quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

pequenino, mas destruidor!

Enquanto o mundo se desdobra em complicadas ações para entender o que acontece lá fora, enquanto se especula o descobrimento de civilizações antigas, enquanto os governos se borram de medo de conflitos nucleares ou químicos, enquanto alardeiam que as explosões solares podem mexer no campo magnético do planeta e alterar tudo, enquanto rotas de prováveis colisões de corpos celestes são estudadas, enquanto o povo se indigna com corrupção, falta de saúde e educação, enquanto nossos rios, mares, floresta e ar sufocam com a poluição, enquanto a raça humana desaprende a viver em sociedade de forma intolerante, racista, preconceituosa, enquanto que se promovem barbáries em todas as áreas, enquanto se incitam conglomerados em ações sem fundamentos, enquanto se preocupam em divulgar falsas notícias e muito mais, um perigo pequeno e real pode por fim e desandar muita coisa no atual quadro evolutivo em que vivemos. Parece que congelamos em nossas ações de conquistas e de luta. Parece que as conquistas do passado passam a não ter mais porquês, como se tivéssemos lido o capítulo anterior e que ele não tem a devida importância. Enquanto gastamos um tempo precioso em tentar combater o invisível, muitas vezes gerado em nossa cabeça ou fruto de uma comoção histérica pública, deixamos de lado os ensinamentos do passado e permitir que antigos problemas ganhem força e venham cumprir essa missão de exterminar, pelo menos, uma boa parte da população, em uma nova movimentação da roda da história da seleção natural. Doenças antes controladas voltam com força total, bactérias e vírus antes debelados ressurgem mais resistentes, mazelas humanas, barbáries, carnificinas, holocausto acontecem quase simultaneamente nos quatro cantos desse mundão. Grupos humanos que fogem da guerra, da fome, da miséria. Famílias e vidas destroçadas, dilaceradas por comando bestiais de líderes político-religiosos. Voltamos uma ou quem sabe duas etapas da escala evolutiva. Resta pouco para comemorarmos a invenção da roda ou o domínio do fogo.
Enquanto isso, de maneira apática, quase sem ação, nos deixamos render pela ação de pequenos mosquitos. Inacreditável! Com a tecnologia e conhecimento do Homem nos dias de hoje, somos pegos de surpresa como se fosse uma novidade. Não dá para entender! Ficamos reféns da multiplicação geométrica desses pequenos animais capazes de transmitir doenças de forma tão rápida quanto sua proliferação na natureza. Enquanto os "enquantos" acima porporcionam tal situaçao. Enquanto grupos sociais não chamam prá si o controle e a ajuda no combate à criação dos mosquitos. Já não temos mais lagartixas, nem sapos, nem aves noturnas que se alimentam desses voadores. Aves comem ração anabolizada, insetos são devastados por pesticidas, anfíbios e peixes estão praticamente extintos longe dos rios  e riachos transformados valetas. Áreas naturalmente alagáveis se enchem de esgoto e material orgânico propício ao desenvolvimento das larvas em mosquito. Indivíduos que não enxergam o problema de forma coletiva e não se veem na obrigação de ajudar ou, pelo menos, fazer sua parte. Apenas nos envenenamos mais , de forma individual, com repelentes e outras panaceias químicas.
A visão e a noção do tamanho do descontrole também podem promover essa paralisação dos grupos humanos diante de um novo "E agora?".
O pequeno mosquito toma força e ressurge sem olhar riqueza e está presente em um continente quase que inteiro, sejam países pobres ondes as mazelas sociais são benéficas para a multiplicação desses insetos tanto quanto os países ricos, produtores das maiores poluições que também promovem sua reprodução. Os vírus  transmutam, ganham forças, debilitam o organismo e abrem um leque para outras enfermidades oportunistas.Um a um, caso a caso, reação a reação e parece que o Homem fica estagnado diante disso, preso atrás de gráficos e telas com suas projeções. Sociedades inteiras alheias ao acontecido delegando aos governos para que resolvam o assunto por eles. Não há um diálogo franco, aberto. Não há união de forças! Não há programação de atividades. Ainda se paga um preço exorbitante para viver no planeta! Até quando?


* imagem: o FDP do mosquito!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Musicalidade

Tenho visto, principalmente em publicações compartilhadas no facebook, muitas surpresas boas provocadas com o uso da música. Também tenho visto na TV, as dezenas de manifestações musicais que são tocantes. 
São muitos os programas de auditório  realizados pelo mundo, como o The Voice, The X Factor, Britain´s Got Talent, entre tantos outras e suas versões que circulam o mundo através das tvs e  redes sociais e que podem ser vistas aos milhares no youtube.
Incrível o empoderamento que a música dá, o que traz, o que provoca de emoção. Quem canta seus males espanta, quem canta reza o equivalente a 300 vezes. Parece sim ser a comprovação que a voz dos anjos (enquanto perfeição ) é musical. Como disse o músico Carlinhos Brown, é indiscutível o resultado que a educação musical proporciona às pessoas, principalmente às crianças (no caso em uma declaração no The Voice Kids Brasil). Parece que algumas vozes ecoam do passado como disse o técnico musical do BGT e parece que isso quer dizer algo.
Outros canais apontam algumas apresentações únicas como sendo manifestações espirituais, como a pequena holandesa que cantou sozinha uma canção gravada por nada menos que Maria Callas, ou atos de superação como a moça que não cabia em si de tanta vergonha e timidez e que soltou a voz numa interpretação de My Sweet Valentine ou mesmo a pequena e carismática menina que cantou graciosamente uma música de Chico Buarque e demais apresentações surpreendentes já viralizadas. Garotos pré-adolescentes que modulam e seguram o tom numa fase de mudança de voz e alcançam notas estratosféricas sem sair de suas zonas de conforto. Parece haver uma mudança na interpretação, na maneira de cantar. Vozes agudas, metálicas e alcances inimagináveis e vozes fortes, potentes e graves.
Não vou falar aqui do comércio, de pop stars, mercado fonográfico, música de massa ou hits sazonais sem conteúdo.
Falo da emoção natural do dom de cantar, do entender a musicalidade, de moldar aos limites naturais e fazer disso uma arte, de entender que voz tem poder, que se pode cantar bem sem ter uma extensão vocal como a de um tenor, barítono, soprano ou contralto clássicos. Falo de criar a própria técnica, criar  possibilidades próprias. Falo da emoção e arrepio que essas interpretações provocam. Fico pensando que quando o ser humano, lá nos primórdios da civilização, começou a entoar algo, a imitar os sons melódicos da natureza, fico imaginando como foi essa descoberta, o assombro que isso deve ter causado. De como foi a evolução até surgir o cantar, uma manifestação que vem se transformando tempo após tempo. A mescla desses sons com a criação de instrumentos e o casamento perfeito entre eles.

A música reverbera no cérebro da gente, parece coçar a garganta, o ouvido, atrás dos olhos, lá dentro na região do Tálamo, região Pineal, que mexe com a gente. Eu sinto isso, parece que, causa um curto, uma elevação química, eletromagnética, que franze a testa, provoca contorções, arrepios  e caretas como se o músculo quisesse alcançar as notas (por isso entendo as caretas de músicos solista quando de apresentações). Como se o corpo quisesse desenhar a linha melódica. Quando se canta ou acompanha uma dessas apresentações emocionantes, parece que se desliza numa estrada fictícia e que ali estão seus limites de altos e baixos de onde pode ser livre e brincar sem erros. Sei que é uma figura de linguagem usar isso, mas é como percebo a música, por isso que uma bela canção nos faz “viajar”. Que nós possamos espantar nossos males sempre mais.


*imagem: Google free pic

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

2º ato!

Algumas situações preocupam quanto ao direcionamento que estamos dando à nossa vida social. Já não bastasse o exercício diário de viver em sociedade, conviver com todas as diferenças, com as doses diárias de respeito, tolerância, compreensão, discernimento para que essa estrutura se mantenha equilibrada, ainda temos que reequilibrar quando de eventos que nos abalam. Estamos num momento de turbilhão de pensamentos, de descontentamento social, político e econômico, diante de uma severa prática de desrespeitos aos direitos humanos, seja na convivência com nosso semelhante do outro lado da rua, seja com fundamentos vazios de política ou religião, além da manifestação da doença a que submetemos a natureza que nos cerca.
Estamos praticando as mais cruéis formas de descaso para com o ser humano, estamos matando de fome, de sede, por falta de acesso à saúde, por desinformação, por grupos isolados de pensamentos e de busca do bem-estar comum, por sectarismo forçado, por intolerância, por desrespeito e, principalmente, por ignorância ( a falta de conhecimento de algo) e também a falta de interesse em conhecer o novo, desvendar o desconhecido, sair da zona de conforto.
Ainda vivemos um retrocesso de saúde pública, em nível mundial: Muitas doenças antes erradicas pelo conhecimento humano estão voltando e, parecem, encontraram uma sociedade despreparada, mesmo em época de alta tecnologia. Bactérias e vírus super-resistentes aos medicamentos, surtos de doenças endêmicas ocorrendo em outros lugares, de maneira inédita, o alastramento de epidemias em velocidades nunca antes vistas, doenças criadas em laboratório, doenças sociais.
Parece que vivemos diante de um grande cenário em que o entulho está todo malocado atrás dos tapumes bem pintados de um falso mundo que pregamos para nós. Parece que os mais necessitados (pelo menos aqueles que estão vivendo uma situação diferente de nós) estão distantes, do outro lado do mundo. Parece as mazelas acontecem apenas dentro dos aparelhos de televisão ou em notícias que circulam pelas redes, onde também há muito descrédito e informação errônea. Há ainda os que se aproveitam em criar falsos alarmes e provocar toda uma situação de alarme. Vivemos ressabiados com pessoas, com ruídos, movimentações. 
Vivemos um descrédito geral, uma desunião até mesmo como ser social, onde a bandeira do individualismo está cada vez mais sendo hasteada, onde a mais natural das manifestações do homem ocorre de maneira velada, sob máscaras, pseudônimos. Algum tempo atrás li uma matéria conspirativa que dizia que o nosso anticristo seria uma nova forma de pensamento. Parece que sim, mas como um pensamento disforme. Pensamentos rasos, sem estofo, sem embasamento. Ficamos reféns de nós mesmo, moribundos crônicos de síndromes que criamos.

O antídoto é o mesmo pensamento, é a desaceleração de alguns processos e a retomada de outros que tragam o equilíbrio cognitivo. É por essa volta que rezo, que peço, que uma luza surja no pensamento humano e nos guie por atalhos mais confortáveis em busca do bem comum. Precisamos sair desse espetáculo de péssimo gosto e recriar um roteiro de nossa história. Tenho fé que vamos conseguir. Me ajuda?


*imagem - depois da tempestade vem a bonança -free pic google

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Let´s dance?

Nunca fui um grande fã do músico David Bowie. Não fui consumidor de seus discos, conhecia algumas de suas músicas, assisti alguns filmes, mas entendia perfeitamente sua performance camaleônica de traços kabukianos ou andróginos. 
Parecia querer mostrar uma não  rotularidade da música, abrir conceitos de como entender e fazer sons harmônicos que traduzem sensações e sentimentos longe dos padrões de um universo impositivo, cruel e capitalista como o mercado fonográfico. 
Entendia sua batida pop e dançante. Entendia sua veia artística ora como produtor, ora ator ( em filmes não muito bons de público e crítica), além de músico. Suas posições diante dos cenários geopolíticos que afetaram o mundo e marcaram o cenário musical dos anos 80, principalmente na Inglaterra dos andróginos, dos darks, dos punks, dos alternativos e mesmo dos non-senses. Mudanças de comportamento que afetaram toda uma geração mundial.
Entendia o que caminho que seguia, primando pela trilha fora dos holofotes, uma maneira tímida e restrita, sendo David Robert Jones.
Fora dos palcos e sets de filmagem era um cidadão comum ( para os seus padrões estabelecidos ), pai de família, com suas excentricidades e particularidades, seus altos e baixos. Qual pop star não foi vítima de escândalos, de paparazzi ou fofocas?
Um homem a frente de seu tempo, livre de rótulos, vanguardista, enigmático, incompreendido, talvez rebelde, com seus porquês justificados em sua maneira de cantar, produzir, entender e interpretar o mundo ao seu redor.
Não fez de sua doença um palco, tratou-a como algo de sua vida privada. Trabalhou até o final do segundo tempo da prorrogação lançando seu último álbum dois dias antes de sua morte.
Virou um Star Man ou mesmo uma pequena constelação, com estrelas tão distintas quanto suas aparências , que convida a todos a dançar.


foto: montagem do autor.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Novo Ano Novo!

Em tempo, amigos desse blog, aproveito o momento e desejar um Ano Novo verdadeiramente Feliz e de realizações pessoais e profissionais para cada um. 
Vamos manter o alto astral, o sorriso, a elegância, a diplomacia, a educação e saber enfrentar as situações todas que foram mal traçadas para nós. 
Sabemos que problemas surgirão, contratempos, surpresas (boas e ruins), mudanças terão que ser feitas e atitudes tomadas, mas que tudo isso seja feito de forma tranquila, bem pensada, bem dosada, planejada e que, assim, consigamos driblar as pedras do caminho e ainda aproveitar para sorrir, estar com família, amigos, quem sabe um novo amor? Com saúde plena, cheios de boas intenções e atitudes, procurando fazer o bem, o certo, o válido. 
Que possamos comemorar, refletir, ensinar, aprender, pedir e principalmente agradecer. Que tenhamos paz, amor, bons momentos, que tenhamos sol, chuva, calor, frio, dia e noite. Que tenhamos respeito, tolerância, confiança, bons modos, dignidade, civilidade, discernimento e disposição para adquirir sabedoria. 
Ah, alguém leu que seria fácil? Não escrevi isso. Então que a gente se permita aprender a usar a inteligência emocional (Sim, nós a temos...eeeeba) e saber optar por essa mudança. Saibam que isso produz um efeito dominó em outros sentimentos e atitudes.
Mas tudo precisa de um começo, até mesmo o ano em que se vive tem um início estabelecido. Precisamos de referências. Que o começo seja agora. 
Dizem que estamos num período de grandes mudanças. A raça humana se encontra numa encruzilhada na trajetória do seu desenvolvimento e há vários caminhos para optar. 
E agora? Volto a dizer que nosso planeta Terra, enquanto ser vivo que é, também passa por transformações. 
Fora as mudanças etéreas, holísticas, espirituais, magnéticas, telúricas e afins , pois tudo é cadeia, tudo está relacionado com tudo.

Que saibamos escolher! Que tenhamos um Feliz Dia-a-Dia Novo!


*imagem: Google free pic bússola