quinta-feira, 15 de outubro de 2009

NHACA!!!!!!

Dias atrás eu recebi um mail que contava a história do buquê de noiva, com ênfase no seu uso na corte francesa. Sabe prá que? Prá disfarçar o mal cheiro das noivas! Eeeeeeeeeeeca.
Imagina só uma época onde não existia banheiros nos palácios.
Tudo era resolvido em penicos, uns até de cerâmica e louça,quiçá ,importada, chique, mas sujo, imundo.
Devido o frio entre novembro e maio, as pessoas não tomavam banho, não existia chuveiro. Quando os familiares, todos, tomavam banho, era em grandes ocasiões especiais, e o chefe da casa era o primeiro a entrar na tina de água, seguido dos demais familiares (não em conjunto). O coitado do último a se lavar, banhava-se num misto de água suja, gordura derretida, coisas boiando, fios de cabelos e sabe mais o que.
Os grandes banquetes eram oferecidos, imaginem o preparo disso, sem as menores condições de higiene e feitas com alguma antecedência.
Não se escovavam os dentes e os leques eram usados para disfarçar os que estavam cariados e o hálito bafo de onça.
O buquê da noiva era feito de um enorme arranjo de flores para disfarçar o futum da moça.
Nem tenho coragem de escrever aqui o que penso dessa mistura. Tornaria o texto escatológico, mas imaginem a combinação de odores? Axilas, pés, cabelos, boca, genitálias e afins.
Certa vez, não muito longe daqui, visitei o museu da Hera, em Vassouras - RJ. Um casarão colonial da época dos barões do café, já anos a frente da corte francesa, onde o casarão também não tinha banheiro e os nobres da época imitavam os trajes europeus de vestimenta, ou seja, calças, meias, camisas e casacos, alguns de veludo e as mulheres com quilômetros de tecido prás sais, tudo isso temperado com o calor úmido de nossa região. O imenso salão de festa dessa casa tem um piano num canto e muitas cadeiras ao redor da ampla sala, acompanhando o formato da mesma, que tem paredes muito grossas. As reetrâncias existentes são para acesso às janelas.
Era ali, nessas reentrâncias e atrás de cortinas, que os escravos guardavam o urinóis, para que os convidados pudessem escarrar (alguns mascavam fumo), fazer seu número 1 e 2, vomitar (pela comida possivelmente passada) e até mesmo, quem sabe, dependendo da festa, abusar de uma escrava mais jeitosinha e limpar na cortina.
Que nhaca não deveria ser né?
Diz a lenda que os franceses criaram perfumes concentrados como uma maneira de disfarçar o mau cheiro do corpo nas épocas mais frias em que era impossível um banho, pois não havia calefação e um banho quente onde a temperatura ambiente estava abaixo de zero, seria morte na certa.
Por mais que a esposa de Henrique VIII fosse linda, imagine o cheiro da branquela? Será que passavam banha no cabelo prá mantê-los armados? O soldados quando voltavam das guerras é que cometiam mesmo seus atos heróicos ao invadirem as corrutelas e chafurdarem com as meninas de vida fácil. Quando a corte de Dom João VI chegou ao Brasil, devido a infestação de piolhos, as mulheres usavam turbantes com banha para proteger os cabelos, logo imitado pela população como sendo uma maneira de se vestir.
E ainda prá ajudar, na época dos barões, as mães quando dava a luz, cumpriam , religiosamente, o resguardo, com a mesma roupa.
Se fosse possível uma volta no tempo, poderíamos morrer num simples banquete, dependendo do grau de contaminação da comida e da água, ou mesmo não termos estômago prá comer ao mesmo tempo que outros odores pairam no ar.
Agora vamos juntar tudo isso com àquelas pessoas que, por alguma doença, eram impedidas de se levantar da cama e ainda faziam tudo ali o colchão. O mesmo colchão que poderia abrigar piolhos, pulgas e outro insetos que curtam um calorzinho humano básico.
Imaginem nas festas do barão do café, aqueles que passavam mal com o aguardente e vomitavam, atrás da cortina, é claro.
Coitados dos escravos dessa época, isso porque além de limpar toda essa imundice, ainda eram açoitados por serem considerados lentos e ainda "perderem" tempo, banhando-se nos riachos ou por defumar os restos de carne que ganhavam ou mesmo de salgar outros para a conserva, faziam sabão de cinzas e mascavam folhas de hortelã quando acordavam. Eu hein!