terça-feira, 2 de agosto de 2016

Despensa do vizinho!

Alimentos - fonte Google free pic













Li uma matéria sobre como reconhecer um produto contaminado. No caso, o alho que foiimportado da China e que estaria contaminado com metais pesados.
Daí pensei cá com os meu botões.
Se houvesse uma política mundial séria quanto à produção de alimentos de ampla abrangência e seriedade no cultivo, mesmo com algum intercâmbio entre nações, fazendo disso um comércio, tais ações de cuidado não seriam necessárias.
Pensando por um lado não globalizado, meu organismo é sul americano acostumado e formado sob influências naturais que ocorrem no hemisfério sul do planeta, adequado à altitude, longitude, latitude da minha região. Acostumado às variações climáticas, ao grau de salinidade e pH de todos os elementos que cercam meu canto, acostumado com a água que consumo e os frutos da minha terra, ao ar que respiro. Corpo que responde e se transforma com todas as informações que obtenho dos formadores naturais dos elementos que me alimentam, que são misturados e processados de acordo com toda gama de fatores que contribuem para tal.
Então eu penso. Apesar de absurda a  proposta que sugere reconhecer um alimento contaminado , por que comer um alho que vem da China, que é uma região totalmente diferente a que meu organismo está acostumado a responder? Entendo que somos formados a partir do carbono, mas vivemos regionalidades diferentes que podem (acho) interferir nos desdobramentos funcionais dos organismos,
Não falo aqui das interferências geradas pelo stress da vida moderna e demais enfermidades que ocorram por situações outras.
Seria um caso de xenofobia alimentar? Citei o alho chinês por causa da matéria lida, mas poderia ser a laranja americana, o vinho chileno, o azeite italiano, o açúcar argentino entre outros. 
Alimentar-se é preciso, óbvio, mas fico pensando em alguns momentos se a própria natureza não teria um jeito de "aprisionar" o indivíduo ao seu nicho, como forma de preservação da saúde da espécie. Não falo das experiências do viajar e do conhecer, mas sim, de adoção de tais práticas no dia-a-dia. Daquilo que se torna cotidiano e não esporádico. Da eterna troca da exceção pela regra.Pensemos, de barriga cheia!
Nos vemos, nos lemos!


*em tempo: 
Dispensa é do verbo dispensar. 
Despensa é local onde se armazena provisões!