terça-feira, 7 de junho de 2016

Jogos no Tom certo!

Tom & Vinicius - mascotes dos Jogos Olímpicos Rio 2016 * imagem Google
Não estamos atravessando o melhor momento político e econômico no País e ainda sofrendo todas as suas consequências na vida social, mas nem por isso, podemos deixar o caldo desandar.
Tenho visto muita desaprovação da realização inédita e histórica das olimpíadas no Brasil. Acredito que parte do descrédito seja em função do péssimo legado da Copa do Mundo e o nada gratificante 4º lugar na classificação geral! Além disso, o descontentamento com os bilhões de reais investidos em elefantes brancos defeituosos, obras superfaturadas e outras mazelas corruptivas em decorrência da realização do evento em nosso país e o esquecimento de outras áreas de importância na sustentação da sociedade que são deixadas de lado. Não posso fechar os olhos para isso!
Por outro lado, não podemos baixar a cabeça diante de alguns atropelos e, como se fosse um estímulo, a realização dos jogos olímpicos na terra brasilis é também uma questão de soberania para nós mesmos. Para o país, que apesar de tudo, ainda é uma das grandes potências do mundo, tem produção de escala mundial, avanços tecnológicos e de conhecimento entre outros fatores que estão encobertos pela nuvem negra da vergonha da corrupção exposta, mostrando a cara de todos os ratos envolvidos.

Mas ainda há algum domínio, algum poder, que pode ser demonstrado na forma de conquista dos atletas envolvidos, reforçado por outros atletas paraolímpicos em sua superação. Mostrar que o esporte é uma forma de reeducação, de disciplina, de conquistas, objetivos e metas. Um caminho válido a ser seguido. Apesar de alguns fortes pesares, toda uma Nação está imbuída de um sentimento positivo único voltado para a satisfação em massa, benéfico, mexendo com a cadeia vibratória do pensar brasileiro. De mostrar que somos um povo que sabe passar pelas adversidades sem deixar de ser cordial e profissional no trabalho direto ou indiretamente com a realização do evento mundial, que tem vergonha da baía poluída, que tem vergonha do descaso público, da falta de incentivo ao esporte, mas que não deixa de lado a consciência que podemos ter atitude, fazer um evento de escala mundial, fazer valer a nossa cidadania e mudar o perfil do brasileiro. Não seria de bom tom cancelarmos o jogo em cima da hora. Não seria educado desejar o apagamento da tocha que traz a chama, um elemento básico à vida e um dos símbolos da superação humana desde os primórdios. Não seria inteligente desligar-se do mundo justo num momento em que o mesmo mundo clama por união. Os expectadores não têm nada a ver com a crise interna brasileira, nada a ver com a sujeira da nossa lavanderia. Que saibamos ter jogo de cintura e enfrentar esse leão. Que saibamos, como lição de cidadania, receber, fazer bonito, participar, aplaudir quem conquistar medalhas e, ao fim do espetáculo, que voltemos o pensamento e principalmente as ações para arrumar a casa depois da festa.
Nos vemos, nos lemos!