sexta-feira, 15 de maio de 2015

O que que o baiano tem???

Dorival Caymmi (1914 -2008) não só cantou a Bahia como também a representou em ilustrações que podem ser vistas pelo público na exposição "Aos olhos de Caymmi - Exposição de Canções Ilustradas", no Salão de Atos do  Memorial da América Latina, em São Paulo (estação Barra Funda do metrô).

São ilustrações que representam a baiana, o mar, as festas populares e tudo mais que ele cantou e encantou durante sua longa trajetória na MPB, além de vídeos e outros desenhos pertencentes ao acervo da família.
Caymmi, inspirado pelo hábitos e costumes do povo baiano, criou uma maneira, uma linguagem própria de cantar, espontânea, melódica e única. Seu estilo praieiro, sua bossa, desde os 20 anos de idade, abriram portas nas rádios da época para seu reconhecimento nacional até que a gravação do sucesso "O Que Que A Baiana Tem?",  por Carmem Miranda, além de lançar internacionalmente a atriz/cantora lusa baiana, reforça a MPB dentro e fora do país.
A inspiração de Caymmi pela música, costumes e tradição  dos negros baianos, ajuda a fortalecer, de maneira sútil, a identidade cultural brasileira que é formada pela mescla de outras culturas.
Até dia14 de junho, das 09h às 18h - Entrada Franca.

Nos vemos, nos lemos!



*imagens: obras de Caymmi, divulgação www.guia.folha.uol.com.br

Cenas do Brasil!

Acontece no Rio de Janeiro, a exposição “A Muito Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, que reúne obras  João Francisco Muzzi, Jean Baptiste Debret, Marc Ferrez e outros.  
Jean Baptiste Debret, pintor, desenhista e professor francês, foi integrante da Missão Artística Francesa que aportou no Brasil em meados de 1816, quando a corte instalada em sua nova cidade sede, fugida dos ataques de Napoleão Bonaparte, propunha um “banho de civilidade” para a nova cidade sede, o Rio de Janeiro, adotando e copiando o estilo das cortes francesas da época, como sendo o exemplo de refinamento e comportamento a ser seguido. 
Retratou o funeral de Dona Maria I e com fácil penetração na lata roda social, retratou eventos da corte e cenas cotidianas da então nova sede da corte de Dom João VI e posteriormente viajou pelo Brasil da época, retratando os tipos, os costumes, peculiaridades, religião e as paisagens da terra brasilis, até então mitificada pelos europeus, fazendo um registro iconográfico de relevância para a época. 
Publicou depois, já de volta à França, um almanaque intitulado “Viagens Pitorescas e Histórica do Brasil” com desenhos acompanhados de textos, fazendo com que a obra também seja considerada um registro historiográfico do país. 
Como o cenário era o dia-a-dia do brasileiro da época, é comum ver nas obras de Debret a mão de obra escrava seja nas pequenas cidades, nas fazendas, lavouras, nos mercados de negros (principalmente no Rio de Janeiro da época), os maltratos por esses recebidos, cenas cotidianas do almoço, amamentação, escravas lavando roupas, os muitos povos indígenas que estavam sempre muito próximos das pequenas cidades em formação, tudo registrado com a visão e tendência artística do autor, marcantes na época, às vezes distantes da realidade retratada, mas sem perder o poder de registro histórico daquele Brasil, revelando uma intimidade com o país no qual viveu durante 15 anos. 
No Centro Cultural Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, Rua Visconde de Itaboraí, 20, de domingo a terça, das 12h às 19h, de 14 de maio a 12 de junho, também com entrada gratuita.


*imagem: reprodução "Negra tatuada vendendo cajus - 1827"

Giramundo!

International Space Station after undocking of STS-132.jpg
Já imaginou dar quase 16 voltas completas ao redor da Terra ao longo do dia , a uma velocidade média de 27.700 km/hora, a uma altura média de 350 km do solo de e poder assistir mais de uma dúzia de nascer e pôr do sol, além passar por cima dos oceanos mares , lagos, rios, cordilheiras, desertos, florestas, campos vazios e megalópoles superpovoadas de diversos países?
Para quem está aqui embaixo, como nós, isso só é possível se tivermos habilidades dos nossos super-heróis, mas não para os seletos astronautas que trabalham na Estação Espacial Internacional, a ISS - International Space Station, laboratório espacial construído através de um consórcio de 15 países e coordenado pelas agências espaciais americana, russa, europeia, canadense e japonesa. A estação é atendida por missões dessas agências com intuito de fornecer suprimentos de manutenção bem como troca de tripulação e até mesmo visitas técnicas de astronautas em missões colaboradoras.
Apesar de muita crítica em volta da construção de uma estação espacial internacional sem ainda resolver muitas mazelas aqui debaixo, muitas pesquisas são realizadas com intuito de melhorar a qualidade de vida dos humanos e também estender um olhar para o espaço e seus estudos, sob um ponto de vista diferente, com experimentos livres de algumas influências e sob efeitos de outras, de uma maneira mais generalizada. Uma delas é a influência desse ambiente sobre a os seres humanos na promoção futura de viagens interplanetárias mais longas.
Foram necessárias dezenas de missões, tripuladas ou não, em um pouco mais de uma década, para finalização de construção da estação, que permitiu ao Homem um outro avanço para sua conclusão: a caminhada no espaço! A própria manutenção da estação já é digna de pura ficção científica dos filmes como: geração da própria energia captada pela luz solar através de painéis, distribuição dessa energia, pressurização, fornecimento de oxigênio, utilização e reutilização de água, extinção de incêndios, controle de pressão atmosférica, controles mecânicos de orientação e direção da estação, controle de altitude, sistema de comunicação e o mais incrível de todos que é a o controle de acoplagem e desacoplagem de foguetes e módulos espaciais vindos da Terra.
Toda essa engenhosidade e tecnologia com uma vista super privilegiada da janela, o planeta azul a seus pés, no limite com o espaço sideral. Fantasioso, porém real apara alguns poucos turistas milionários que podem arcar com uma generosa despesa extra e condições físicas que permitam tal viagem, bem diferente das primeiras classes conhecidas. Quem sabe um dia??? Ou quem sabe pegar carona na cauda de um cometa e ver a Via Láctea? Ou mesmo contentar-se em poder ver, daqui debaixo, a EEI cruzar rapidamente os céus em dias de boa visibilidade. 
Vale a pena uma visita aos sites que mostram as muitas fotos publicadas tiradas desde a EEI e que mostram outras paisagens do nosso planeta, sob o ponto de vista de quem está em órbita da Terra! Um show extra!

https://www.flickr.com/photos/nasa2explore http://spaceflight.nasa.gov/gallery/images/station 


Nos vemos, nos lemos!