sexta-feira, 10 de junho de 2016

Pula a fogueira Iaiá!

Bandeirinhas de Festas Juninas
Se tem uma tradição que tenha um sabor bem marcante, essa é a tradição das festas juninas.
Enraizadas na cultura brasileira, essa festa medieval em louvor aos santos católicos Santo Antônio, São João e São Pedro ainda absorveu elementos europeus e da nossa base indígena em utilização de muitos alimentos usados por nossos antepassados: mandioca, amendoim e milho, principalmente.
Com o passar dos anos e com as transformações que acontecem em festas milenares ao agregar elementos do local onde é praticada, as festas chegaram a padrão de realização de hoje com muita boa comida, roupas coloridas, quadrilha, fogueira. Como se fosse uma festa de casamento realizada na roça com muita música formada por tocadores de violão e sanfona, com dança, boa comida feitas com produtos cultivados nesses locais e bebida feita com variações de vinho e cachaça artesanal, basicamente é o contexto da festa. Realizada em via pública com decoração simples, colorida e com uma grande fogueira para esquentar as noites de inverno. 
A figura do caipira é fortemente marcada como indivíduo simples, que preza a palavra dada, fiel a seus princípios e religiosidade.
Não há quem não comemore, pelo menos, uma dessas festas. Vale lembrar que os santos são padroeiros de muitas cidades do país. Apesar de regionalização e institucionalização da festa em alguns lugares, o básico é mantido e fortalece essa tradição, que é muito difundida nas escolas, bairros, condomínios, clubes, agremiações. 
Evento que se torna uma boa fonte de renda com a gama de possibilidades culinárias que podem ser oferecidas: Bolos, doces, pratos salgados, bebidas, elementos incorporados ao longo do tempo que se tornaram parte do cardápio. Dança coreografada, shows pirotécnicos, música de raiz e até mesmo versões mais modernas são elementos fáceis de se encontrar nessas festas.
A tradição é tão forte que, para atender o calendário de todos os grupos que a realizam, algumas festas se estendem para o mês de julho, sendo chamadas de julinas.
Há quem não considere o termo, pois a festa é uma celebração aos santos referidos e nenhum deles é comemorado em julho.
Há quem considere o termo festa julina e o aceite apenas como menção ao mês de realização do evento.
Há quem comemore como junina sem se importar a data em que se realiza a festa.

Olha pro céu meu amor e veja o balão subindo, o céu estrelado antes da garoa cair, arranja matrimônio e vem dançar forró e pular a fogueira em frente a capelinha de melão.  Se tem cobra, a movimentação espanta. Se o noivo fugir, a polícia pega. Se chover, é passageira. Se a ponte quebrar, a gente continua a festa até o sol raiar. Anarriê e Alavantur!
Nos vemos, nos lemos!