quinta-feira, 30 de abril de 2015

Hã? Quem? Quando? O quê? Vitrooooola!

Resultado de imagem para telefone sem fio de copo imagem livreMuita coisa acontecendo no mundão! De um lado, coisas corriqueiras, assuntos de folhetins e jornais, alimentando uma mídia ávida por informações e, sejamos sinceros, algumas matérias que não enchem nem linguiça de vento. Por outro lado, informações relevantes, importantes e bem informativas no melhor estilo Titãs “Tudo Ao Mesmo Tempo Agora”.  Volto a lembrar que estamos numa esteira veloz de informação sobre informação (independente do grau de relevância e importância), graças aos avanços tecnológicos criado pelo Homem, que usa o lado bom do cérebro para tal. 
A velocidade de processamento é que atropela em muito a compreensão dos fatos, pois as informações se sobrepõem com atualizações enquanto a primeira ainda está sendo digerida e repassada boca a boca, causando um engavetamento de ideias e proporcionando um aumento em escala geométrica de confusões e contradições. Em época de comunicação rápida, a confusão gerada é igual ao telefone sem fio, quem conta um conto, aumenta um ponto. 
As avaliações técnicas daquilo que nos rodeia ganham destaque, seja na explicação infinita de gol anulado ou de um impedimento de um jogo de várzea qualquer, até mesmo a explicação complicada de um fenômeno natural que causa danos e mortes. Mais as explanações dessas explicações em que buscam uma didática que fale uma linguagem de massa. Há, em certos aspectos, um excesso de zelo. Há quem faça dessas informações uma tempestade em gota d´água, há quem não dê a mínima importância, enfim, há de tudo e um pouco mais. Não são as coisas que estão aumentando e sim o relato sobre elas. Num mundo com quase 7 bilhões de indivíduos o resultado é esperado.
Percebo também que está havendo uma maior publicidade em torno de patrulhamentos ideológicos, alguns nem tão lógicos assim. O ser humano bate no peito com orgulho de estar vivendo em pleno século XXI e adota posturas e alimenta discussões de assuntos com pensamentos retrógrados. 
Um dos mais absurdos foi que tiveram que fazer uma lei permitindo a amamentação de crianças em espaços públicos. Amamentação que é um ato fundamental para manutenção de vida no planeta desde o surgimento do ser humano. Até mesmo Lucy* ficaria ruborizada com tal atitude (*o primeiro ancestral do Homem marcado como sendo mais antigo que Adão e Eva – partindo de um pressuposto que o casal do paraíso foi o prefácio da Bíblia, o marco de um início). Sem ser puritano, é ridículo pensar que uma mãe amamentando um filho seja tão imoral ou aflore pensamentos outros com mais intensidade que bundas rebolativas de dançarinas de axé e funk ou que alguém sadio possa sentir desejo num gesto tão primitivo e inocente.
Outro ponto observado é mais polêmico porque mexe com a intimidade de cada um e a maneira como cada qual manifesta sua sexualidade. Ainda é mais fácil tolerar a violência que as manifestações de carinho. Digere-se melhor ver a agonia de vítimas de balas perdidas, descaso de saúde pública, enchentes, etc. a ver, mesmo que num folhetim, demonstração de carinho de casais do mesmo sexo. Pode dar tiro, mas não pode dar beijo! Muito esquizofrênica essa relação. E por aí vai......
Continuamos no século XXI, ainda macacos, com passos de formiga e sem vontade querendo compreender a metafísica da nossa existência!


Nos vemos, nos lemos (ou então um robô lê e desenha prá nós)!


*imagem free: telefone sem fio Google

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Notícias

Algumas notícias dessa semana que permaneceram mais de um dia na mídia:



- O alemão que injetou silicone no pênis, tornando portador de um membro descomunal e pesado. A Folha de São Paulo publicou uma matéria e um vídeo de uma entrevista com Sr. Micha. Percebe-se alguma polêmica quanto ao método e procedimentos usados, desde injeções de solução salina (ui) até injeções de silicone com resultado permanente. Urologistas contra, é claro! A entrevista tem trechos que passam numa feira sadomasoquista fetichista em que o entrevistado é único e abordado por vários curiosos.

- A febre do aplicativo Dubsmash, que permite gravar trechos de dublagem de vários tipos de sons. Uma pagação de mico ou de orangotango. O aplicativo foi o mais baixado no mundo e teve como líder de downloads o nosso Brasil il il il il. Gerou tanto haters quanto curtidores. Você encara?

- Desde março, temos acompanhado diversas manifestações públicas pelo país. Detalhe comum a todas que diz respeito ao número de participantes divulgados. Afinal, quem faz a contagem correta? Como num evento que ocupa toda a avenida Paulista, por exemplo, pode ter 100 mil pessoas para um órgão e 300 mil para outros? Como se divulga oficialmente com números tão distintos? Fica parecendo divulgação de intenção de voto em época de eleição, com “X %” de votos considerando margem de erro de pontos percentuais para mais e para menos. Pior será quando divulgarem que tal passeata concentrou entre 1000 e 1 milhão de participantes.

- Um enxame de abelha apareceu de repente num poste de iluminação e propaganda de uma lanchonete de uma rua central da cidade. Segundo a Defesa Civil, eram abelhas transitórias que abandonariam o local em no máximo 02 dias. E não é que hoje o local não tinha mais nada!!! De fato as abelhas, espécie que está entrando em extinção devido às várias formas de poluição causadas pelo Homem, já havia abandonado o local hoje pela manhã. Foram por livre espontânea vontade (e instinto, claro).

- CPIs continuam, cada mergulho é um flash. O ventilador não aguentam mais tanta M... jogada.

- Banco Central lança moedas de R$1,00 alusivas aos Jogos Olímpicos, que acontecerão em 2016 no Rio de Janeiro.


* imagem: Google Imagens ícone para notícias

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vilania!

Vilões ou viloas, vai saber!?! 
Estamos cercados deles por todos os lados. De todas as espécies, formas, cores, sempre prontos a dar o bote e nos pegar de calças curtos, às vezes completamente pelados.
São criaturas que podem agir sozinhas ou em milhões, que podem se reproduzir, se multiplicar de forma geométrica e provocar muito estrago. Geralmente associamos de vilania às coisas ruins, mas penso que aconteçam em maior proporção, daí ficou o estigma.
Generalizando falo de alguns tipos de vilões como: bactérias, germes, vírus, animais, seres humanos, vícios, atitudes que causam algo. As bactérias e vírus com suas infecções, desestabilizando todo uma estrutura corpórea, tirando de combate um ser são, fazendo com que outros agentes do organismo se voltem numa batalha para eliminá-los. Isso leva tempo e gera reações nõ muito agradáveis. Em tempos atualíssimos estamos diante de quadros epidêmicos de dengue, causada pelo aedes aegypti e de uma superbactéria que está por aí rondando e fazendo estragos, ceifando vidas, com uma resistência gigante aos medicamentos. Há correntes que levam a crer que essas bactérias sofreram mutação ou ficaram resistentes devido ao ato de automedicação das pessoas, tornando-as resistentes. No caso do mosquito anteriormente citado, o ritmo acelerado de proliferação e as condições que encontram para seu desenvolvimento com ajuda da não colaboração de pessoas é que tem aumentado o quadro de infestações.
A saúde pública é ferozmente atacada por vilões, sejam mosquitos da dengue, malária e outras enfermidades transmitidas por esses alados pequenos e famintos de sangue, urina de ratos nas enchentes, ataque de animais peçonhentos recorrentes como escorpiões e aranhas, cobras, infestação de pombos que levam à doença como a criptococose e outras severas, locais públicos não muito bem higienizados, aglomerações, comida mal feita, animais domésticos que podem transmitir raiva e toxoplasmose (cães e gatos), uma das grandes vilãs, as formigas, que são grandes responsáveis por muitas infecções, além de outros insetos mais comuns nas cidades. Aí entra o vilão humano que, de um lado não colabora com a limpeza pública e a higiene pessoal e de outro o humano que cria ações públicas que não leva saneamento a toda população, um quadro que associado à miséria e o descaso  é um motor frenético de aumento progressivo dessas mazelas, criando uma corrente ininterrupta de ação e reação. Tais atitudes podem ser encaradas com vício, um péssimo hábito que se adquire quando se vive em sociedades em que as formas de adaptação à condição de vida são estabelecidas ou impostas, por “N”  fatores, um deles, outro vício, o descaso com o bom uso de dinheiro público, desviado aos milhões, de maneira acintosa, por vilões  a quem podemos chamar para sermos mais elegantes.
Atribuímos  vilania a outras ações e comportamentos humanos mais brandos. Dizemos o vilão da obesidade é a oferta de guloseimas, que o vilão do sedentarismo é a facilidade da vida moderna, entre muitos outros. Ainda há aqueles que fazem parte de outro mundo, de outra esfera. Falando em outro mundo; os ataques possíveis de serem sofridos pela Terra por vilões extraterrestres que querem dominar o planeta e manter a vida do planeta invasor às custas dos recursos naturais que são nossos. Super-heróis existem aos quilos e lutam cada qual com seu vilão crônico. Não existe Batman sem Pinguim, Super-Homem sem criptonita, Thor sem Lock, Homem Aranha sem Duende Verde ou Octopus.
O ódio vilão do amor, a raiva vilã da calma, a ansiedade vilã da serenidade, a tristeza vilã da alegria, a insônia vilã do sono, etc, etc, etc....
E assim vai e até criamos vilões para que sejamos altruístas em buscar a cura desse possível mal.


Nos vemos, nos lemos!


* imagem: Googel gettyimages - anjinho e diabinho do facebook

terça-feira, 14 de abril de 2015

"Se eu quiser falar com Deus"

Em uma das noites no núcleo espírita que frequento, o texto e o sermão foram sobre a prece. Essa conexão que fazemos com os seres supremos, com o desconhecido, como agradecimento ou pedido, até mesmo súplica. O nosso falar com essa esfera desconhecida é um dos mistérios religiosos mais usados pelo Homem.  Rezas e orações são proferidas a cada segundo de todos os recantos do mundo. Para quem segue religiões e filosofias cristãs, são embasados nos ensinamentos deixados pela oralidade pelo principal profeta enviado à Terra, o filho de Deus, Jesus Cristo, que ensinou aos seus apóstolos, e demais seguidores, um dos exemplos mais poéticos e próximo da divindade que uma oração possa ter, o Pai Nosso! Uma conversa direta com o Criador! Além de muitos outros ensinamentos de amor ao próximo, de crença, respeito, de caridade, entre tantos.
A oratória, um dos mais belos dons do ser humano, articulação do pensamento que pode expressar tudo aquilo que se sente, que pode dar alguma forma ao abstrato, que faz uma catarse natural de sentimentos que, por vezes, enchem o peito, de alegria ou dor e que precisam ser colocados fora. O direcionamento que se faz ao expressar essas emoções diante do mistério.
Mistério embasado em fé, outro sentimento inexplicável, um acreditar em algo que os olhos não veem, que não se ouve, mas que se percebe, que arrepia, que cala e que muitas vezes se manifesta em um silêncio ensurdecedor, que arrebata, que provoca sensações indecifráveis.
Religiões e filosofias sugerem formas corretas de se fazer uma prece, até mesmo por questões dogmáticas, mas a verdade é passada em uma conexão direta com o divino, em uma forma e linguagem própria, tão pessoal quanto a fé. Estabelece-se um critério nem sempre seguido dada à urgência e necessidade dessa conversa com Deus. Nossas falhas permitem-nos ao atropelo. Muitos seguem alguns padrões estabelecidos de agradecer as graças alcançadas, todas elas: o estar vivo, a saúde, a fé, família, trabalho, entre tantas outras, depois um reconhecimento da pequenez humana diante de Deus, diante de não ser humanamente possível alcançar o que se pede e, por isso, da ajuda divina e, por fim, o(s) pedido(s). Não é uma regra.  O ser humano busca uma lógica, um traçado nesse comportamento. Muitas vezes a prece em silêncio fala mais e mais diretamente. O que de fato importa é a intenção, a verdadeira vontade de que algo mude ou se realize, um desejo espontâneo, real, de encontrar uma solução, um ponto final em alguma questão mais delicada.  Essas intenções verdadeiras é que movem, dentro da esfera humana, a conexão com Deus.
Quando se fala de fé e religião, fala-se de tradição, de pessoas, nações inteiras, fala de História, mas o que “fala” verdadeiramente é o indivíduo no seu encontro pessoal com Deus, uma conversa de filho(a) para Pai, desprovido de qualquer carcaça, cada qual com sua verdade nua, com seu modo de falar, de olhar, de se entregar e se permitir.
Que assim seja!


Se eu quiser falar com deus - LP Luar de Gilberto Gil - lançado em 1981 pela WEA

Gilberto Gil

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos,
 da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar




*imagem: Google imagens "Deus"





sábado, 11 de abril de 2015

".....a tua piscina está cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos..."


Sim, ratos! Repugnantes e endeusados, personagens de desenhos, ícones de fábulas, cobaias ou estimação, pragas urbanas. De vários tamanhos, desde o mais bonitinhos brancos de olhos vermelhos vendidos em pet shops até as quijaras que mais parecem mini capivaras, mas são silvestres. Sinônimo de ladrões, rápidos, silenciosos, do que é mau.

Essa semana, em uma das muitas comissões de inquéritos dos incontáveis esquemas de corrupção que corrompem esse País, numa esquete muito mal ensaiada e representada, uma dessas comissões foi interrompida porque soltaram alguns exemplares de roedores no local, durante mais um interminável bate boca, onde o assunto principal, mais uma vez, é despistado, não revelado, sem a presença maciça e verdadeira da mídia pra mostrar de fato e sem pudores, os nomes daqueles que estão diretamente envolvidos nos esquemas bilionários de roubo do nosso dinheiro.
Imediatamente as redes sociais foram invadidas por memes mostrando ratos enojados com o cenário em que foram colocados ou chocados com a infeliz comparação com as pessoas. Os larápios de colarinho branco, descendentes de marajás e maranis, herdeiros de um DNA nada puro de colonizadores extrativistas que aportaram por aqui, seguidores fieis da lei de Gérson que sofrem de egocentrismo crônico, que pensam que vivem sob uma blindagem, que moram em castelos inatingíveis, separados por pequenos feudos, cada qual com sua bandeira e siglas, são os eternos responsáveis por situações de penúria a que a população é submetida. Falo tanto da população que luta diariamente prá vencer a fome, o descaso, a falta de expectativa, quanto daquela população que também luta prá produzir algum bem que impulsione a nossa máquina. Máquina essa emperrada pela ferrugem e pela sabotagem da corrupção, um câncer metastático que insiste em corroer cada célula desse imenso corpo, já não tão jovem e frágil. E aqueles que têm um mínimo de condição ou de discernimento, em vez de fazer valer o direito que é dado, preferem fazer balbúrdia e açoitar o judas errado, entrar na onda do "política e socialmente correto", para fazer função social em postagens de mídias populares.
Enquanto isso, um novo esquema é descoberto a cada dia, aumentando uma teia infindável de podridão, conglomerando pessoas até então de caráter ilibado, de conduta insuspeitável, independente da bandeira que ostentam em seus "castelos". Vale lembrar que alguns castelos são de cartas de baralho, como se fossem as casas dos frágeis porquinhos assombrados pelo velho e faminto lobo.
A engrenagem está tão emperrada e tão cheia de gambiarra que um conserto seria quase impossível, porém necessário, mesmo que lento e que atinja todas as camadas que suas engrenagens alcançam.
A empáfia é tanta e chega às raias da ignorância, pois o nojo desses pseudo atores e ladrões sem caráter é tanto que não têm coragem de enfrentar ratos de verdade, daqueles com os quais são comparados. Recorrem aos hamsters ou outro criceto mais comum. Até nisso se sentem maiorais, pois não conseguem ou não entenderem a comparação com o mais popular dos roedores. Esse equívoco também precisa ser reparado com ações educadores de todas as esferas, na tentativa de recuperar um indivíduo que valha a pena. Não falo de penas sociais ou prisões domiciliares com tornozeleiras com tecnologia de ponta. Falo da perda do cargo, devolução integral do dinheiro roubado e trabalho para garantir o próprio sustento, seja no cultivo e criação do próprio alimento, na sustentabilidade de seus gastos mínimos, numa revolução de sistema carcereiro.
Por soar utópico voltemos à comparação. Sob um dos aspectos é possível ver uma coerência: A escolha de espécies que representam a repugnância e fragilidade do homem para representarem a si próprios.
O tempo não para!


*imagem: foto de rato do blog pesadooculto.blogspot.com

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Grades!

Não gosto quando vejo casas ou o comércio em geral colocando grades em suas janelas.

Esteticamente feio e socialmente uma vergonha.
A que ponto chegamos?! Reféns de nós mesmo! O ser humano chega a uma condição tão triste e pequena que nos vemos obrigados a cercear o que mais temos de saudável, a liberdade.
A liberdade de ir e vir, o respeito pelo próximo e pelo que é do próximo.
Não lamento apenas pelos bens materiais e também pela condição humana em que o próprio Homem se enfiou, em ser rival de si próprio, de ser inimigo da própria espécie.
Por outro lado, lamento as condições em que muitos humanos vivem e a condição de miséria a que são submetidos. O sufoco e o engasgo dessa condição sub humana é que deflagram uma reação, uma busca de uma pseudo igualdade pela aquisição de bens materiais, como se isso fosse amenizar uma condição mais global.
Friamente, somos todos culpados, por um lado por permitir que tal situação se instale, como se disso realmente dependesse a manutenção de uma tal “sistema” e por outro lado, pela permissão de ser colocado ali, como se fosse um objeto sem valor jogado n fundo de um depósito.
Muitos lutam pela mudança desse cenário, outros não lutam por melhoria ou investimentos em si mesmos, como forma de aprimorar a própria vida, e não digo apenas financeiramente, mas como uma condição de engrandecimento pessoal.
Há culpados dos dois lados da moeda. Temos esse "sistema financeiro" falido desde a concepção.
E como o mundo dá voltas, chega a vez disso acontecer debaixo de nossos narizes e daí, literalmente, batemos a cara na grade.
Como acontece na África do Sul (considerando que já acontece em algumas cidades brasileiras), teremos lojas com grades também em suas portas, que serão acionadas quando "se vai com a cara" do cliente. Uma forma nada velada de preconceito.
Mas, e aí? Continuaremos vítimas de um sistema falido? Continuaremos a mercê daquilo que é tido como conduta errada? Teremos que aceitar passivamente essa condição de prisioneiros da nossa liberdade? Teremos que pedir licença pra nadas nas ruas?
Não vou abrir debate a favor ou contra isso ou aquilo, até mesmo porque não se pode tomar decisões sobre a vida dos outros de maneira leviana.
Mas algo precisa ser feito. Não gosto da aridez que a grade dá às ruas, não gosto da imposição do medo e da exposição da fragilidade. Não gosta dessa queda de braço favorável a um só lado. O lado do trabalho, da honestidade, do retidão, do direito de ir e vir, do direito à gozar da liberdade, esse é o lado certo, sem dúvida.
Que as grades voltem a ser apenas um elemento decorativo!

Nos vemos, nos lemos!



*imagem: Google