domingo, 6 de setembro de 2020

É assim que se fala!

Por que você fala assim?

O "R" caipira do interior de SP, MT, MG, PR e SC deve-se aos indígenas que aqui moravam não conseguiam falar o "R" dos portugueses, não havia o som dessa letra em muitos dos mais de 1200 idiomas da região.

Então na tentativa de se pronunciar o R, acabou-se criando essa jabuticaba brasileira, que não existe em Portugal. A isso também se deve o fato de muitas pessoas até hoje em dia trocarem L por R, como em farta (falta) e frecha (flecha).

Com a chegada de italianos à SP o sotaque do paulistano incorporou o R vibrante atrás dos dentes, porta como "porita", e em alguns casos até incorporando mais Rs: carro como "caRRRo", se quem fala for de Mooca, Brás e Bexiga, bairros com bastante influência italiana.

O R falado no RJ deve-se ao fato de que quando a Corte portuguesa pisou aqui, a moda era falar o R como dos franceses, saindo do fundo da garganta, como: "PaRRRRi".

A elite carioca tratou de copiar a nobreza, e assim, na contramão do R caipira e 100% brasileiro, o importou seu som de R dos franceses. Do mesmo modo a Realeza trouxe o "S" chiado dos cariocas.

As regiões Norte e Sul receberam a partir do século XVII imigrantes dos Açores e ilha da Madeira, lugares onde o S também vira SH. Viviam mais de 15 mil portugueses no Pará, 4ª maior população portuguesa no Brasil à época, o que fez os paraenses também incorporarem o chiado.

Já Porto Alegre misturava indígenas, portugueses, espanhois e depois alemães e italianos, toda essa mistura resultou num sotaque sem chiamento.

Curitiba recebeu muitos ucranianos e poloneses, a falta de vogais nos idiomas desses povos acabou estimulando uma pronúncia mais pausada de vogais como o E, para que se fizessem entender, dando origem ao folclórico "leitE quentE".

Em Cuiabá e outras cidades do interior do Mato Grosso preservou-se o sotaque de Cabral, não sendo incomum os moradores falando de um "djeito diferentE". Os portugueses que se instalaram ali vieram do norte de Portugal e inseriam T antes de CH e D antes de J. E até "hodje os cuiabanos tchamam feijão de fedjão".

Junto com os 800 mil escravos também foram trazidos seus falares, e sua influência que perdura até hoje em se comer o R no final das palavras: Salvadô, amô, calô e a destruição de vogal em ditongos: lavôra, chêro, bêjo, pôco, que aparece em muitos dialetos africanos.

A falta de plurais, o uso do gerúndio sem falar o D (andano, fazeno), a ligação de fonemas em som de z (ozóio, foi simbora) e a simplificação da terceira pessoa do plural (disséro, cantaro) também são heranças africanas.

 FONTE: "Mapa Linguístico do Brasil" 

Revista Superinteressante 

#cultura #doceirahungara #lazer #brasil #curiosidades #apfelstrudel #strudel #doceirahungarastrudel #strudeldoceirahungara

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Crônicas do passado!

 Revendo postagens de outras redes sociais. Algumas em tom de crônica, como essa abaixo de quando atletas olímpicos  norte-americanos simularam terem sido vítimas de assalto e mentiram no depoimento à polícia.  Claro que se deram mal após a farsa ter sido descoberta. Segue o texto de 18/08/2016.

"Por acaso algum turista passa incólume passeando no Harlem ou no Bronx em Nova York? E as gangs de Los Angeles? Além da 5° distrito em Londres? Na região do Sacre Couer em Paris? Soweto ou downtown em Johannesburgo?  Ah fala sério! E só o Brasil tem violencia urbana??? Não precisamos desse tipo de turista aqui! Não somos  o país das bananas e da zona generalizada!  Não é problema brasileiro se perderão contratos e medalhas! Tio Sam que se vire e que eduque seus filhos, porque se fosse o contrário, coitado de quem mentisse para a polícia de lá! Chupa que é de manga! Quiçá sapoti"

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Corona Mundi!

Olá, pessoal! Depois de um tempo volto aqui. E qual o assunto que está em alta no momento, em todas as mídias? Claro, a pandemia da Covid-19, causada por uma cepa mutada do corona vírus. Assustou e ainda assusta; estamos ainda, nessa data, no meio de uma pandemia que fez e ainda faz muitas vítimas na Itália, Espanha, Estados Unidos, Irã e ainda é crescente em vários locais do mundo, indistintamente.  
O surto teve início na China ! Talvez provocado pelo consumo indiscriminado de animais silvestres, basicamente o pangolin e o morcego, que são hospedeiros naturais de vírus da espécie corona e hábitos culturais ancestrais de alimentação de uma população secular que sempre lutou contra a fome e que entre muitas manipulações, más condições de higiene e preparo, o vírus teria sofrido uma mutação e infectado humanos e a partir da sua alta taxa de disseminação, com um novo hospedeiro,  teria provocado contaminações em larga escala, incluindo muitas mortes.  O fato do surto ter sido ocultado pelos órgãos chineses, sem sucesso, é uma outra questão, diferente do que quero tratar aqui. Agora não interessa se é guerra química, revolta da natureza, criação de vírus em laboratório que teria fugido ao controle ou que o projeto tenha sido sabotado, se é golpe econômico de uma economia gigante à beira da falência, intervenção alienígena, um plano militar que tenha falhado num grande jogo de War da vida real, testes biológicos causado pelas chemtrails, expurgo, ira divina, entre outras teorias da conspiração, A epidemia tomou a China, acometendo as pessoas na forma de uma inédita e severa infecção respiratória, desencadeando sintomas como febre, pneumonia, tosse seca e a morte de milhares de indivíduos sãos e outros mais debilitados por doenças crônicas pré existentes. A notícia e a contaminação tomaram o mundo e logo se tornou uma pandemia voraz, ceifando vidas em poucos dias após o contágio. Medidas drásticas foram tomadas, isolando as pessoas até que se chegou ao consenso do isolamento social. O fechamento de países inteiros, mantendo os serviços essenciais em funcionamento, colocou a humanidade contra a parede, freando o ritmo alucinante da modernidade, colocando uma pedra gigantesca nas projeções do crescimento econômico, colocando as peças mestras desse xadrez em pé de igualdade com os peões, o eterno confronto capitalista, ainda em sua forma antiquada. 
Tal situação desafiou o Homem, a espécie pensante, poderoso, um quase semideus, dono da tecnologia de ponta, das comunicações instantâneas, sem barreiras de idioma, substituída pelos cifrões, dono das cartas de um jogo sufocante de produção, porém cego para as coisas mais simples, como lavar as mãos, exaustivamente ensinado por gerações, bem como o ato de se importar, de alguma maneira, com o próximo. Mas, calma, ainda estamos cuidando para manter um índice de disseminação baixo, desinfetando ruas e cidades, tomando medidas preventivas repetitivas a fim de evitar o pico que pode causar uma maior desestruturação social, lotando hospitais e clínicas, provocando mais mortes e de se tornar algo incontrolável, levando a um caos bem maior, sem precedentes.  Parece que a vida está cobrando o fator humano do bicho homem. E que lição difícil procurar ser mais humano quando o mais humano dos gestos não é permitido, pois os contatos estão suspensos, temporariamente. Precisamos reinventar novas formas de abraçar e demonstrar afeto, carinho e respeito para com o próximo. De fazer pelo outro, pensando coletivamente, com mais senso de cidadania, de equalização e relações da vida social e em virtude disso, das relações de trabalho, da distribuição de renda e da real necessidade da produção em larga escala, bem como seu descarte e reutilização. Talvez a vida tenha nos dado essa chance de refletir sobre isso, e mostra que o preço é alto. Mostra que estamos longe de um nível de naturalidade, em se considerando habitar um planeta vivo e limpo, menos plástico, menos artificial. E essa quarentena tem provas disso: a diminuição dos níveis de poluição nos grandes centros, a normalização da camada de ozônio e readequação das correntes de vento, da limpeza de canais, rios e mares, do reaparecimento de animais selvagens onde não eram vistos por muito tempo e até mesmo de uma melhor vibração desses 7 bilhões de seres que habitam esse outro grande ser vivo. Creio que aquela hora tão falada chegou, a hora e uma necessidade crucial de mudança, da relação do Homem para com o planeta, para com o próximo, para consigo mesmo e para com o seu particular espiritual. Temos algum pouco tempo para entender e digerir tudo isso, sem ensaio e com preço alto. Enquanto isso, se cuida e #FicaEmCasa. Nos vemos, nos lemos. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Recursos não muito Humanos!

De acordo com especialistas, o LinkedIn é hoje uma das plataformas onde mais se transitam informações e questionamentos aquém das questões e perfis profissionais a que essa rede se dedica, como foi o Facebook em 2011 e 2012 (alcance orgânico deste). De fato, hoje em dia, essa rede não é mais um local de busca de emprego (insta de Paulo Faustino). Baseado em fatos reais, ainda sobre o tema trabalho/vagas/carreira/empregos/palestras virtuais, entrevistas e troca de informações feitas pessoalmente, segue uma constatação do que ocorre! Existem milhares de divulgações de vagas de trabalho na plataforma, cada qual linkada a vários sites distintos de vagas e seus formatos de preenchimento, cruzamento desses dados, bem como essa exposição visualizada por empresas recrutadoras, head hunters, coaches e afins que te buscam, te chamam, procuram te conhecer, trocar ideias e ao final de um brevíssimo namoro, oferecer seus “cursos” e “treinamentos” miraculosos de como (re)escrever e apresentar seu currículo, como se portar em entrevistas, quais  vícios tomar cuidado para não cometê-los, linguagens e outras formatações. Além de abusarem das injeções de estimas, de defenderem a ideia de que prática, conhecimento e técnica superam as obrigatoriedades da formação acadêmica, entre outros. Curioso que na empresa “A” defendem e vendem ideias totalmente contrárias as da empresa “B” e se você, por acaso, sorte ou azar, passar por algumas distintas, voltará à estaca zero, pois já não saberá como (re)escrever seu CV, como fazer uma busca direta, entre outras dúvidas geradas por essas informações dúbias. A situação é que esse “aprimoramento”, tem custo! Muitas vezes, um custo salgado demais para quem está desempregado, mesmo com planos de financiamento. Muitas vezes, um custo para ouvir palestras já batidas, sem nenhuma novidade, sobre linguajar, comportamento corporal, saber ouvir e falar, etcs. É óbvio, que uma pessoa em sã consciência, não meteria os pés pelas mãos se comprometendo financeiramente, com isso. Sem citar nomes e empresas, pois essa não é a intenção dessa postagem, aconteceu comigo. Fiz um processo seletivo para uma determinada vaga, diretamente no local com o gerente responsável pela vaga, tudo via uma agência. A resposta do processo tinha sido prometida para dali a uma semana, o que só aconteceu após eu ligar na recrutadora e questionar pela resposta quando fui informado que a empresa ainda não tinha definido nada. 
Enquanto isso, eu continuava a buscar oportunidades, aproveitando as informações de vagas do LinkedIn e outras publicações e também fazendo a minha prospecção diretamente nos locais, caminhando muito, com uma pasta cheia de currículos impressos e com bons resultados (incluindo entrevistas diretas). Coincidentemente, numa dessas caminhadas e pausas para água e café, encontrei o gerente com o qual tinha feito a entrevista anteriormente. Ele, muito educadamente, me perguntou por que eu havia desistido do processo após a entrevista, para minha indisfarçável surpresa, pois eu havia sido o escolhido para ocupar o cargo e que, diante da minha “desistência”, ele teria chamado o segundo classificado. Ele entendeu minha surpresa, conversamos sobre esse tema sobre o qual escrevo, se propôs a me dar uma explicação e me ligou dias depois informando que o “segundo” classificado e contratado havia feito um tal curso com a empresa recrutadora que eu não tinha feito. Preciso desenhar?  Em outra situação, em outra agência, fui chamado para uma entrevista. Fluiu muito bem até que a entrevistadora, talvez a pessoa mais jovem daquele grupo, gaguejando muito, explicando a função a qual a vaga se destinava, falando de forma deslumbrada de sua visita à empresa, não soube responder perguntas pertinentes ao cargo, feitas por todos os candidatos ali presentes que já tinha experiência na função.
Situações como essas mancham, significativamente o trabalho de profissionais sérios, tomam um tempo precioso de empresas e de pessoas em busca de recolocação profissional, de volta ao mercado de trabalho, pois cada um tem suas necessidades. Quanto à recrutadora jovem, creio que cabe à agência na qual ela trabalha, um acompanhamento até uma formação mais sólida de sua postura, já que deve ser nova na função e somente a prática vai dar a ela maior traquejo e que sua inexperiência, nesse momento, pode atrapalhar a seleção do candidato mais adequado e causar a insatisfação da empresa contratante. Quanto à primeira situação, mais comum que se possa imaginar, é preciso que algo seja feito, regulamentado, organizado para que não se repita. De um tempo prá cá, o surgimento e autodenominações de coaches disso ou daquilo, parece ter sido maior que o número de youtubers e influenciadores. Se essa é a tendência e a resposta dos novos tempos, que seja instituída dentro de legalidades pertinentes, a fim de não denegrir a imagem de tantas empresas sérias, que têm a árdua missão de lidar com o fosso enorme de desempregados X vagas. Que possa haver, mesmo com a urgência e velocidade das transformações de ideias e linguagens, um denominador comum válido. É um assunto muito amplo pra ficar apenas no âmbito da interpretação pessoal de um recrutador. Falando nisso, dias atrás, assisti um vídeo de uma coach de recolocação profissional, que divide suas palestras com outro bam bam bam da área, falando que não se deve enviar currículos como se estivesse com uma metralhadora giratória, porque o profissional recrutador vai ler apenas 10%, alegando que não perderá o tempo dele fazendo essa leitura! Peralá!!! Se o meu CV tem um registro das minhas habilidades (e a gente busca ser objetivo para não ser longo) e eu envio para uma agência de recrutamento, deve haver um funcionário cuja função seja ler os currículos recebidos! Estou errado? Isso já contradiz uma das muitas dicas dadas.
Acredito que muita gente se depara com situações desagradáveis na busca de trabalho devido às muitas reclamações que se ouve. Citando algumas: que o LinkedIn é uma vitrine de vaidades e só funciona para um nicho pequenos de profissionais (eu discordo), que esse mercado (empresas de recolocação profissional) é um grupo fechado com regras impostas, cláusulas leoninas, ame-o ou deixe-o, que há muito desrespeito no tratamento de alguns recrutadores e candidatos (prefiro dizer que não disfarçam a empatia por algum candidato com algum conteúdo pessoal ou formação mais diferenciada). 
Mas eu acredito na seriedade da plataforma e de muitas empresas que ali divulgam seus trabalhos.
Se essa é uma proposta atual do LinkedIn ou o caminho pelo qual naturalmente fluiu para esse tipo de questionamento, por que não falarmos dele? Como acreditar numa empresa e como investir nessa verdadeira ajuda de reconhecimento profissional para se candidatar?
Textão publicado em minha página no LinkedIn.