quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Instantaneidade !


Instantaneidade! É o que vivemos hoje. Tudo muito rápido. Como já diziam os Titãs (famosa banda de rock): “Tudo ao mesmo tempo agora”. Por que falo isso? Já observamos que a velocidade das informações está cada vez maior. As ações estão mais visíveis.
A internet, cada vez mais rápida, agiliza boa parte de veiculação, seja de imagens ou fatos. Recordo de um texto, quando ainda estudava na antiga 5ª série, do Stanislaw Ponte Preta, que questionava esse avanço perguntando se de fato era necessário ver, em casa, imagens de uma guerra que acontecia do outro lado do mundo? O que diria ele hoje???? Essa instantaneidade criou jornais quase em tempo real, a mobilidade tornou possível presenciar eventos nunca antes testemunhados e reportados in loco.
Muitas cidades, em nome da segurança, monitoram suas ruas 24 horas por dia. Essas câmeras de monitoramento também se tornaram olhos da sociedade e colaboradores de jornais, divulgando os mais diferentes flagras captados ao redor do mundo.
O acesso barato e fácil aos equipamentos de vigilância monitorada permitiu desvendar mistérios, tirar dúvidas, testemunhas crimes e violências, conhecer segredos da natureza, desenvolver estudos diversos, entre tantas outras aplicações. Há quem não goste e sinta a intimidade invadida por esses recursos. Há quem não ligue a mínima e há aqueles que apoiam incondicionalmente tais ações. É claro que a popularização de alguns recursos mais básicos, como as câmeras de celulares, criou outros olhos, uns com dons artísticos e outros tantos invasores da privacidade alheia. Recursos esses até aceitos como provas a favor ou contra em bancos de tribunais.
Até mesmo foram criados os famigerados e mal falados reality shows: programas de televisão que testam as “habilidades” humanas diante de confinamento, com todas as ações e reações captadas e amplamente divulgadas, tudo pelos 15 minutos de fama “premeditados” por Andy Warhol, célebre pintor americano, que previa o que as pessoas seriam capazes de fazer para conquistar uma brecha sob os holofotes da fama. É um vale “quase” tudo.
Com o aprimoramento das tecnologias foi possível conhecer muita coisa nova. Os olhos do Homem tornaram-se maiores, capazes de enxergar no escuro, de ver microscopicamente, de enxergar em câmera lenta, de buscar imagens em distância não humanas, ampliando a visão e ciência do mundo.
É possível um olhar diferente, seja para um bebê que nasce ou para o anúncio imediato e irreversível da morte, a ação mais primitiva e instintiva de um animal defendendo-se ou um gesto impensado e quase humano de um animal selvagem, a beleza natural e intocada de recantos intocados do planeta ou a força bruta e descomunal das intempéries, o acompanhamento em câmera lenta de um feijão brotando ou a explosão fantástica de uma supernova a milhões de anos-luz daqui. Aliás os últimos vídeos dos fenômenos astronômicos têm sido acompanhados de seus misteriosos e indecifráveis sons. Tudo isso graças ao fruto da inteligência humana.
Fomos e somos testemunhas oculares do nosso próprio universo (interno e externo). Qualquer buscador de imagens e vídeos na internet oferece um leque quase interminável de opções, basta ter o espírito fuçador aguçado. Prepare-se para ver de tudo! Sinta-se um expectador! Muitas cenas merecem ser vistas e compartilhadas. Outras nem tanto, mas devem fazer pensar sobre elas! Vale a pena usar o recurso a favor de nós mesmos!










*imagem: Google Images - "A Persistência da Memória" - quadro surrealista de de Salvador Dali (1931).