul, muita coisa já aconteceu e virou notícia mundial.
Desde a abertura, que emocionou e deu um cutucão geral no mundo, distribuindo carapuças sob medidas, chamando a todos para a responsabilidade de cuidar do planeta, justo numa semana em que se esgotaram os recursos renováveis do ano, passando por assuntos pitorescos sobre a maneira brasileira de ser.
A conhecida  simpatia dos brasileiros que se esforçam para ajudar os gringos no dia a dia carioca vem se consolidando como uma característica própria do brasileiro, exceto pelos eternos e institucionalizados malandros que querem levar vantagem em tudo. Nosso cotidiano, experimentado e copiado por milhares de estrangeiros que se permitem a vivenciar um pouco da  nossa maneira durante suas estadias no local.. Ainda mais em terreno carioca, onde algumas características são mais próprias e que causam espanto e ou curiosidade. Deu nos jornais norte-americanos, espantados com tamanho das sungas e biquínis dos banhistas das praias cariocas. Espanto maior que pegar praia em pleno inverno com temperaturas acima dos 27 graus. Espanto que considero falso pudorado, mesmo sabendo que eles são muito mais avessos à interatividade intrapessoal. A proximidade do abraço, dos dois beijos, do tapinha nas costas, do cafezinho forte em copinhos plástico, das comidas de rua, do jeito dançante e musical, da torcida pelos azarões e das vaias como forma de agouro ao oponente. Diferente da frieza do hemisfério norte que desfila seios nus com enormes biquínis na parte de baixo. O desbravamento da capital carioca fundida entre o mar e a montanha, um cenário belíssimo, sinuoso, curvilíneo com as curvas das ondas e de algumas belas mulheres, quente, tumultuado, de amplas avenidas e ruas estreitas, de árvores disputando lugares nas calçadas, cidade com suas feridas expostas, seus odores peculiares. Uma riqueza de sua natureza que ainda sobrevive à poluição. No imaginário de muitos, uma aventura sob os trópicos de tantos mistérios e confusões. Uma mistura da dureza das pedras de suas montanhas e a beleza e mistério das matas que as cercam. Diante de um cenário natural paradisíaco, de um idioma estranho e sotaque curioso, cantado, aspirado, chiado. Trejeitos gingados, riso fácil, cordialidade. Sol, mar, montanha, gente, capivaras, jacarés, micos, garças. A atenção deve ser redobrada, pois é uma cidade grande com seus problemas de ordem social, com a violência característica de grandes centros, tal qual como em qualquer outra megalópole do mundo, seja norte-americana, europeia ou asiática. Importante deixar claro que favela não é rótulo para nada, pois muitos de seus moradores são os que distribuem risos, que oferecem ajuda, são os mesmos que podem estar ao seu lado  nas arenas torcendo e se emocionando com o hino nacional. Enquanto isso tudo é vivido, recordes são quebrados, medalhas conquistadas, disputas acirradas acontecem. O Rio de Janeiro continua lindo, com medalha de ouro para beleza natural, medalha de prata por causa de algumas pessoas que torcem contra, medalha de bronze para infraestrutura e desclassificação total para qualquer forma de violência.
Nos vemos, nos lemos e vamos torcendo!