sexta-feira, 22 de maio de 2015

Farinha do mesmo saco !



Quando se tem menos visão do mundo, criamos ideias sobre pessoas e situações que fogem ao nosso cotidiano. Isso não quer dizer que eu tenha a melhor visão, mas ela está melhor que 20 anos atrás e vai ficar melhor ainda nos próximos 20, oxalá! 
Sem qualquer sentimento de inferioridade, pensamos que aquela pessoa é diferente, que vive de maneira distinta da nossa e que não faz o que fazemos. Que nada! 
Partindo do princípio básico que somos seres humanos, fomos gerados, gestados, nascemos, aprendemos a andar sozinho, falar, expressar sentimentos, desenvolver e, para isso, usamos de todas as possibilidades físicas e psíquicas para tal, dentro de uma regra generalizada para não alongar o assunto. Aprendemos a lidar com algumas dificuldades, precisamos basicamente de alimentos, de água, dormir, e processar toda fisiologia necessária num ciclo ininterrupto. A carcaça e a funcionalidade são as mesmas, adaptadas ao meio em que se vive e com traços genéticos que nos identificam como pertencentes a uma linhagem, uma ascendência, fatores que nos conectam a um grupo, uma sucessão de elos intermináveis e que se permitem mesclar com outros grupos oriundos de outras linhagens, ascendência, etc. Portanto, somos todos iguais, somos todos carbono.
E a inteligência humana é tão fantástica que permite que os povos se conectem sem grandes problemas, quando alguma dificuldade pode ser algo estimulante. Tentar contato com um ser humano do outro lado do mundo, usando um terceiro idioma para conversar, entender culturas e tradições, respeitar a visão do outro, buscar conhecer um novíssimo ponto de vista é enriquecedor, transformador e possível.
Por isso que, certas pessoas, destacam-se dos grupos em que vivem, seja pela defesa de um ideal comum, pela posição e postura profissional que ocupa, pela representatividade de um grupo ou nação, por fazer algo distinto dos demais, por fazer algo comum a um grande grupo, por ações e atitudes particulares de notoriedade, pelos exemplos e por uma infinidade de ações boas ou ruins que as destacam. Sim, a maldade é inerente ao ser humano.
Mesmo que a aparência, o nível social, financeiro, o conhecimento, o idioma, a religiosidade, a sexualidade, filosofias de vida entre outros aspectos nos separem, somos semelhantes, somos seres vivos, que nascem, vivem e morrem. Os demais adjetivos, chamemos assim, podem ser mudados, adquiridos, exercitados, extintos ou conjugados, permitindo a mudança. 
Nos anos 80 havia uma canção inglesa estilo new wave que dizia: “...eu sou somente humano, de carne e sangue. Humano, nascido para cometer erros....” e a música falava dessa desigualdade, de uma não cobrança, até mesmo porque os pequenos grupos surgidos na época em todo o mundo sofriam algum preconceito, com suas roupas extravagantes, cortes de cabelo, maquiagem, piercings, condutas diferente dos padrões impostos na época e mostravam que tinham capacidade de falar de igual pra igual, de se fazerem presentes, com conteúdo e uma visão crítica dessa forma errada de ver as pessoas na sociedade, assim  como muitas outras bandas nacionais e estrangeiras fizeram e mudaram o comportamento e algumas visões. Isso sem citar outras grandes criações artísticas que colaboraram para muitas reflexões.
Somos 7 bilhões de indivíduos, cada um igual a si próprio apenas, portanto eu e você não somos diferentes de ninguém, nem do Papa, nem do Primeiro Ministro da Islândia, nem do caboman daquela emissora de tv pequena do interior, nem do homem que pisou na Lua ou mesmo do possível bebê que esteja sendo gerado agora em alguma barriga brasileira, turca, mexicana ou bósnia, nem do serial killer, do pivete de rua ou qualquer outro cidadão terráqueo, que fique bem claro!
Pensar no diferente, tudo bem! Agir como tal, nem pensar!
Nos vemos, nos lemos!



*imagem: Google superpopulação mundial clickaki

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Boa comida!



Quando se fala em alimento integral, imediatamente, vem a cabeça de muita gente a comida sem gosto ou comida de dieta. E não é bem assim. A integralidade dos alimentos está no aproveitamento total do item a ser consumido e na utilização de produtos o mais próximo do natural possível. Por isso, o arroz integral é o primeiro item lembrado quando se fala de comida integral. Esse arroz é considerado integral porque não é processado, polido, lavado como o arroz comum que conhecemos. Esse processo de refino tira do produto boa parte de sua qualidade proteica, do amido e de outras substâncias saudáveis. O mesmo acontece com o açúcar, o sal e grãos em geral. A vida moderna e prática exige que os alimentos sejam rápidos em seu preparo e esse refinamento apronta esses produtos para esse fim. Isso gera a ingestão de comida e bebida com baixo teor de vitaminas e proteínas, além da falta de muitas substâncias essenciais ao pleno desenvolvimento humano e é sabido que esses alimentos recebem altas doses de pesticidas em seu cultivo, e depois conservantes e outras substâncias que prolongam sua vida útil quando industrializados e, claro, nada contribuem para uma organismo saudável. Ainda mais se compararmos a quantidade ingerida e a associação entre um e outro. Isso sem contar o descarte e o desperdício.

O desperdício já começa na escolha de produtos aparentemente perfeitos, sem manchas, pequenos machucados, coloração levemente diferente e na não utilização de algumas cascas, talos, folhas e sementes de hortaliças e frutas quando do preparo, ou seja, alimentos não consumidos em sua integralidade. As frutas, cada vez menos consumidas in natura e substituídas por refrigerantes, bebidas industrializadas repletas de açúcar e sal muito além das cotas consideradas saudáveis (será?) para consumo humano e suas consequências: Obesidade e outras doenças sérias relacionadas à ingestão desses produtos.
Antigos falam que a triste experiência da guerra os obrigou a aproveitar o que tinham em mãos para produzir alimentos e isso está fortemente enraizado em muitas culturas de muitos países que passaram por esse trauma e em outros onde as condições naturais não permitem o cultivo e plantio desses gêneros. Esses povos desenvolveram táticas de sobrevivência em que o desperdício nem faz parte do vocabulário. As nações mais jovens, ao contrário, com terreno mais fértil não tem esse hábito e são os que mais desperdiçam, incluindo nosso país, que tem muito programa social para suprir famílias carentes de itens básicos.  
Por outro lado, a vida na cidade, a correria, não permitem adotar alguns procedimentos saudáveis em relação à alimentação. Nem todo mundo tem disponibilidade, prática , vontade, espaço para cultivar pequenas hortaliças e ou temperos em casa, de dispor um sistema de descarte correto de resíduos, tempo de preparo ou mesmo conhecimento básico de manuseio e manipulação de alimentos.

Muito se fala e se divulga de adoção de pequenas medidas para tentar transformar a alimentação em algo mais saudável e prazeroso como, por exemplo: aproveitar talos e folhas de legumes e frutas para caldos, sucos, sopas, no uso de cozimento de outros alimentos, refogados e o que mais a culinária permitir. Substituir alimentos processados pelos mesmos, porém de maneira mais natural, utilizar mais frutas como forma de sobremesa, sucos e vitaminas verdadeiramente naturais e até mesmo remédios caseiros.

É uma excelente filosofia a ser seguida e um bom hábito a ser mudado em prol do bem estar próprio e de toda a família. Possibilidades existem muitas e vários programas de TV ensinam basicamente o uso de alimentos para esse fim, ajudando aqueles que sofrem com intolerância e ou alergia a determinados alimentos. A mudança não precisa ser radical e pode ser feita adotando aos poucos uma ou outra opção de melhor alimentação. Substituir frituras por assados, refrigerantes por sucos ou chás gelados, trocar o doce industrializado por fruta, alternar o consumo de carnes vermelhas com carnes brancas,  peixes, ovos, substituir a farinha  de trigo em receitas que permitam sua troca com a finalidade de uma saúde melhor, experimentar mais saladas e outros refogados de legumes e verduras. Enfim, penso que toda essa experiência e, quem sabem adoção desse conceito, valha a pena, pois saúde é o que interessa!
Nos vemos, nos lemos!

* imagem: foto nutrição do site www.nadafragil.com.br / Google Imagens

sexta-feira, 15 de maio de 2015

O que que o baiano tem???

Dorival Caymmi (1914 -2008) não só cantou a Bahia como também a representou em ilustrações que podem ser vistas pelo público na exposição "Aos olhos de Caymmi - Exposição de Canções Ilustradas", no Salão de Atos do  Memorial da América Latina, em São Paulo (estação Barra Funda do metrô).

São ilustrações que representam a baiana, o mar, as festas populares e tudo mais que ele cantou e encantou durante sua longa trajetória na MPB, além de vídeos e outros desenhos pertencentes ao acervo da família.
Caymmi, inspirado pelo hábitos e costumes do povo baiano, criou uma maneira, uma linguagem própria de cantar, espontânea, melódica e única. Seu estilo praieiro, sua bossa, desde os 20 anos de idade, abriram portas nas rádios da época para seu reconhecimento nacional até que a gravação do sucesso "O Que Que A Baiana Tem?",  por Carmem Miranda, além de lançar internacionalmente a atriz/cantora lusa baiana, reforça a MPB dentro e fora do país.
A inspiração de Caymmi pela música, costumes e tradição  dos negros baianos, ajuda a fortalecer, de maneira sútil, a identidade cultural brasileira que é formada pela mescla de outras culturas.
Até dia14 de junho, das 09h às 18h - Entrada Franca.

Nos vemos, nos lemos!



*imagens: obras de Caymmi, divulgação www.guia.folha.uol.com.br

Cenas do Brasil!

Acontece no Rio de Janeiro, a exposição “A Muito Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, que reúne obras  João Francisco Muzzi, Jean Baptiste Debret, Marc Ferrez e outros.  
Jean Baptiste Debret, pintor, desenhista e professor francês, foi integrante da Missão Artística Francesa que aportou no Brasil em meados de 1816, quando a corte instalada em sua nova cidade sede, fugida dos ataques de Napoleão Bonaparte, propunha um “banho de civilidade” para a nova cidade sede, o Rio de Janeiro, adotando e copiando o estilo das cortes francesas da época, como sendo o exemplo de refinamento e comportamento a ser seguido. 
Retratou o funeral de Dona Maria I e com fácil penetração na lata roda social, retratou eventos da corte e cenas cotidianas da então nova sede da corte de Dom João VI e posteriormente viajou pelo Brasil da época, retratando os tipos, os costumes, peculiaridades, religião e as paisagens da terra brasilis, até então mitificada pelos europeus, fazendo um registro iconográfico de relevância para a época. 
Publicou depois, já de volta à França, um almanaque intitulado “Viagens Pitorescas e Histórica do Brasil” com desenhos acompanhados de textos, fazendo com que a obra também seja considerada um registro historiográfico do país. 
Como o cenário era o dia-a-dia do brasileiro da época, é comum ver nas obras de Debret a mão de obra escrava seja nas pequenas cidades, nas fazendas, lavouras, nos mercados de negros (principalmente no Rio de Janeiro da época), os maltratos por esses recebidos, cenas cotidianas do almoço, amamentação, escravas lavando roupas, os muitos povos indígenas que estavam sempre muito próximos das pequenas cidades em formação, tudo registrado com a visão e tendência artística do autor, marcantes na época, às vezes distantes da realidade retratada, mas sem perder o poder de registro histórico daquele Brasil, revelando uma intimidade com o país no qual viveu durante 15 anos. 
No Centro Cultural Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, Rua Visconde de Itaboraí, 20, de domingo a terça, das 12h às 19h, de 14 de maio a 12 de junho, também com entrada gratuita.


*imagem: reprodução "Negra tatuada vendendo cajus - 1827"

Giramundo!

International Space Station after undocking of STS-132.jpg
Já imaginou dar quase 16 voltas completas ao redor da Terra ao longo do dia , a uma velocidade média de 27.700 km/hora, a uma altura média de 350 km do solo de e poder assistir mais de uma dúzia de nascer e pôr do sol, além passar por cima dos oceanos mares , lagos, rios, cordilheiras, desertos, florestas, campos vazios e megalópoles superpovoadas de diversos países?
Para quem está aqui embaixo, como nós, isso só é possível se tivermos habilidades dos nossos super-heróis, mas não para os seletos astronautas que trabalham na Estação Espacial Internacional, a ISS - International Space Station, laboratório espacial construído através de um consórcio de 15 países e coordenado pelas agências espaciais americana, russa, europeia, canadense e japonesa. A estação é atendida por missões dessas agências com intuito de fornecer suprimentos de manutenção bem como troca de tripulação e até mesmo visitas técnicas de astronautas em missões colaboradoras.
Apesar de muita crítica em volta da construção de uma estação espacial internacional sem ainda resolver muitas mazelas aqui debaixo, muitas pesquisas são realizadas com intuito de melhorar a qualidade de vida dos humanos e também estender um olhar para o espaço e seus estudos, sob um ponto de vista diferente, com experimentos livres de algumas influências e sob efeitos de outras, de uma maneira mais generalizada. Uma delas é a influência desse ambiente sobre a os seres humanos na promoção futura de viagens interplanetárias mais longas.
Foram necessárias dezenas de missões, tripuladas ou não, em um pouco mais de uma década, para finalização de construção da estação, que permitiu ao Homem um outro avanço para sua conclusão: a caminhada no espaço! A própria manutenção da estação já é digna de pura ficção científica dos filmes como: geração da própria energia captada pela luz solar através de painéis, distribuição dessa energia, pressurização, fornecimento de oxigênio, utilização e reutilização de água, extinção de incêndios, controle de pressão atmosférica, controles mecânicos de orientação e direção da estação, controle de altitude, sistema de comunicação e o mais incrível de todos que é a o controle de acoplagem e desacoplagem de foguetes e módulos espaciais vindos da Terra.
Toda essa engenhosidade e tecnologia com uma vista super privilegiada da janela, o planeta azul a seus pés, no limite com o espaço sideral. Fantasioso, porém real apara alguns poucos turistas milionários que podem arcar com uma generosa despesa extra e condições físicas que permitam tal viagem, bem diferente das primeiras classes conhecidas. Quem sabe um dia??? Ou quem sabe pegar carona na cauda de um cometa e ver a Via Láctea? Ou mesmo contentar-se em poder ver, daqui debaixo, a EEI cruzar rapidamente os céus em dias de boa visibilidade. 
Vale a pena uma visita aos sites que mostram as muitas fotos publicadas tiradas desde a EEI e que mostram outras paisagens do nosso planeta, sob o ponto de vista de quem está em órbita da Terra! Um show extra!

https://www.flickr.com/photos/nasa2explore http://spaceflight.nasa.gov/gallery/images/station 


Nos vemos, nos lemos!


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Cores !

Li um artigo sobre como as cores interferem no nosso dia-a-dia. 
Curioso é que a cor não existe. Incrível isso, não? Você pode até pegar sua camiseta (seja azul, amarela, verde ou vermelha) e dizer que a cor existe e que você está vendo, não é?
Os especialistas dizem que não! Cor não existe fisicamente. 
O que vemos são o que nossos olhos e cérebro interpretam da luz refletida nos objetos. Maluco pensar isso!

Enxergamos todas as cores! O que define a cor é aquela que reflete em determinado objeto e que são “traduzidas” pelo nosso cérebro como sendo vermelho, verde, roxo, etc. A luz bate no objeto e devolve uma determinada cor, em fração de milionésimos de segundos, instantaneamente. 
A percepção das cores é feita por células receptoras da retina e codificadas pelo cérebro onde se processam as informações luminosas.
O artigo também fala que o arco íris não tem apenas sete cores. Do nosso ponto de vista, a partir do chão, é que detectamos as sete cores quando a luz solar atravessa as gotículas de água presentes no ar.
Seria essa condição que nos prende num mundo mais simples? 
Percebemos a luz, mas não podemos pegá-la, se compararmos a outros animais teremos algumas desvantagens no quesito percepção, enxergar em ultravioleta, enxergar pelo calor. A velocidade da luz é uma grandeza tão extraordinária que é usada para calcular enormes distâncias, daquelas que não cabem no visor de uma calculadora.  
O que se pode ver de fato? Qual é esse outro olhar? Para onde vai a luz, quando a escuridão se faz presente? Se luz não é física, podemos afirmar que o preto é, de fato, ausência total de cores e que o branco é a mistura de todas elas? Sob uma visão de ficção científica, podemos dizer que o conhecimento da luz é que abre possibilidades de novas interpretações daquilo que nos rodeia e que pressupõe outras formas de ver e viver o mundo? 
O que não estamos enxergando?

Nos vemos, nos lemos!



imagem Freepic Papel-de-Parede-Olho-Colorido-Colecao-das-Cores_1680x1050

Faz bem ou faz mal?

O que faz mal ou o que faz bem? Sazonalmente somos informados do “vilão” da vez em matéria de alimentos. Já disseram que café faz mal, agora faz bem. Já disseram que a dieta “X” ou “Y” é excelente, porém outros estudos apontam que ela não pode ser a única fonte de alimentos, pois enfraqueceria o sistema imunológico. Tomate, ovo, azeite, sal, água, fibras, produtos crus, peixe, carnes, massas e muitos outros alimentos já tiveram seus dias de glória e demérito. Dietas cruas, de carboidratos, de fibras, verde, líquida, detox e mais outro tanto de dietas estão aí para tentar mostrar uma maneira de se manter bem com a alimentação adequada.
Basta uma olhada em revistas nas bancas de jornais ou atenção em merchandising de programas vespertinos que você vai logo perceber que os produtos top de vendas são emagrecedores e outras poções mágicas para acabar com celulite, gorduras extras, para desintoxicar o organismo, para fortalecer o sistema imunológico ou a flora intestinal. Muitas revistas casam informações nutricionais com série de exercícios para manter a boa forma. Os mais aficionados ainda utilizam de substâncias que aceleram o metabolismo para queimar gorduras, ou tomam termogênicos, ou proteína do soro do leite ou albumina pura ou mesmo creatina ou tudo junto mesmo sem pensar em possíveis reações. Isso sem falar em quem usa e abusa de hormônios e outras substâncias mais diretamente nocivas, tudo em busca de uma perfeição. Muda-se o quadro. Passamos de pessoas que apenas querem o bem-estar para aquelas que são obcecadas pela boa forma. Obsessão é sim doença! Dias atrás as tvs mostraram um rapaz que, para buscar a perfeita forma, aplicou substâncias altamente tóxicas nos músculos e que corria o risco de ter parte do membro amputado tamanha gravidade das lesões. Outros também ganharam notoriedade na mídia por terem exposto seus corpos a outros produtos tóxicos com forma de atingir a plenitude física. São capazes de tomar doses absurdas de anabolizantes ou mesmo injetar óleos minerais e outras substâncias que, naturalmente, não pertencem ao corpo humano, criando reações diversas.
Muitos dos praticantes de musculação ou outra atividade física adotam alimentação padrão com muito uso de clara de ovo, batata doce, carboidrato, bananas, hidratação adequada, aveias e outros suplementos alimentares menos nocivos com uso de forma assistida por médicos especialistas , associada à uma dieta sem açúcar e refrigerantes (os principais vilões) e com ingestão de peixes, carnes magras, saladas, produtos integrais e outros mais saudáveis. Esse equilíbrio e essa forma comedida de associar treino e alimentação é que refletem em um corpo com boa estrutura óssea e muscular, maior resistência, melhor elasticidade e viço da pele, cabelos, unhas, etc.
São modismos, como a atual forma do Dad Bod, corpo do papai, tido como ideal para as norte-americanas, um corpo nem gordinho, nem sarado. Outro modismo que durou muito tempo foram as já proibidas imagens anoréxicas de modelos e uma infinidade de formatos como os barbies, os ursos, os falsos magros, barriga tanquinho, barriga negativa, supercoxas, etc.
Os estudos contínuos sempre vão eleger esse ou aquele produto como sendo o vilão da vez, gerando uma infinidade de questionamentos e discussões sobre consumir ou não. O bom senso é a arma de sempre, seja na discussão de temas acima, seja na associação de uma dieta mais adequada ao organismo e ao ritmo de vida de cada um, seja numa feliz combinação de alimentos saudáveis e práticas de exercício conjugados com uma vida mais regrada com tempo mínimo de sono, boa hidratação, sem vícios e, quem sabe, uma pequena taça de vinho tinto diariamente.
Saúde é o que interessa e o que importa é sentir-se bem! Nos vemos, nos lemos!





Imagens: Google!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Estrela cadente!


Essa semana fomos tomados pela notícia de um evento inesperado e, que mais uma vez, mexe com o medo do desconhecido.
O fracasso da missão russa de envio de uma nave com mantimentos e equipamentos para tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS), direcionou a nave Progress numa rota de colisão com a Terra. 
Desde a conquista do espaço, a criação de satélites militares e civis para serviços das telecomunicações e outras atividades, tem povoado a nossa estratosfera e gerado muito lixo espacial, propícios e serem atraídos pela gravidade do planeta e caírem do céu. 
São satélites desativados, danificados, pequenos fragmentos e até objetos perdidos pelos astronautas quando de missões das agências espaciais de diversos países, incluindo o Brasil.  
Não é a primeira vez, quem não se lembra do SkyLab ou das explosões da Columbia e da Challenger?
É sabido que toda matéria sólida que é atraída pela gravidade cai, sofre o atrito das camadas da atmosfera, fazendo com que se queimem até a desintegração total. Porém, nem sempre é assim, alguns objetos de maior tamanho e massa podem sofrem muitos danos nessa reentrada na atmosfera e ainda assim chegam ao solo, causando algum dano sério devido à velocidade.
Os planetas são bombardeados diariamente com fragmentos de rochas que voam pelo espaço. São destroços de cometas e material rochoso de asteroides, formando meteoros e meteoritos.
O sistema solar possui em sua órbita um cinturão de asteroides (região de Júpiter) recheado de rochas de diversos tamanhos que podem ser atropeladas por cometas e esse jogo de bilhar pode direcionar uma dessas rochas ou o fragmento dessa colisão em direção à Terra. O asteroide nessa fase vira meteoroide que quando entra na atmosfera é aquecido pelo atrito riscando o céu, daí recebe o nome de meteoro. O que restar desse meteoro e atingir o chão é que se chama meteorito.
Temos diversos relatos na história do resultado desses acidentes como: O meteorito que causou a extinção dos dinossauros e foi um marco na escala de evolução de seres vivos (animais e plantas) na superfície do planeta, o meteorito que provocou o surgimento da enorme cratera de Barringer no estado do Arizona nos EUA, a cratera de Deep Bay no Canadá, Oásis na Líbia, Serra da Cangalha no Brasil e outras no Chile, Rússia, Austrália, Romênia, Finlândia, etc. Os mais recentes foram registrado pelo Homem, como o meteoro (não atingiu o chão) de Cheliabinsk, mas sua força de explosão e ondas de choque causaram danos sobre a cidade russa em 2013 e outros relatos menores de eventos em outros países. Esses corpos celestes quando em atrito com a atmosfera produzem explosões equivalentes ou superiores às bombas atômicas (parâmetro que se usa para o calcular a potência de explosão e destruição).
Quanto aos objetos que orbitam a Terra, um cemitério de lixo espacial, a escala de destruição é proporcional ao tamanho se comparada aos meteoros, mas com poder de causar danos. Era esperado que a Progress não se desintegrasse totalmente quando caísse e sua rota de colisão era monitorada, pois o foguete estava desgovernado girando em torno do próprio eixo, podendo fugir de uma rota pré estabelecida. Por sorte, 1/3 do planeta e coberto por oceanos e ainda temos grandes áreas desabitadas como os pólos, os desertos, as florestas e cordilheiras. Mas também temos metrópoles, áreas densamente povoadas, milhões de pessoas na linha de colisão. A Progress desintegrou-se completamente sobre o Oceano Pacífico e chegou a ser visível da Terra, gerando muita expectativa, curiosidade e até alguma preocupação, exceto  por parte da Roskosmos (agência espacial russa), além de prejuízo de quase 500 milhões de euros. 
Apesar disso, os projetos de exploração espacial continuam na pauta de muitos países.

Cientistas afirmam que não estamos livres de um evento desses, seja o encontro com um artefato produzido pelo Homem ou seja o encontro com corpos celestes que vagam pelo espaço e que cruzam com nossa órbita. 
O que tiver de ser, será! "Vida longa e próspera", diria Spok! 
Enquanto isso, ficamos extasiados diante do que chamamos de estrelas cadentes ou das chuvas de meteoros que fazem um show à parte nos céus vez em quando e que são visíveis a olho nu. Precisamos olhar mais e contemplar o firmamento!
Nos vemos, nos lemos !


*imagem: Googel imagens - Uol notícias - imagem da nave Progress

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mesa de bar

Mesa de bar é lugar para tudo, ou quase tudo, que é papo da vida rolar, já diz a canção interpretada por Alcione. Dias atrás pude ver como este ato está intrinsecamente inserido no nosso cotidiano. Independentemente do tamanho ou estilo do barzinho, choperia, boteco, padoca, sujinho, armazém, loja de conveniência, seja lá o nome que o local receba, é visível a frequência de grupos de amigos, famílias, casais, grupos mistos, pessoas sozinhas, gente nova  ou mais velhos ao redor de uma mesa ao som de uma (nem sempre) boa música, com boa comida e uma bebida para acompanhar. Muitas vezes um violão se faz presente!
Local onde se faz amigos, quando muita gente boa passa a se conhecer, onde acontecem flertes e paqueras, onde se amplia os laços de boa convivência, onde também se afoga mágoas e dor de cotovelo.
Deixo de lado aqueles que têm na bebida o único motivo para sair de casa e que ostentam pirâmides de latas ou garrafas de cerveja como trunfo, como se sair fosse uma competição para beber, apenas beber, sem nenhum outro motivo.
Esse encontro, o clima, a comida e a bebida destravam o cérebro e boca de muita gente que extravasa sentimentos, pressões, amarguras, segredos ou que enxergam um bom momento para resolver problemas, tirar dúvidas, falar algumas verdades, falar de futebol, política,  finanças, fantasias, realidade,  revelar paixões, expor situações, como se cada mesa fosse um núcleo único onde toda essa conversa ganha uma permissão especial para acontecer. Basicamente, a intenção é desestressar. Encontros, happy hour, esquenta, comemorações ou simplesmente passar o tempo. 
Como moramos em um país tropical, com noites de clima quente ou ameno, a preferência nacional direciona para a cerveja, bebida consumida largamente em 99,9% desses locais - arrisco-me a dizer. Sem contar vinhos, destilados, batidas, sucos e refrigerantes. Dentro ou fora do boteco, na calçada, a beira-mar, na esquina, varanda, sobrado ou outra boa invenção para acomodar toda essa gente que compartilha de um barzinho.
Desconsidero aqui também as reuniões familiares, falo apenas dos encontros nesses locais específicos.
Donos de bares inventam sempre um fator que segure o público para que possam faturar. São comidas especiais, variedade de cardápio e de bebidas para os mais variados gostos. Refeições e petiscos e muita criatividade na hora de ganhar o cliente. Alguns proporcionam boa música ao vivo, telões para os campeonatos esportivos ou atrações de porte nacional ou internacional, shows, sketches, stand-ups, atrações culturais, saraus, micro exposições, uma gama de atividades com a proposta de manter o público nos estabelecimentos.
A diversidade acontece nesses locais, os mais atentos podem até fazer levantamentos sociológicos, filosóficos (quem nunca discutiu uma filosofia de boteco?) e mesmo antropológico desse cenário. O Homem, mais uma vez, confirma sua condição de ser social, da necessidade da troca, da conversa, de falar e ouvir opiniões sobre um ponto de vista diferente ou de generalidades, mesmo que sejam as banalidades do dia a dia. Considero aqui moderações sem excessos. Excessos acontecem muito, destravam a boca e o comportamento de algumas pessoas. Em casos extremos chegando às raias de alguma violência ou mesmo em tragédias.
Que esses locais permitam tais encontros, que sejam livres, sem preconceito, onde se fala de tudo, que sejamos ouvintes, juízes, cúmplices, expectadores, que sejamos mais um, que aprendamos a rir e saber ouvir outras formas de opinião, enxergar ou experimentar outros pontos de vista, que tenhamos prazer de desfrutar disso. Que essas oportunidades de convívio nunca acabem.

Hei comandante, capitão, tio, brother, camarada, chefia, amigão, desce mais uma rodada e traz a conta, por favor!


*imagem: Google - mesa de bar.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Trabalho



Entendo que toda e qualquer atividade realizada pelo Homem para criar, transformar, desenvolver, promover algo ou uma ideia, seja considerada trabalho.  O dia de hoje celebra o Trabalho do Homem. Trabalho que permite que uma complexa engrenagem se mova e se mantenha. Parabéns aos trabalhadores, sem distinção: beneditino, braçal, de cão, acadêmico, intelectual, artístico, musical, corporal, que cuida, de Hércules, de parto, de sísifo (eles existem), infantil, ingrato, insalubre, livre, virtual. Para aqueles que lidam com o improvável ou com o específico. Ao trabalho individual e ao de equipe. Empírico ou de muita formação. Físico e espiritual.  Não importa o horário ou a carga horária. Diurno ou noturno, direto ou em fases, com ou sem escala.  Em especial aos trabalhos de formação do indivíduo.
“...e sem o seu trabalho, o Homem não tem honra. E sem a sua honra, se morre, se mata....”    (trecho da música: Guerreiro Menino de Fagner)

*imagem: Charles Chaplin - Tempos Modernos