quarta-feira, 16 de setembro de 2015

X 9 !!!

Em uma postagem anterior, havia dito que não gosto de programas sensacionalistas daqueles que buscam pelo em ovo e mídias que antecipam a surpresa de programas de televisão. Há quem julgue ser parte de um trabalho, mas confesso que o papel de desmancha prazer não fica nem pega bem, pois a expectativa é parte do show. Em um mundo comercial, patrocinadores pagam milhões para terem a marca associada ao desfecho da trama, de um resultado ou de um sorteio. 
Daí vem os chamados Spoilers* e estragam tudo.
Penso, que trabalhinho besta, não? A pessoa se dedica anos em uma universidade se formando para atuar como dedo duro depois de formado? Existem casos de "jornalistas" (isso mesmo, entre parênteses) que já foram processados por isso ou por noticiarem matérias falsas para garantir vendagem. Ganha-se na vendagem de um escândalo falso e perde-se quando do pagamento de indenização por quem se sentiu ofendido. Isso já gera outra matéria que, provavelmente, não irá vender tanto quanto à primeira fofoca.
Realities shows são as bolas da vez nessa de divulgação antecipada do resultado que faz parte de um todo, com previsão de público, com marketing, etc e tal. Sempre tem um para soprar a vela do bolo antes do aniversariante.
Lamentável!!!!
* Spoiler - vem do inglês to Spoil - estragar. 
Em tradução livre é o famoso estraga prazeres, geralmente associado a uma pessoa ou algum veículo de mídia que revela fatos, desfechos e surpresas finais de livros, filmes, novelas, programas de tv, etc. 
Muito comum na mídia mundial hoje em dia! Um eterno retrocesso, um freio!  
Nos vemos, nos lemos!


* imagem - Google free pic - dedo duro

terça-feira, 15 de setembro de 2015

"Dislike nóis num laika"!

Mark Zuckerberg, o pai do Facebook, anunciou essa semana que a empresa está empenhada em criar o dislike - não curtir! Um site especializado em notícias do mundo da tecnologia anunciou com um curioso título de que a Terceira Guerra Mundial estaria armada e prestes a acontecer. Realmente! Muita gente vai ficar emp#§t3cida em ter alguma postagem, foto ou vídeo não curtida por outra pessoa. Não se pode agradar a todos ao mesmo tempo. Caso o ícone não seja criado, basta não se manifestar diante de uma ou outra publicação, pois o silêncio vale mais. 
Porém, muita gente pediu em fóruns a criação do referido ícone, talvez para se manifestar diante de postagem abusadas como: maltrato de animais, de pessoas, de convocação para badernas generalizadas (sociais, esportivas, políticas, etc.) ou outras ações que depõem contra a ordem do convívio em geral, seja em que área for. 
Eu, particularmente, quando me deparo com isso, dependendo da fonte, não dou importância, não vejo ou não leio a publicação até o fim, simplesmente ignoro. 
O próprio Facebook tem políticas que excluem algumas postagens consideradas abusivas. Não participo de todos os grupos que me convidam e compartilho informações relevantes ou que tenham algum significado mais expressivo. 
Sei quem são meus amigos das redes que participo e sei o que eles curtem. Não gero discussão também. Coloco meus pontos de vista quando necessários ou quando valem a pena. Fora isso, são coisinhas do dia-a-dia.
Na pior das hipóteses, excluo aquele perfil que insiste em postar ou apenas usar da rede para manifestar e disseminar ódio, violência, preconceito, intolerância, de fazer pouco caso com a dor do outro, entre outros muitos tópicos que nada acrescentam.
A rede social, penso eu, tem o intuito de fazer as vezes de um encontro pessoal. Nesses encontros é comum que se fale de muita coisa, que se discuta, que se apresente os lados de uma mesma história, entre tanta coisa que se conversa em reunião com amigos ou parentes. E quem não tem amigos com focos distintos e personalidades variadas? Todo mundo tem um amigo cético, um chato, um crica, um engraçado, um que põe panos quentes em tudo, o deixa disso, um esportista, um fissurado em música, livro ou filmes, um gordo, um magro, um namorador, um carola, um com saúde de ferro, outro que inspira cuidados, etc, etc e muitos etc...
Sabendo usar não vai gerar confusões! Já bastam as que existem no mundo real, prá que levá-las ao virtual? As redes sociais são de fato um fenômeno! Curtam e compartilhem aquilo que lhes agradam e o resto deixa na ignorância. É o melhor a ser feito. O que é ignorado cai no esquecimento! Ainda mais se nada tem a acrescentar.
Volto a dizer, se o dislike não for criado, eu continuo, em determinadas situações, usando o bom e velho   ( : | ) ou ( : s ).
Como tudo é cíclico, digo que o respeito começa na aceitação de um "não curtir" diante de algo que você postou. Você pode ser também mal visto quando não curtir algo. Pensa nisso!
Muita gente usa as redes sociais como distração, como forma de interação vencendo uma timidez, por alguma impossibilidade de estar presente ou em família, para estar perto por causa da distância, apenas para ficar observando sem se manifestar em nada. Cada qual com seu cada qual.
Disse antes para pensar nisso, quem sabe seja essa uma ótima oportunidade de pararmos e pensarmos sobre o que se fala, o que se ouve, o que se lê e o que posta? Não acreditar de imediato em tudo que se lê! Vale como exercício. Fica a dica!
Nos vemos, nos lemos, nos curtimos, ou não!


* imagem  Google imagens ícone dislike

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Sapiossexual!

A rotulação ou a identificação de determinados grupos parece ser uma necessidade do ser humano de colocar tudo em prateleiras para poder visualizar melhor a multiplicidade das condutas humanas - vamos pensar dessa forma.
Se você já teve ou sente atração por alguém pelo fato dessa pessoa ser inteligente, de ter uma visão diferente do mundo, rica bagagem cultural, facilidade com alguma habilidade intelectual, MAS, que essa atração direciona para o lado sexual, isso é uma característica sapiossexual. Tesão pelo conhecimento do outro!
Não que os sapiossexuais sejam considerados diferentes dos demais ou que se coloquem em um patamar acima dos reles mortais. Para o sapiossexual, a atração não está no físico ou estético (sex appeal)  e sim nas características intelectuais citadas acima e essas sim são o atrativo sexual.
O termo é novo e ganhou fama em 2005 quando a moderna escritora erótica e artista (atriz e música) norte americana Kayar Silkenvoice criou o domínio, sapiossexual.com.
Há quem não goste de rotulação por julgar que isso gera segmentação.
Há quem julgue que para se ter uma atração por alguém culto, inteligente ou com outro atrativo intelectual deve de ter o mínimo de entendimento daquilo que a atrai. 
Isso tudo é muito pessoal.
Se todos são iguais, não há necessidade de separação. A sapiossexualidade é diferente de pessoa para pessoa, pois cada um enxerga essas qualidades no outro de maneira própria. Há quem julgue que as pessoas inteligentes (safas, sagazes, espertas, etc.) sejam mais atraentes pela criatividade que possam ter na hora do sexo. Essa é a nova tendência. As pessoas agora se julgam dessa forma. Talvez para não serem rotuladas por outras formas de manifestação da sexualidade mais comuns, mas para se sentirem atraídas pela inteligência do outro, fugindo do padrão comum, mas isso é de cada um.
Rotulações e segmentações à parte, acredito que um indivíduo exerce ou sente atração pelo outro por um conjunto de qualidades e afinidades correspondidas que vão aumentando e se consolidando dia após dia. O descobrimento é mútuo. Afinal, estamos falando de relação de indivíduos, de troca, cumplicidade.
A fila anda, o mundo gira e as coisas mudam. Essas mudanças requerem o mínimo de humanidade, civilidade e respeito. Ninguém é juiz de nada para julgar!
E assim caminha a humanidade!
Nos vemos, nos lemos!



*imagem: Bing Imagens: Brancusi Constantin - O beijo, 1910

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Extra, nem tão extra!!!

Amigos, já perceberam a quantas andam os telejornais? Notícia boa é raridade. Exceto pelas crônicas, dicas de viagem, uma ou outra matéria de superação e exibição de empreendimentos de sucesso, o restante é só notícia nada agradável. Mesmo com uma apresentação mais descontraída de âncoras e repórteres e outras tecnologias que os aproximam de nós telespectadores, o menu não está nada agradável. Fala-se de corrupção, de desvio de dinheiro público, de problemas ambientais de graves consequências, falta de água ou excesso de chuva, de invasões, guerras civis e religiosas, de agressões e crimes cada vez mais flagrados em imagens de câmeras escondidas ou circuitos de monitoramento, de crimes passionais, premeditados, assaltos, acidentes,  e muitas interferências negativas provocadas pelo ser humano, seja pelo abuso de álcool, drogas, por impaciência, por descriminação, intolerância, por falta de espirito esportivo, por descrença, por falta de respeito generalizada. Manifestações globalizadas de insatisfação com governos de muitos países, descasos de serviços públicos e desrespeito a qualquer cidadão. E hoje já não importa a idade ou condição social desse cidadão.
Concordo que informações como essas servem para mostrar o lado errado dessas ações para que se possa fazer valer a indignação ou insatisfação, de conquistar os nossos direitos, desde que feitas de maneira ordeira, dentro da legalidade e sem ferir o direito de outrem. Mas, não é o que acontece. Cada direito adquirido tem um dever correspondente e não existe uma ação sem a outra.
Os jornais aproveitam essas más notícias e esmiúçam os mais simples detalhes onde tomam postura de juízes e técnicos como se soubessem os motivos do ocorrido e qual a punição a ser aplicada. Um simples atropelamento vira uma odisseia televisa. Equipes de TV que muitas vezes atrapalham a ação daqueles que realmente estão realizando o real trabalho na solução do problema mostrado. Não concordo com esse jornalismo invasivo! Claro que não concordo com o controle da mídia. Ele tem que ser livre e isenta de opinião tendenciosa (o que também está difícil de encontrar). Ela pode e deve estar presente e divulgar o que acontece, mas dentro de seus limites. O limite é ir até onde não interfira no trabalho de outro e que se ouça sempre os lados da história para manter a neutralidade. Tudo bem que não é fácil, mas já é problema de jornalistas e editores que estão ali para cumprir esse papel e também serem monitorados para que isso aconteça.
Por outro lado, a exacerbação da mídia muito ajuda quando se vê por parte daqueles segmentos que têm como premissa de trabalho manter a lei, a ordem, a segurança, a prestação de bons serviços, ações de abusos, seja em que esfera for: polícia, saúde, educação, política, serviços em geral. Ela serve de nossos olhos, ouvido e boca em muitas ocasiões, por isso, não sou a favor do cerceamento.
Há uma carência de boa notícia ou de um trabalho em massa que faça com que as boas notícias sejam parte do cotidiano. O bicho Homem tem uma atração curiosa pelo que é errado, pelo que é torto, que foge à normalidade, pelo nefasto. O que é bom parece não passar de obrigação. Muito curioso isso tudo. Mas é o que precisamos, de incentivo para que coisas boas aconteçam. Boas ações gerando boas ações. Quem sabe um dia?
Nos vemos! Nos lemos!



*imagem: free pic ícone tédio









terça-feira, 8 de setembro de 2015

Bola da vez...

Como já comentei outra vez sobre vilania, hoje falo da mais atual culpada do mundo, a vilã é a Nasa (National Aeronautics and Space Administration), a agência espacial norte americana. A agência vem sendo acusada de omissão em muitos relatos de suas pesquisas espaciais. Isso não vem de agora, vem desde os tempos das missões Apollo que culminaram com o pouso do Homem na Lua, em 20 de julho de 1969, fato ainda muito questionado por alguns setores e ainda por milhares de habitantes desse planeta. Acredita-se que o pouso na Lua teria sido uma armação cenográfica para justificar uma missão que teria sido fracassada na época ou impedida de prosseguir por "força maior". Algumas matérias falam dessa possível armação, basta jogar em qualquer buscador da internet que os assuntos se multiplicam. Porém, essa foi a primeira missão com pouso, a de maior impacto histórico sendo transmitida ao vivo para boa parte do planeta, um evento de grandes proporções para a época. Verdadeiramente um show, com imagens e frases que são lembradas até hoje como: “A Águia pousou! ” e “ Esse é um pequeno passo para o Homem e um grande salto para a Humanidade” – teria dito Neil Armstrong, falecido em 2012, o primeiro homem a pisar no solo lunar.  
Marketing à parte, outras missões tripuladas chegaram até nosso satélite natural como:
Novembro de 1969 – Missão Apollo 12 – Charles “Pete” Conrad e Alan Bean.
Fevereiro de 1971 – Missão Apollo 14 – Alan Shepard e Edgar Mitchel.
Julho de 1971 – Missão Apollo 15 – David Randolph Scott e James Irwin.
Abril de 1972 – Missão Apollo 16 – John Watts Young e Charles Duke.
Dezembro de 1972 – Missão Apollo 17 – Eugene Cernan e Harrison Schimitt.
Questionamentos vão desde a ausência de estrelas nas fotos tiradas na Lua, até a interrupção das caríssimas missões tripuladas. Porém, as acusações não param na possibilidade de um engodo quanto ao pouso na Lua e sim outras descobertas no campo da astronomia que dizem respeito à algumas respostas às dúvidas do bicho Hoimem e até mesmo quanto à sobrevivência da Terra.
Alguns sites divulgam, quase que diariamente, informações de possíveis dados ocultados pela agência americana. Eles falam de contatos com seres e objetos voadores não identificados, da polêmica área 51 nos EUA que teriam provas de que esses seres e naves existem, falam de informações quanto à saúde do Sol e do sistema Solar e suas interferências na vida na Terra, falam de possibilidades de eventos astronômicos inéditos que poderiam gerar pânico na população, falam dos estudos e traçados de rotas de meteoros e cometas que passam muito próximo do planeta  causando interferências ou mesmo do risco de algum impacto mais forte, de contatos recebidos ou respondidos por sondas, através de códigos decifrados de quasares, ondas de rádio, da descoberta de novos planetas ou da evidência de alguma forma de vida em outro local do universo.
Alegam que a agência detém um número muito grande de informações que poderiam ser usadas como forma de manutenção de poder e soberania dos EUA, como um provável país dominador do mundo, caso algo de grande impacto aconteça, uma vez que obtém o conhecimento e faz disso uma moeda de troca. São teorias e factoides (ou não!) que alimentam um número expressivo de debates e conversas no mundo científico amador e também profissional. Esses sites que divulgam tais matérias mostram inclusive registros escritos e filmados de algumas atividades inexplicadas ou pouco explicadas como o meteorito de Cheliabinsk na Rússia, o mais recente filmado na Tailândia no último dia 06/09/15, possíveis naves sobrevoando o planeta ou a Lua, frotas e frotas de objetos voadores não identificados sobre os mares do sul e outros locais do planeta, uma estranha aparição nos céus de Miami justificada como sendo um foguete lançado em que sua aparente órbita horizontal e o halo que se formou em volta do objeto devido às condições climáticas seriam a causa do que foi visto, deixando muita gente na dúvida.
São esses e outros tópicos (independente do grau de informação real e ou científica que possuem) que engrossam a acusação de que a agência norte americana está omitindo informações valiosas quanto à interferência do universo em nosso planeta, o que de fato é sabido atualmente, quais são as mais recentes novidades que dizem respeito às nossas vidas e à vida do próprio planeta.
Se há algo para ser dito, eu também prefiro saber, creio que como cidadão do mundo, tenha esse direito, por mais aterrorizador que possa ser. Cientificamente, o Universo nasceu e um dia vai morrer e com ele tudo que aqui existe vai acabar, incluindo esse pequenino ponto azul perdido na imensidão do universo sem fim (ou seria finito?).  
Se seremos submetidos à grandes mudanças, também gostaria de saber quais as possibilidades ou que vem pela frente. E por aqui seguem possibilidades enormes do que pode vir pela frente. Como diz alguém que conheço: "Quem viver, verá!"
Nos vemos, nos lemos! (Espero que nos vejamos por muito tempo e que possamos "nos" ler com muita novidade e curiosidade sobre esse assunto).




* imagem: montagem de fotos divulgação Nasa


domingo, 6 de setembro de 2015

Alto custo!


Algumas semanas atrás o mundo foi informado que já havia usado toda a cota dos recursos naturais renováveis do ano. O produzido daquele dia em diante estaria estourando o limite desse cheque especial que não tem volta e ficamos com o pagamento de juros eternos, como se o tempo fosse um agiota inescrupuloso. Engraçado que se estima uma cota anual que ninguém respeita e assim vamos empurrando a sujeira para debaixo do tapete. Não entendo como essa conta é feita, pois não há produção de novos recursos, uma vez que eles são naturais. Não há renovação.  Desde que o Homem aqui surgiu, aprendeu a usar o fogo, inventou a roda, manipulou pedras e paus e fez ferramentas, aprendeu a lidar com o frio, o calor, a chuva. Aprendeu a selecionar o que comer, usar o solo, contaminação do ar, da água e da terra, má eliminação de resíduos líquidos, sólidos e gasosos. Inventou o processo de produção em massa, descobriu a serventia do petróleo, criou o papel, o plástico, a manipulação de elementos químicos. Usou muita água, queimou muita madeira, cavou muitos poços, produziu muita coisa. Algumas delas à base do erro e acerto. Sujou muito, lavou demais e, com isso, vieram a formas de poluição, de envenenamento e extinção de alguns recursos. Produz-se demais se pensarmos em cada item do nosso dia-a-dia. Façamos um exercício de tentar pensar nessa produção em escala global, atendendo a cada particularidade de cada recanto  ainda no descarte que tudo isso gera. A quantidade de recursos que são necessários para essa produção toda sem tempo hábil de renovação natural. Alguns deles levam dezenas, centenas ou milhares de anos para serem recriados pela própria natureza. Outros, se imaculados, perdem-se de vez e daí ganham uma enxurrada de produtos químicos para se reconstruírem-se. É uma cadeia incessante onde cada “processo de purificação” gera outra cadeia mais longa, mais cara e menos satisfatória de voltar à originalidade de suas propriedades, quando isso é possível. Os efeitos já conhecemos e já estamos convivendo com eles. Onde está o erro? Pagaremos caro pelo processo de evolução de nós mesmos? Até quando? Quão longe estamos dentro desse túnel sem volta? Sem volta mesmo? Ai ai ai....
Nos vemos, nos lemos!


*imagem: site ciencia hoje / água, terra, fogo e ar


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Brincadeira de Criança!


Um dia, um menino decide brincar no quintal de sua casa. Não é um menino qualquer. É um menino divino, sábio, dono de uma pureza tão simples que chega ser complexa aos olhos do Homem comum. Ele resolve criar seu mundo e seus amigos, como toda criança faz. Criou um sol para iluminar seu lugar, um universo cheio luzes, formas e outras maravilhas e surpresas. Criou vários outros mundos e, depois de repetidas vezes, fez outro com riquezas de mares e oceanos, rios, luz, céu, nuvens, montanhas e planícies, verdes matas. 

Usou tudo que estava ao seu redor para incrementar seu mundo particular: água, terra e ar!
Sua divindade fez com que esses elementos se amalgamassem e formasse outros. Criou outros seres animados, puros, de vários tamanhos, formatos, frágeis, fortes, coloridos e os colocou nos mares, na terra, no céu, em todos os cantos. Mesmo assim, o menino sentiu que seu mundo estava vazio. Tomou então um pedaço de barro, aproveitando o que estava ao seu alcance, e fez um boneco. Com um graveto, fez vários nichos ao longo do corpo desse boneco e ali colocou pedaços pequenos de outros materiais e pensou: 
Para dar o bem, necessário saber que o mal existe. Para dar o amor, necessário saber da existência do ódio. E assim encheu cada nicho criado no corpo desse boneco, com pedaços iguais de tudo aquilo que hoje temos de sentimento. Cada item era soprado para dentro dos nichos para que se fixassem naquela frágil estrutura de barro. Porém, num pequeno descuido, o boneco cai de suas mãos sobre o mundo que estava logo abaixo e se despedaça em muitas partes, espalhando-se para todos os cantos, misturando-se com aquele mundo já pronto.

Esse ato, rápido como o piscar de olhos, já dura mais de quatro bilhões de anos. O boneco de barro, com o sopro daquele sábio menino, criou vida, cada  pedaço com um pouco de cada um daqueles sentimentos que se misturaram e se espalharam na queda. Apesar de ser um menino, sua obra não é brincadeira, seja o grande tabuleiro, seja o boneco de barro. O tempo daquela criança divina não é sabido.

Cabe ao boneco, agora com vida, saber reconhecer que faz parte de um todo e buscar, sempre, juntar todas as peças do seu próprio quebra cabeças, dosando o bem com o mal, o certo com o errado, procurando ser o boneco original em sua totalidade, de acordo com a ideia inicial daquela criança divina. Só assim essa grande e séria brincadeira pode prosseguir em harmonia, completa, para felicidade daquele ser divino, sábio e simples.
Nos vemos, nos lemos!

* imagem: Google free pic