terça-feira, 20 de junho de 2017

um poema!

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a mais velha equação


O resultado de mim

Confesso que não sei expressar essa maravilha de emoções que sinto.
Confesso que se eu somar os meus sentimentos de outras paixões e cometer o erro das comparações, não chego a um resultado.
Confesso que busco equacionar razão e emoção, embora haja função, exista a lei da correspondência.
Confesso que, ao tentar tangenciar a descrição dessa emoção, mergulho num redemoinho quântico de sentimentos elevados a potências ainda não vividas por mim.
Confesso que sua voz é a curva do seno, as mesmas que calculam os terremotos, iguais aos que me abalam intimamente.
Confesso que nosso olhar explica-se por Maxwell, elétrico e magnético e emitem luzes que nem Schrödinger explicaria.
Confesso que me ameniza a alma sentir o calor da sua presença, dos lábios, mãos e corpo, essa força física, me transformando num Fourier, alucinado em explicá-las.
Confesso que não saberia contar o quanto sinto, uma vez que tudo é número.
Confesso que não sou Pitágoras, Platão ou Descartes, apenas um ser humano buscando um denominador comum nessa inequacionável questão do real que sinto!