terça-feira, 26 de abril de 2016

Conjunção

Muitas virão e passarão despercebidas aos olhos do Homem no seu corre corre diário.
Desde que descoberto, século atrás, pelo aficionados pelo céu noturno e por querer entender a sistemática celestial, os grandes homens que fizeram da observação a criação da astronomia, não sossegam enquanto não desvendarem os segredos do universo. Curioso e complicado imaginar, de dentro da nossa ótica de percepção, a trajetória de corpos celestes que funcionam de maneira diferente ao que estamos acostumados aqui embaixo no nosso mundo 3D. Fascinante pensar de que se chegou a estudos que permitem ver de maneira bem clara o resultado como nessa conjunção, pois os estudos permitiram calcular as trajetórias da Lua, de Marte, Saturno e da Constelação de Escorpião para que elas aparecessem, dentro da nossa ótica, de maneira próximas uns dos outros. De fato, esses corpos não estão tão próximos assim. Essa é forma como os vemos daqui da Terra, pois entre eles há distâncias enormes, significativas e também em relação a nós. Distâncias tão grandes que a luz da estrela Antares (o corpo celeste mais distante dos quatro apresentados na imagem) está a 600 anos luz da Terra, ou seja, a imagem que vemos agora, foi gerada há 600 anos.Muito curioso pensar dessa forma, uma vez que aqui na Terra a luz é imediata. Leigamente (não posso falar cientificamente) falando, é uma forma curiosa de poder observar o céu noturno, o desenho de algumas constelações, o brilho distinto das estrelas, o  riscar de um meteoro perdido, as fases da lua. Interessante imaginar que estamos diante de algo considerado infinito e ainda totalmente desconhecido para nós que habitamos a periferia de uma das bilhões de galáxias existentes. Enquanto houver espetáculos assim, assistiremos fascinados. 
Nos vemos, nos lemos!

* imagem: foto do autor: conjunção do dia 21/04/2016

Pareidolia

Quem nunca se deixou levar ou enganar por imagens e sons que lembram algo semelhante a outra coisa real? Mistérios do nosso cérebro que parece buscar alguma relação naquilo que se vê com algo que ele já tenha “gravado” em seu banco de dados. Um desses fenômenos é a Pareidolia: “Fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou um som, sendo percebido com algo distinto e com significado. É comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, poças d´água, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares”.
Particularmente sou uma “vítima” desse fenômeno. Já fotografei nuvens que se assemelhavam a formatos de outras coisas reais. Meu forte “pareidolíaco” (acabei de inventar) e reconhecer traços humanos e frentes de veículos. O meu carro chefe nisso é sempre lembrar do rosto de uma antiga vizinha quando vejo um velho caminhão Mercedez 1113. Isso nunca me saiu da cabeça. Morei numa casa em que meu quarto saía num corredor que tinha azulejos machados e um deles, bem em frente a quarto, parecia ser os olhos de uma pessoa observando o local. Quem nunca se assustou com a sombra de casacos e blusas projetados na parede que pareciam uma pessoa? Quem nunca ficou sabendo de “aparições” religiosas em locais inusitados, provocados por infiltrações, manchas de vela, queimados entre outros. A lista é grande, mas o efeito é bem curioso, tanto quanto entender que é fácil enganar o cérebro e ser enganado por ele.
O efeito vale algumas situações curiosas e outras engraçadas. Eu mesmo já fotografei algumas coisas que se assemelhavam a outra. Você sabia que no centro da cidade de Lorena tem um navio ancorado? Sabia que no trecho de Cachoeira Paulista e Cruzeiro (estrada velha) a Serra da Mantiqueira se transforma num gigante deitado? Em Angra dos Reis é possível ver um enorme cão São Bernardo na encosta de um dos morros. O Pão de Açúcar se assemelha aos seios de uma mulher, uma foto antiga de Marte mostra uma montanha com formato de rosto humano e assim por diante.
Deixe-se enganar (pelo seu cérebro), vale a pena, boas risadas e alguma curiosidade.
Nos vemos! Nos lemos!

*imagem: colagem de imagens e pareidolia do Google