quarta-feira, 20 de abril de 2016

Felicidade!

Falar sobre felicidade não é tão simples, pois a gente mesmo desconhece como descrever tal sensação, não tem uma dimensão exata desse sentimento, de onde começa e acaba, até onde ela se mistura com outros sentimentos de satisfação, prazer, plenitude e daí parte para uma centena de explicações filosóficas e reflexivas. Já ouvi muita gente dizer que a vida é feita de momentos felizes ou que a vida tem alguns momentos felizes, mas não plena de felicidade.
O prazer pode ser visto como uma satisfação momentânea como degustar um bom vinho, comer uma comida que há muito se deseja, o próprio prazer sexual que dura alguns segundos em seu ápice e que proporcionam relaxamento. Felicidade supõe algo mais amplo, em se fazer o bem, em compartilhar a felicidade. Portanto, se eu compartilho um bom vinho, uma boa comida, momentos de bom prazer com outra pessoa que quero bem, se posso ser porta voz de uma franca conversa e conselhos ou um bom ouvido, estaria proporcionando a felicidade? Acho que sim!
Devemos buscar a felicidade com o que se possui, com as “armas” disponíveis, com ajuda de boas orientações, em aproveitar os bons momentos da vida.
Por outro lado, a realização, a conclusão, o encerramento de fases não muito alegres da vida, livrar-se de uma preocupação maior, seja também um momento de felicidade, que não precisa estar estampada na forma de dança, sorrisos, caras e bocas, mas com a satisfação de uma etapa vencida, de assunto resolvido.  A junção de valores com os quais cada um se propõe a conduzir suas vidas, com todos os elementos que provocam e produzem satisfação (lazer, religiosidade, satisfação, realização, entre outros), prazer, que obtém resultados são também fatores determinantes que concorrem para a felicidade. Felicidade seria uma estrada plana que tange todos os sentimentos e situações que permeiam nossas vidas de forma bem equilibrada.
Dentro da filosofia espírita, estamos num mundo de provas e expiações, e isso quer dizer que somos seres que ainda trabalhamos os maus sentimentos como a inveja, o ódio, o rancor, a mágoa, a mesquinharia, entre tantos outros usando do livre arbítrio para tal. As provas seriam as ações que nos tiram da inércia, da zona de conforto e que nos fazem agir para que a boa mudança ocorra, isso faz parte do processo de purificação.
As palavras podem e são vetores fundamentais para dar início a um processo de felicidade noutra pessoa: um incentivo, um conselho, uma advertência do errado, um agradecimento, uma palavra de carinho, assim como gestos positivos que possam representar muito para quem o recebe.
Pode-se dizer, então penso, que felicidade é a culminância de bons resultados alcançados com esforços próprios, orientados ou não, com a conclusão e encerramento de situações desagradáveis que proporcionam satisfação, prazer, alegria e que possam ser compartilhados e “contagiar” outras pessoas!
Essa discussão será debatida com Mario Sergio Cortella, Leonardo Boff e Frei Betto em um encontro gratuito num teatro de São Paulo no dia de hoje 20/04/2016.
O texto acima foi baseado numa pequena entrevista feita com dois dos participantes de encontro e que despertam na gente a busca da definição desse sentimento!
Ainda com seus muitos complementos, com a casinha colina, a cidade pequenina, qualquer lugar que ilumina, entre tantos.
Que sejamos mais felizes!


*Imagem: Google free pic, felicidade total!