quarta-feira, 10 de março de 2010

A Múmia!

Gente, sejamos sinceros. Hoje em dia as notícias voam.
Como já dizia Stanislaw Ponte Preta, por que temos que saber e ver sobre um crime que acontece do outro lado do mundo?
A velocidade com que as informações andam hoje em dia é capaz de evitar problemas, bem como causá-los.
A infelicidade de alguns pode derrubar uma imagem em poucos segundos. Uma ação devastadora.
Isso aconteceu essa semana quando um "humorista" chamou a volta do programa de Hebe Camargo como se fosse o retorno da múmia.
A internet foi imediatamente bombardeada com mensagens, todas elas, de repulsa ao comentário feito.
O ditado popular já diz: Em boca fechada não entra mosquito!
Faltou fechar a boca. Seja porque se come de boca aberta, seja por vive babando ou alheio ao que se passa a mais de 30cm além do próprio umbigo.
Lamentável é pouco. Falta de respeito, insensibilidade!
Não porque é uma forma de ataque à apresentadora, à figura dela e sim porque é um ataque contagioso à pessoa, ao ser humano que tem ali, seja ele famoso ou não e porque isso se transforma lentamente, sendo absorvido como uma manifestação de arte, de humor ou de liberdade de expressão.
Liberdade de expressão não é falar o que vem à cabeça. Liberdade de expressão, ao meu entender, é saber que o que se fala pode causar discussões e debates e que você saiba defender os pontos de vista abraçados por sua ideia.
Essa liberdade é dada ao ser humano, mas aqueles que vivem em sociedade, onde regras são estabelecidas e o bom senso nos ajuda a conduzir de maneira educada, o conviver em massa não permite que quaisquer pronunciamentos exponham outros ao ridículo ou que o respeito seja transgredido.
É básico: O meu direito termina onde o outro começa. Quem quer respeito que dê respeito e que consquiste o seu.
Repensar as atitudes e voltar atrás é humano. Quem trabalha com a velocidade da mídia deve saber que após o "enter" o arrependimento é tardio. A guerra está declarada e alguns soldados tombarão. Problema é quando um soldado dá tiro no próprio pé.
Humor é bom e bem-vindo, necessário. Se for inteligente, melhor. Se for de duplo sentido é hilário. Se for de raciocínio rápido é instigante.
Mas quando ultrapassa o limite da educação e da sensibilidade, da coerência, da nobreza de ser polido não tem graça nenhuma. Não se enquadra em nenhuma forma de humor. Não se enquadra em nenhuma forma de educação.
Enquadra-se apenas num rol, cada vez maior, de insanidade, de pseudo-inteligência, até da falta desta. É lamentável. Uma vergonha!
E isso gera uma outra corrente que nem sempre é bem aproveitada: Quem fala o que quer, ouve o que não quer!